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O que dizem os números dos seguros?

Marcio Coriolano Marcio Coriolano

Em plena era da informação, o mundo vive um paradoxo neste início da segunda década do século XXI: nunca foi tão difícil separar o joio do trigo na quantidade de informações que recebemos todos os dias. E não estamos falando apenas de informações equivocadas, ou falsas, mas daquelas que estão corretas em termos absolutos, porém precisam ser qualificadas, depuradas, analisadas para que se transformem em algo útil na vida de países, empresas, cidadãos. Sem esses filtros, o excesso de informação cria desinformação, não conhecimento. Na estatística, acontece o mesmo. Pouco adianta termos uma vasta produção de dados, se não soubermos a que universo eles se referem, em que serão usados, com que objetivo. Por isso a Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg tem especial apreço pela quantidade e, principalmente, pela qualidade das informações que divulga cotidianamente sobre o setor segurador.

Não poderia ser diferente em um setor que responde por aspectos essenciais da vida de pessoas, empresas e governos, como proteção de patrimônios e rendas, saúde, previdência e capitalização, além de ser responsável por 170 mil empregos diretos no Brasil e deter garantias de risco superiores a R$ 1,2 trilhão. O conjunto de informações sobre o setor e os recortes que podem ser feitos a partir dele balizam decisões do consumidor sobre vários aspectos de sua vida presente e futura, como saúde e patrimônio. Pauta decisões estratégicas de governos sobre programas de saúde pública, política agrícola e infraestrutura. E com o crescente número de empresas com ações em bolsa, torna-se um potencial atrativo para investidores brasileiros e estrangeiros. A cereja desse bolo chama-se transparência, no sentido primário da palavra: deixar cristalina a fonte das informações, a que cada uma se refere e qual é a base de comparação utilizada.

No caso do setor de seguros, a fonte primária da maioria das informações é a Superintendência de Seguros Privados, a Susep, que responde por todos os seguros, com exceção dos produtos de Saúde, que são de responsabilidade da Agência Nacional de Saúde (ANS) e o DPVAT, cuja tarifa é controlada pelo Governo, atrapalhando comparações. Como as metodologias e prazos de divulgação são diferentes, esses dois últimos não são divulgados mensalmente pela CNseg, sendo tratados em separado pela equipe técnica da Confederação. Além de contar com profissionais experientes e atualizados em seu Comitê de Estudos de Mercado, a CNseg convida regularmente representantes de outras instituições para apresentar e analisar resultados e ampliar o olhar sobre a conjuntura do mundo, do País e do setor.

Exemplo claro da preocupação com a exatidão e a transparência é a forma de apresentação adotada pela CNseg. Os resultados compreendem todos os três segmentos de seguros supervisionados pela Susep – de Danos e Responsabilidades, de Vida e Previdência Privada Aberta e de Capitalização – que são mostrados tanto comparando o mês contra o mês antecedente, quanto o mês contra o mesmo mês do ano anterior e ainda períodos contra os mesmos períodos do ano anterior. Assim, evitam-se conclusões parciais e equivocadas sobre o comportamento do mercado. Em 2020, o setor teve crescimento de 1,3% sobre o ano anterior, resultado influenciado positivamente pelo mês de dezembro, que apresentou crescimento de 15,4% sobre dezembro de 2019. Omitir uma das duas informações levaria a interpretações errôneas. A arrecadação anual totalizou R$ 273,7 bilhões, sem Saúde e DPVAT. As provisões técnicas, que garantem os riscos do sistema, atingiram a cifra histórica de R$ 1,202 trilhão, com aumento de 7,5% sobre o exercício de 2019. Em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, o setor totalizou R$ 151 bilhões – também sem Saúde e DPVAT – com crescimento de 8,3% sobre 2019, maior portanto do que a arrecadação. São dados que mostram importante contribuição para proteger a renda e o patrimônio dos brasileiros em momento de queda do rendimento do trabalho, alta do desemprego e estagnação da produção de diversos setores produtivos. O setor cumpriu, dessa maneira, sua missão de desonerar o Governo de gastos para amparo à sociedade.

É este o caminho para honrar nossa missão de sermos os responsáveis pelo tratamento e pela divulgação dos dados relativos ao setor de seguros. Essa responsabilidade é enorme, compatível com a dimensão do setor e com a necessidade de fornecer base sólida ao diálogo com todos os nossos interlocutores. Cidadãos, federações, empresas associadas, órgãos reguladores, poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais, estaduais e municipais, entidades representativas de consumidores. Por último, porém não menos importante, lembramos quão importante é trabalhar com informação de qualidade na construção de uma cultura de seguros no Brasil. O consumidor precisa ter acesso às informações necessárias para escolher conscientemente o melhor produto para cada etapa de vida e cada situação individual. Afinal, a base de todo o sistema de seguros é a confiança. Temos muito orgulho de ter colaborado para a construção de um sistema que valoriza o direito à informação. Qualquer cidadão pode acessar os dados sobre o setor e sobre todas as empresas, diretamente no site de cada uma delas e, também, na Susep e na ANS. Temos um sistema que, para garantir os riscos que assume, detém ativos equivalentes a 25% da dívida pública brasileira, o que o torna um dos maiores investidores institucionais do País, com papel importante a desempenhar na retomada do crescimento econômico.

Marcio Coriolano – Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras - CNseg


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