Designer explica como a iluminação pode transformar um ambiente
Um projeto luminotécnico pode influenciar no comportamento e nas sensações em determinado espaço.
A iluminação é parte fundamental do projeto de interiores, mas muitas vezes ela é vista com muita simplicidade, apenas com sua função utilitária. Quando bem aplicada, a luz adquire outras qualidades, causar sensações boas, dar mais personalidade e vida ao ambiente, além de otimizar as atividades naquele espaço.
A designer de interiores Marli Assis explica que projetar a iluminação é muito mais do que evitar cantos escuros ou excesso de luz em uma área, o planejamento adequado pode trazer muitas vantagens. “Criar variações em um mesmo ambiente é muito eficiente na economia de energia. Além disso ela amplia o leque de sensações possíveis nesse espaço, divertido, dramático, intimista e etc. A iluminação é essencial para criarmos uma ambientação consistente na decoração, valorizando a mesma”, afirma a especialista.
A versatilidade da iluminação também cria diferentes cenários. “A ideia principal é que a iluminação atenda especificamente à necessidade em vários contextos de usos diversos no mesmo espaço, podemos pensar em um pendente que leve a atenção para a mesa na hora das refeições ou luzes que deixam prevalecer o escuro durante o filme e utilizar somente a iluminação essencial e direcionada para a mesa em momentos de estudo ou trabalho, o que aumenta o foco”, exemplifica Marli.
A iluminação também afeta diretamente o comportamento e as emoções dos moradores, nesse sentido uma dinâmica maior a partir das luzes pode gerar um estilo de vida mais ativo, além de propor mais alegria. Marli relata um caso em que essa transformação ocorreu em um de seus projetos. “Atendi uma família onde a mãe sofria de depressão. Conseguimos criar uma atmosfera mais para cima e dinâmica com iluminação e cores, ela passou a caminhar mais pela casa e conviver mais com a família. Essa é a função do design de interiores no geral, causar melhoria no cotidiano das pessoas com os projetos e a iluminação é um ponto chave para isso”, ressalta a designer.
Marli diz que o estudo das sensações criadas é a princípio intuitivo, mas que avança e se confirma através de estudos. “A iluminação sempre foi uma prioridade em meus projetos. Agora, nos aprimoramos na área da Neuroarquitetura para entender como influenciar os sentidos, sentimentos e o humor das pessoas que vão compartilhar o espaço projetado”, encerra a profissional.
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