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Pandemia: a reinvenção do varejo em meio à crise

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Eduardo Issa

Segundo a SBVC, o consumo das famílias é a principal referência do volume que o varejo como um todo movimenta na economia do país. Desde 2017, pelo menos, o varejo vem apresentando uma participação histórica no PIB brasileiro, entre 62% e 65%, mostrando ser um setor pujante da economia. Em 2020, com a pandemia da covid-19, não deixou de ter tamanha representatividade (61%), mas acompanhou um PIB em contração e registrou uma queda de 5,5%

O que se aprendeu com a crise - o poder de reação do Varejo

O setor, de fato, desempenha um papel de destaque na economia brasileira e, em função disso, não ficaria inerte diante de um cenário tão desfavorável no último ano. Muito se aprendeu e se tem aprendido desde o início da crise, em fevereiro de 2020.

Para começar, cita-se aqui a rápida adaptação dos agentes do varejo às mudanças de hábitos do consumidor, que podem ser percebidas por alguns números. Segundo pesquisa da SBVC (2021), 91% dos consumidores entrevistados se dizem satisfeitos com sua experiência de compra online, 14% deles compraram online pela primeira vez na quarentena, 54% fizeram compras em estabelecimento que faz uso do sistema drive-thru. Outros números mostram a reação do setor. Pesquisa NIELSEN IQ aponta que o e-commerce chegou ao volume recorde de vendas de R﹩ 87 bilhões no Brasil em 2020, crescendo 41% em relação ao ano anterior. Foram 13 milhões de novos consumidores

Os números de 2021 evidenciam a recuperação. Segundo o IBGE, no mês de abril as vendas do comércio aumentaram 1,8%, recuperando as perdas do mês anterior e ultrapassando o patamar pré-pandemia. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 23,8%; no ano, o setor acumula alta de 4,7% e nos últimos 12 meses, de 3,6%.

Do ponto de vista do comportamento do consumidor, uma pesquisa do Google destacou alguns impactos esperados da covid-19, como a redução geral do consumo; a segurança sanitária, a entrega e o preço como critérios de escolha mais importantes; e o digital se consolidando como o canal mais importante para 25% dos brasileiros. Chamou atenção também para algumas preferências do consumidor, salientando que a categoria que mais cresceu no início da quarentena foi a de limpeza, seguida por alimentos, webcams e categorias de entretenimento em casa. Nas regiões com transmissão mais crítica da doença, a reação mais rápida do consumidor às medidas restritivas o direcionou para atender três tipos de necessidades: i. Funcionais, ligadas à conexão e ao trabalho e relacionadas à compra de produtos como webcam, móvel para home office, modem, computador, monitor dentre outros; ii. De compensação e escapismo, ligadas à cozinha indulgente e relacionadas à compra de produtos como pipoca, brownie, torta, panqueca, máquina de pão, adega, dentre outros; iii. De bem-estar, ligadas ao esporte e à saúde em casa, como à compra de produtos como esteira, tapete de exercícios, bicicleta ergométrica, balança, dentre outros.

O que já está mudando e tendências do pós-pandemia

Hoje, já é possível se verificar algumas tendências se consolidando. A avalanche da transformação digital vem contribuindo para esse movimento. Conforme o portal MEIO&MENSAGEM, no mercado internacional já é possível ao consumidor agendar uma live de vendas com um consultor de negócios (caso da Dolce e Gabbana) ou o funcionário oferecer agendamentos de compras virtuais e servir de host de eventos digitais que a marca agora produz (caso da Bloomingdale’s). Empregados da Ulta Beauty (rede de lojas de cosméticos americana) treinam clientes a usar e interagir com o GlamLab, app da marca para testar virtualmente cosméticos.

No Brasil, a experiência omnichannel chegou para ficar. A Inteligência Artificial e a Realidade Aumentada ocupam cada vez mais espaço na estratégia varejista, buscando o alinhamento adequado entre o produto e o perfil do consumidor, para uma experiência mais personalizada. O PIX, de fácil mecânica e proporcionando redução nos prazos de entrega graças à rápida confirmação das transações, traz consigo a funcionalidade do saque no varejo, o que deverá aumentar a circulação nas lojas e as possibilidades de fidelização do cliente.

Num setor tão dinâmico como esse, ficar alheio à evolução da tecnologia, do consumidor e dos fatores ambientais é expor o negócio a um risco elevado e desnecessário. Cabe aos gestores do varejo monitorar todos os movimentos e buscar transformar ameaças em oportunidades.

Eduardo Issa é Professor de Graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Coordenador do Executive MBA de Pittsburgh em parceria com o Mackenzie. Graduado Engenharia de Produção, especialista em Administração Mercadológica, e mestre em Administração de Empresas com Ênfase em Marketing.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.


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