Desafio proposto a empreendedores uruguaios tornará público e disponível a outros países projetos de respiradores de produção rápida, sustentável e barata
Protótipos feitos de artigos eletrônicos e componentes automotivos chegam ao mercado uruguaio em 1º de maio e atenderá inicialmente 50 pessoas
Segundo matéria divulgada pelo jornal uruguaio La Diária, a Agência Nacional de Pesquisa e Inovação (ANII) lançou no final de março um desafio conjunto com o Ministério da Indústria, Energia e Mineração (MIEM) e Ceibal, destinado a empresas e organizações para o design e produção de respiradores para servir a 50 pessoas, especificando que os dispositivos propostos devem ser de fabricação rápida, completa, em operação verificada e endossados pelos padrões das organizações médicas correspondentes e que devem ser disponibilizados às autoridades de saúde antes de 1º de maio.
Dos 19 projetos enviados, dois venceram e cada um será responsável pela produção de 25 aparelhos. Uma associação formada por empresas como Ingenca, Pensur, Tadomer e Note, é uma das ganhadoras e apresentou o projeto RESPIRONE. Os vencedores afirmam que os projetos serão de fácil execução, fáceis de construir e replicáveis, com componentes que estão no mercado e a baixo custo, fáceis de limpar e esterilizar. Para sua fabricação, eles terão um apoio de US $ 1.500.000.
O outro projeto vencedor, apresentado pelas empresas Vivestar e Spectrum Uruguay, em conjunto com a Fundação Latitud do Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU), é denominado "Respiradores Pneumáticos Modulares de Emergência (RNME) para conexões individuais ou coletivas". O apoio a esse projeto será de US $ 4.500.000 e permitirá a instalação versátil e de fácil operação para o pessoal de saúde de dispositivos, que permitam conexões individuais ou coletivas nas instalações de hospitais, nas instalações de subestruturas que podem ser improvisadas, inclusive nos locais onde não há instalações para o suprimento de ar e oxigênio.
Segundo o meio de comunicação, três empresas participam do projeto, sem fins lucrativos, onde apenas o custo de suprimentos e materiais está sendo considerado: Spectrum – fornecedora de suprimentos médicos; a Inteca - especializada na área de engenharia eletrônica e programação de automação; e a Vivestar – consultora e gestora de instrumentação de projetos. A Fundação Latitud, do Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU), também faz parte do projeto, que criou a ideia de se apresentarem e que lhes permitirá realizar testes e protocolos.
Essas três empresas, juntamente com um grupo de voluntários, engenheiros, médicos, liderados pelo lado médico pelo Dr. Daniel Chaffes, um internista muito experiente, projetaram uma equipe para as características daquilo que se considera ser a realidade do Uruguai. Conhecendo a realidade de nosso país e de outros países vizinhos, a ideia será partilhada e como produzir estará à disposição de quem quiser.
Hoje, os ventiladores existentes em salas de terapia intensiva são suficientes para cuidar de pacientes com coronavírus e, embora o desejo é de se manter assim, estão a caminho 50 ventiladores extras. E mesmo que esses respiradores nunca tenham sido usados - ou pelo menos hoje não para a pandemia, embora possam ser usados em localidades ou instituições que não possuem um hoje - já é positivo ver como os engenheiros e as capacidades de produção de dispositivos médicos respondem ao desafio.
Informações mais completas com depoimentos dos participantes podem ser conferidos no link do site La Diária
https://ciencia.ladiaria.com.uy/articulo/2020/4/dos-proyectos-ganaron-desafio-de-anii-y-desarrollaran-y-fabricaran-50-respiradores-para-antes-del-1-de-mayo/
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