Informação é principal aliada para prolongar amamentação

Nos filmes e novelas é comum as cenas de mães amamentando seus filhos com sorrisos no rosto, como se fosse uma atividade fácil e natural. Porém, a realidade nem sempre é tão bonita. Não são raros os relatos de problemas enfrentados na amamentação, os mais comuns dizem respeito às dores pela sucção e a machucados nos mamilos, as fissuras. Acaba sendo comum muitas lactantes desistirem do aleitamento, seja por falta de suporte das pessoas mais próximas, de acompanhamento de um profissional especializado em aleitamento ou mesmo pelo excesso de informações desencontradas que se tem acesso hoje em dia. Contudo, o leite materno é a melhor fonte de nutrientes e o único alimento que os bebês necessitam nos primeiros meses de vida.

“É muito importante consultar um especialista ao primeiro sinal de dificuldade, pode ser tanto o/a obstetra ou pediatra, quanto uma doula ou uma consultora de amamentação. Além disso, o apoio da família e de amigos é fundamental num momento em que a mulher já está numa situação de fragilidade. Vale lembrar que ao invés de palpites e comentários, preparar uma refeição, cuidar do entorno para que ela possa descansar ou simplesmente dar um abraço podem ser o alento que aquela mulher necessita”, explica Valdmário Rodrigues Júnior, assessor da presidência da Central Nacional Unimed, obstetra e especialista em amamentação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam amamentados exclusivamente por no mínimo seis meses. A organização aponta ainda que a amamentação nos primeiros dois anos pode salvar a vida de mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos todos os anos, isso porque quanto mais prolongada é a amamentação, menores as probabilidades daquela criança desenvolver doenças como infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. O aleitamento materno também é associado a outros benefícios como a formação do sistema imunológico, o desenvolvimento da arcada dentária pela sucção e a reparação do intestino pela presença da molécula PSTI no leite materno.

Mesmo com todos esses benefícios, atualmente no Brasil a duração média do aleitamento exclusivo é de 54 dias, de acordo com o Ministério da Saúde. Entre algumas das razões para o desmame precoce estão a necessidade de voltar ao trabalho pouco tempo após o parto, o uso de bicos artificiais como mamadeiras e chupetas, dificuldades do bebê para fazer uma pega correta, a baixa produção de leite, entre outras. “Os melhores aliados que temos para aumentar essa média são a informação e o acolhimento. Quanto mais suporte a mulher tiver, mais ela se sentirá encorajada para lidar com as dificuldades que surgirem e perseverar na amamentação, um dia de cada vez”, enfatiza Rodrigues.

Como lidar com as fissuras

Para reduzir o desconforto causado pelas fissuras nos mamilos, uma dica eficaz é passar o próprio leite materno no local afetado. “Estudos apontam que os fatores imunológicos IgA, IgM e IgG presentes no leite materno podem auxiliar na cicatrização, contudo é preciso ter cuidado sempre com a higienização do local, afim de evitar a proliferação dos microrganismos, que podem causar outras doenças como cândida mamária e mastite”, explica Rodrigues.

Um dos métodos popularmente mais utilizados para o tratamento das fissuras é a exposição do seio ao sol, porém o Ministério da Saúde não recomenda a prática, uma vez que não há evidência cientifica da sua eficácia.

Outro recurso para cicatrizar as fissuras mais rápido é o tratamento com laser no local afetado. Ele deve ser feito por profissional habilitado.

Palestras gratuitas sobre a amamentação

Com o intuito de fornecer informações sobre os principais fatores que podem facilitar e dificultar a continuidade do aleitamento materno, a Central Nacional Unimed começou a promover uma série de palestras gratuitas sobre amamentação, como parte de seu programa de Responsabilidade Social. A próxima será no dia 26 de abril em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.

A proposta do evento é munir os participantes - gestantes, mães, lactantes e demais interessados - com informações para identificar possíveis problemas na amamentação e muni-los com recursos para contribuir para o aleitamento materno prolongado.

No site da cooperativa, também é possível conferir dicas e orientações no link https://www.centralnacionalunimed.com.br/amamentacao.

Dentro de casa

Além de atividades externas, a Central Nacional Unimed também promove o aleitamento materno prolongado dentro de casa. A operadora disponibiliza em seus escritórios para as colaboradoras que retornam da licença maternidade uma sala para amamentação e ordenha de leite durante o horário de expediente.

“É possível voltar ao trabalho e continuar oferecendo leite materno para o filho, mas para isso é preciso contar com uma estrutura que atenda as exigências da Anvisa e da Coordenação-Geral de Saúde e Aleitamento Materno do departamento de Ações Programáticas Estratégicas, SAS, do Ministério da Saúde. Um ambiente que tenha um local privativo e limpo para ordenhar, além de uma geladeira para armazenar o leite da maneira adequada, até o horário de volta para casa”, destaca Rodrigues.

“A sala de amamentação na empresa me possibilitou continuar com o aleitamento exclusivo, mesmo tendo retornado ao trabalho quando minha filha tinha somente quatro meses e meio. Me senti muito mais tranquila em voltar ao trabalho sabendo que eu tinha o apoio da minha gestão e sem temer que a produção de leite reduzisse. Hoje minha filha tem 11 meses e ainda amamento”, conta Marcela Leite, colaboradora da Central Nacional Unimed.

Serviço

Data da Palestra: 26/04
Horário: das 14h às 16h
Local: Centro para Criança e Adolescente e CEI Santa Marcelina
Endereço: Rua Rio do Oeste, 110 - Itaquera, Zona Leste, São Paulo/SP

Sobre a Central Nacional Unimed

A Central Nacional Unimed é a operadora nacional dos planos de saúde empresariais da marca Unimed. Sua carteira de clientes é composta por cerca de 1,6 milhão de clientes de grandes corporações brasileiras. Também trabalha com PME e foco regional em Salvador, São Luís, Brasília e São Paulo. Em 2018, a Central Nacional Unimed registrou receita de R$ 5,6 bilhões (+9,3% em relação a 2017). É considerada uma das melhores empresas para se trabalhar e uma das melhores para se iniciar a carreira. Faz parte do Sistema Unimed, composto por 346 cooperativas médicas presentes em todo o território nacional, que compartilham os valores do cooperativismo e o trabalho para valorização dos médicos e da medicina.