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Projeção maior da inflação acende luz amarela, comenta economista da CNseg

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Expectativa para a alta do IPCA em 2020 subiu de 1,78% para 1,94%, mas a projeção permanece abaixo do piso da meta oficial, de 4%

Expectativas Econômicas

O ajuste da projeção para o PIB de 2020 subindo de -5,31% para -5,11% foi relevante, porém já esperado. Mas o que mais se acentuou no Relatório Focus desta segunda-feira, 14 de setembro, foi a inflação, que acende a luz amarela dos agentes financeiros e econômicos, comenta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação das Seguradoras, que assina o boletim Acompanhamento das Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg.

O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2020, de 1,78% para 1,94%. “Ainda que não haja sinais de que as altas pontuais dos preços vão se disseminar causando um processo inflacionário propriamente dito, o assunto voltou ao debate e o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, ao se reunir nesta semana para decidir sobre a política monetária, deve tratar disso. As projeções indicam que a taxa Selic deve ser manter em 2% em 2020, com alta para 2,5% ao longo do ano que vem, comenta o economista.

O Copom tem ressaltado que a estratégia de política monetária será implementada com vistas a conter os efeitos de segunda ordem do choque de oferta e a garantir a convergência da inflação para a meta, de 4% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. “Vamos acompanhar a agenda de divulgação desta semana, com dados que podem influenciar as projeções futuras”.

Leia a análise completa abaixo:

Acompanhamento das Expectativas Econômicas Nº 112 – setembro/2020 – semana 2

Os resultados do PIB do 2o trimestre, mostrando que a economia contraiu 9,7% em relação ao 1o trimestre (um pouco mais que o esperado), acompanhados de forte revisão negativa dos dados do 1o trimestre, tiveram impacto limitado sobre as projeções anuais para a variação do PIB compiladas no Relatório Focus que, esta semana, voltaram a melhorar, subindo de -5,31% para -5,11%.

Como temos afirmado nas últimas semanas, apesar do noticiário agitado, as sinalizações da política também têm sido mais favoráveis do que desfavoráveis, e especulações como uma possível saída do Ministro da Economia foram substituídas por debates de efeito prático, como os entendimentos no Congresso para o andamento da reforma administrativa, e mesmo negociações para melhorar a convergência de propostas da reforma tributária e administrativa, ainda que preocupe a ausência de um acordo sobre a retomada dos trabalhos da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na Câmara.

Indicadores conjunturais de atividade continuam a sinalizar um movimento que destacamos nas últimas semanas: o
comércio e a indústria, beneficiados pelo deslocamento de gastos que fora do contexto de isolamento social seriam destinados aos serviços, se recuperaram de maneira mais rápida. Já os serviços, muitos dos quais dependem de maior circulação de pessoas, ainda se recuperam mais lentamente.

Como se trata do setor mais relevante para o PIB, os resultados para a economia como um todo recebem sua influência e isso pode ser verificado nos resultados de julho. A indústria já havia apresentado crescimento acima do esperado no mês (8%). Na semana passada, foi a vez do comércio varejista, com a PMC Ampliada crescendo 7,2% e grupos como “materiais de construção” e “móveis e eletrodomésticos” superando os patamares de vendas anteriores à pandemia.

A PMS, por outro lado, mostrou que os serviços cresceram apenas 2,6% em julho, abaixo do esperado, o que certamente influenciou o IBC-Br, divulgado hoje, dia 14/09, com expansão de 2,15% no mês, também abaixo do consenso do mercado.

Enquanto isso, as discussões sobre o comportamento da inflação, como também adiantamos em comentários anteriores, voltaram ao radar dos analistas, ainda que seja fundamental distinguir pressões pontuais em preços de itens importantes (como alguns alimentos no mês de agosto) de um processo inflacionário (aumento generalizado e consistente dos preços).

A variação de 0,24% do IPCA em agosto mostra isso. Em resumo, a aceleração dos preços de combustíveis e alimentos foi compensada pela deflação dos serviços que, como comentamos anteriormente, ainda caminham de lado e devem segurar a inflação ainda por algum tempo. Não é possível dizer que tais aumentos sejam surpreendentes, já que os preços no atacado vêm sinalizando uma pressão há alguns meses nos IGPs, que continuam a subir com força.

Ainda assim, é preciso atenção, já que muitas dessas pressões nos alimentos (provocadas pelo câmbio depreciado e pela alta na demanda internacional) podem não arrefecer até o ano que vem. Além disso, esses itens correspondem a percentual relevante da cesta de consumo das famílias mais pobres, justamente aquelas que terão sua renda reduzida com a retirada gradual do estímulo do Auxílio Emergencial.

Nesse cenário, a projeção para o IPCA voltou a subir com um pouco mais de força, de 1,78% para 1,94% em 2020 e de 3,00% para 3,01% em 2021. Já a projeção para o IGP-M disparou de 11,72% para 15,03% este ano, ampliando uma diferença entre os índices que preocupa alguns segmentos do setor segurador.

As projeções para a Selic – em semana de reunião do Copom – continuam a ser alteradas respondendo menos aos dados correntes (afinal, expectativa de mais inflação, em tese, não deveria suscitar uma redução dos juros básicos) e mais a ajustes que ocorrem devido à conhecida “inércia” dessas projeções: enquanto as instituições Top 5 elevam sua projeção para a Selic ao final deste ano (a caminho dos 2,00%), a mediana do mercado ajusta sua projeção para o ano que vem: por mais que a inflação suba uma pouco mais que o previsto, ela deve permanecer no intervalo das metas em um contexto de atividade econômica ainda em recuperação por todo horizonte relevante para a política monetária.

Dessa maneira, não faz sentido que os juros subam muito ao longo do ano que vem. Por isso, a projeção mediana para a Selic ao final de 2021 caiu mais uma semana, para 2,50%. No calendário econômico da semana, destaque para o Monitor do PIB de julho, da FGV, e para o resultado da reunião do Copom, ambos na quarta-feira (16/09).


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