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10 perguntas que você sempre quis fazer sobre hipertensão, respondidas por um médico da área

10 perguntas que você sempre quis fazer sobre hipertensão, respondidas por um médico da área

A conscientização, o diagnóstico precoce e o controle podem salvar mais de 420 mil vidas por ano só no continente americano

Conhecida popularmente como “pressão alta”, a hipertensão arterial sistêmica é uma doença que ataca vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins, de acordo com o Ministério da Saúde. A condição é caracterizada pela frequente pressão arterial acima dos 140 por 90 mmHg (14.9) e acomete cerca de 45% dos brasileiros, sendo uma das principais causas de óbito no país.

Segundo o relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a cada hora, mais de mil pessoas morrem por problemas decorrentes da hipertensão — como derrames e ataques cardíacos — no panorama mundial. Grande parte dessas vítimas poderiam ter sido salvas ao adotar medidas simples que envolvem alimentação, prática de exercícios físicos e, sobretudo, conscientização sobre a doença.

Embora não haja cura para a condição, a hipertensão arterial pode ser controlada, desde que seja diagnosticada precocemente. Segundo a OPAS, é por essa razão que exames de rotina são tão importantes, tendo em vista que a maioria dos casos de hipertensão são quase que assintomáticos. Ainda de acordo com a instituição, conhecer e controlar a doença pode salvar mais de 420 mil vidas por ano nas Américas.

Para contribuir com a conscientização sobre a doença, o Dr. Marcelo Pinho, profissional da área de cardiologia do AmorSaúde, responde as dez principais questões feitas por brasileiros sobre a hipertensão. Confira:

1. Como a hipertensão arterial afeta os diferentes sistemas do corpo, além do cardiovascular?

Antes de tudo, é importante lembrar que hipertensão arterial sistêmica é o nome da doença. Como ela é sistêmica, ocorre a vasoconstrição de maneira indesejada de diversos aportes de sangue nas veias e artérias que nutrem os nossos órgãos.

Portanto, o malefício pode ocorrer na visão, nos rins, no coração e em diversos outros órgãos, como o cérebro, onde causa AVC.

2. Existem fatores específicos que torna as pessoas mais propensas a desenvolver hipertensão? Se sim, quais são e por quê?

Existem sim. Entre os fatores de risco para desenvolver hipertensão estão tabagismo, alcoolismo e sedentarismo. Além disso, temos o fator da idade que afeta mulheres acima de 60 anos e homens acimas de 65, mas cabe destacar que as mulheres são mais propensas a desenvolver a doença.

3. Quais são os impactos psicossociais da hipertensão e como ela pode influenciar a qualidade de vida?

A hipertensão é muito silenciosa, raramente diagnosticada por sintomas. Normalmente, quando o paciente descobre, há algum tempo ele já vem desenvolvendo essa doença. Dependendo da época em que o paciente procurar o atendimento, a hipertensão pode estar muito avançada para dar início à fase de controle — porque ela não tem cura — e isso pode levar o paciente a ter outras doenças, como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, piorar o seu diabetes e outras coisas que vai atrapalhar o convívio dele na sociedade.

4. Quais são as implicações da hipertensão durante a gravidez e como isso pode afetar tanto a mãe quanto o feto?

Na gravidez, após a vigésima semana, é natural que a mulher tenha um leve aumento da pressão arterial por causa da gestação. No entanto, quando há aumento fora dos limites, não toleráveis para esse período, a hipertensão pode causar vários impactos, como AVC, infarto e insuficiência renal na mãe, além de efeitos sobre a gestação, como o descolamento prematuro de placenta, malformação do feto e outras alterações significativas.

5. Quais são as consequências da hipertensão não tratadas ao longo prazo, incluindo possíveis danos aos órgãos?

A hipertensão, quando não tratada, fatalmente vai caminhar para a falência de alguns órgãos de forma aguda ou crônica, como:

- O infarto agudo do miocárdio, um evento que pode causar óbito ou com arritmias cardíacas;
- O acidente vascular cerebral, que pode ser temporário ou fixo, causando sequelas;
- A insuficiência renal aguda ou a insuficiência renal crônica;
- Além da perda de visão e outros inúmeros fatores.

6. Como a genética desempenha um papel na predisposição à hipertensão e quais são os avanços recentes na contenção dessa relação?

O avanço mais significativo que tivemos nos últimos tempos é a descoberta do gene da hipertensão, o STK39. O que a gente pode falar de forma prática é que se você tem ou um pai ou uma mãe com hipertensão, você tem 25% de chance de ter a doença. Se você tem o pai e a mãe hipertensos, você passa a ter 50% de desenvolver hipertensão só pela genética, descontando teus hábitos de vida.

7. Qual é a relação entre hipertensão e outras condições de saúde? Como diabetes, dislipidemia e obesidade

Quando a hipertensão não é a causa que acarreta, ela praticamente anda de mãos dadas com a diabetes e é agravada por fatores externos como a dislipidemia, que é o aumento de colesterol e triglicérides. Toda essa turma junto vai causar complicações graves podendo levar a consequências como o AVC e o infarto.

Vale destacar que a hipertensão está intimamente relacionada, com a diabetes, formando uma duplinha em que uma doença acarreta a outra e causa complicações sobre a mesma.

8. Além da pressão arterial, quais são os marcadores adicionais que os profissionais de saúde consideram para avaliar o risco cardiovascular de um paciente hipertenso?

Nós utilizamos como marcadores adicionais fatores como a diabetes, a dislipidemia, o sedentarismo, o tabagismo, o alcoolismo, a genética e o nível de estresse. Com isso, avaliamos todo o contexto de exposição e temos um quadro cardiovascular global do paciente, podendo calcular o risco de desenvolvimento para doenças relacionadas ao coração e ao cérebro.

9. Quais são as estratégias mais eficazes para prever a progressão da hipertensão e suas complicações em pacientes diagnosticados?

Se você tem na família alguém com hipertensão, ou o pai, ou a mãe, ou ambos, você deve ir ao médico regularmente e ter o hábito de aferir sua pressão, pelo menos a cada semestre. A dica é não passar mais de um ano sem aferir sua pressão e, a partir do momento que ela não se enquadrar mais até 130 por 80 — que é o valor máximo — saber que você se tornou pré-hipertenso e deverá ir a seu cardiologista para fazer melhor esse diagnóstico. Além do diagnóstico, o profissional vai te propor a melhoria dos hábitos de vida saudáveis e te indicar a ter o hábito de aferir a sua pressão e, a qualquer momento que ela esteja alterada, procurar ajuda.

10. A hipertensão é uma condição que pode ser curada?

Infelizmente, a hipertensão é apenas controlada em grande parte dos casos. Mas cabe destacar que a cura pode ocorrer nos estágios de pré-hipertensão, quando o aumento da pressão arterial estiver relacionado a um aumento de peso. Nesse caso, quando o paciente emagrece, a condição volta ao normal.

Existe também a possibilidade da alteração que causa hipertensão ser chamada secundária, ou seja, alguma outra doença está causando o aumento de pressão. Enquadram-se doença dos rins, uso de corticóides e até mesmo a ansiedade, que está sendo um fator muito comum de crises de pressão alta. Nesses cenários, ao tratar a doença, tratamos a condição de aumento de pressão.

No entanto, quando a causa da hipertensão é primária, diagnosticada por fatores genéticos e outros já citados, ela só é controlada por medicação, práticas saudáveis e não vai reverter com uma cura espontânea.


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