Governo Trump ataca mais uma empresa chinesa
Vivaldo José Breternitz
Dando sequência à guerra comercial contra a China, o governo Trump volta suas baterias contra outra empresa chinesa de tecnologia: a SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corporation), a maior fabricante de chips do país asiático.
Na sexta-feira, 25 de setembro, o Departamento de Comércio dos EUA baixou novas restrições às exportações para a SMIC; para isso, agora, as empresas americanas devem obter licenças do governo para vender a ela produtos como software e equipamentos de fabricação de chips.
Ao comunicar as novas restrições, o Departamento de Comércio disse que tomou a medida porque as exportações para a SMIC representavam um "risco inaceitável", pela possibilidade de serem utilizadas para fins militares ao viabilizar o avanço tecnológico das forças armadas chinesas.
Em comunicado à imprensa, a SMIC disse não ter recebido nenhum aviso oficial das restrições americanas e que não tem vínculos com militares chineses e não fornece seus produtos às forças armadas daquele país.
Apesar dessas novas restrições, a SMIC ainda não faz parte da lista de organizações impedidas pelo governo americano de usar tecnologia desenvolvida no país em seus produtos, embora as novas restrições sejam mais um golpe contra a SMIC, que já havia sido afetada pelas sanções dos Estados Unidos contra a Huawei, sua principal cliente, que consta da lista desde 2019.
Para a Huawei, as sanções americanas trouxeram sérios problemas, inclusive obrigando-a a parar de fabricar seu chip Kirin, um dos processadores mais avançados do mercado de smartphones e que equipavam os celulares de ponta da Huawei.
Guerras comerciais são sempre ruins para todos; esta afeta também a designer de chips americana Qualcomm, que usa a SMIC para fabricar alguns de seus produtos.
E como guerra é guerra, a China anuncia estar elaborando sua própria lista de "entidades não confiáveis", que poderia impedir certas empresas estrangeiras de importar, exportar ou investir no país.
Como é possível que essas atitudes de Trump sejam tomadas apenas com fins eleitoreiros, esperemos que, passadas as eleições americanas, a guerra termine.
Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
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