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Trabalho, pressões e pandemia: especialista explica as diferentes reações do corpo nessa relação

Trabalho, pressões e pandemia: especialista explica as diferentes reações do corpo nessa relação

Segundo a Profa. Dra. Simone Bambini, a pandemia tornou visível as vulnerabilidades do corpo diante da necessidade de sobrevivência

A inesperada e assustadora pandemia da Covid19, de forma compulsória, empurrou muitos profissionais para o home-office. De uma hora para outra, trabalho, estudo e outras atividades passaram a ser remotos, a partir de casa! A mudança foi tão rápida que não deu nem tempo para que empresas e funcionários; estudantes e professores, se preparassem. E o corpo, como tem reagido a todas essas mudanças?

Para a Profa. Dra. Simone Bambini, pesquisadora sobre o estudo do corpo no ambiente corporativo, "a pandemia tornou visível a nossa vulnerabilidade diante desse ataque inescapável que vivemos para nossa sobrevivência, que é diária, tanto no trabalho como nos estudos". A seguir, a especialista comenta como o corpo humano costuma reagir diante de situações de pressão, como as impostas pela pandemia, e outras questões relacionadas ao universo corporativo neste momento:

Nosso sistema nervoso foi preparado para reagir: "nosso sistema nervoso foi preparado para reagir diante de qualquer ataque que possa colocar em perigo a nossa sobrevivência. E quando resolvemos essa situação ameaçadora, o nosso corpo reage novamente de forma muito competente. Quando nosso sistema nervoso tem essa funcionalidade, não ficamos traumatizados. O trauma não é o evento ameaçador em si, mas a carga residual que pode ficar presa no nosso sistema nervoso. Se há cronificação nesse padrão de comportamento, ou seja, em estado de alerta constante, a carga residual será liberada nas mais diversas formas, como a ansiedade, síndrome do pânico, depressão, dores crônicas nas costas, no peito e no estômago, enxaquecas, dentre outras".

Ameaças diante das quais o corpo reage: "essa ameaça está presente sempre em nossa luta pela sobrevivência, seja pelo emprego ou pela garantia do nosso status na sociedade. Convivemos em uma sociedade idealizada, na qual vivemos para ter sucesso, ser feliz e não mostrar fragilidade. Vide as inúmeras selfies e os diversos posts com imagens gloriosas nas redes sociais. E caso você trabalhe em uma organização de sucesso, isso se traduz que você é um sucesso. Apesar desse ‘novo normal’ e das (novas) pressões inerentes, estamos conseguindo nos adaptar, ou melhor dizendo, o nosso corpo está se adaptando, como sempre, em prol da eficiência e produtividade" .

Cultura organizacional ainda controladora: "a cultura organizacional se fortalece pelo sistema de controle e acredita que esta rédea curta tem relação com produtividade. Assim, por conta dessa sensação de "falta de controle", muitas empresas recorreram aos advogados com o intuito de encontrar meios legais para pressionar e punir os empregados que tentam burlar a jornada no home office. Muitas organizações se revelaram incomodadas com o desprendimento de alguns empregados que aparecem nas teleconferências de pijama, cabelos em desalinho e olhos inchados de sono. Ou, então, que passaram a responder e-mail somente de madrugada, embora o tenham recebido pela manhã. Será que a aparência, ou melhor, a vestimenta adequada tornou-se sinônimo de competência? Por que, antes desse tsunami sanitário, não incomodava responder aos e-mails a qualquer hora do dia e aos grupos de WhatsApp do "time do trabalho" nos finais de semana ou fora do horário de expediente? Será que o home office abalou o nosso espírito de equipe? E o que pode nos acontecer a partir dessa constatação?"

Pandemia torna visíveis as vulnerabilidades do corpo: "a pandemia tornou visível essa nossa vulnerabilidade diante desse ataque inescapável que vivemos para nossa sobrevivência, que é diária, tanto no trabalho como nos estudos. Para corresponder à eficiência produtiva exigida, sobretudo pelas organizações, é preciso saúde e isso está nos faltando em função de nossa vida estressante, agravada com o advento da pandemia e gerando sintomas como a síndrome de burnout. Seguimos disponíveis 24 horas e nem percebemos".

Saídas para superação: "a boa notícia é que existe saída para essa situação. A primeira, é a autorreflexão; a segunda, buscar ajudas terapêuticas como a Somatic Experiencing, a SE, que auxiliam na cura".

Simone Bambini é doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Coordena o Curso de Relações Públicas da FAAP e também é Pesquisadora sobre o estudo do corpo no ambiente corporativo. Terapeuta em SE - Experiencing Somatic. Autora do livro: O corpo como posicionamento da marca na comunicação empresarial.


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