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Longevidade deve ser pauta constante do mercado

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Evento debate desafios de atendimento e como a população acima de 50 anos se prepara para envelhecer

Por Camila Alcova

Tema já recorrente no mercado de seguros, o debate da longevidade é também cada vez mais necessário, tendo em vista questões como o aumento da expectativa de vida dos brasileiros nos últimos anos. Os desafios da longevidade foram abordados na segunda edição do evento Diálogos da Longevidade, promovido pela Bradesco Seguros ontem, 24 de abril, em São Paulo.

O diretor presidente da Bradesco Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização, Jorge Nasser, reforçou que a longevidade não é um tema referente ao futuro, pois já faz parte do presente da sociedade. “Já não discutimos se vamos viver mais, mas com que qualidade de vida vamos viver. A partir disso, é responsabilidade de cada um, como representantes das instituições, e da sociedade como um todo, governos, de endereçarem o tema da longevidade com a seriedade que ele merece”, disse ele, ao acrescentar que a Bradesco Seguros estuda esse tema há 15 anos, com iniciativas como o Fórum da Longevidade.

O executivo mencionou alguns dados que envolvem a longevidade, como o fato de o Brasil contabilizar atualmente 24 milhões de pessoas com mais de 60 anos e a projeção de, em 2060, esse número chegar a 73 milhões de pessoas, conforme o IBGE.

Dados como esses, na visão do executivo, endossam a necessidade de discussões como a reforma da previdência, além de infraestrutura urbana e análises acadêmicas para a compreensão desse novo perfil de brasileiro.

Nasser citou ainda a mudança demográfica no País nas últimas décadas. “A expectativa de vida ao nascer no Brasil, em 1940, era de 45 anos, e em 2016, chegou aos 76 anos”.

Nesse sentido, além da expectativa de vida, já se debate a expectativa de sobrevida. “Na década de 80, a
expectativa de um brasileiro com 60 anos era de viver até os 76. Hoje, a expectativa de sobrevida após os 60 anos é de 82 anos”, exemplificou.

Longeratividade

Durante o evento, Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, apresentou os dados da pesquisa Longeratividade, junção dos termos longevidade e atividade.

A pesquisa analisou se as pessoas estão se preparando para o envelhecimento e como se dá esse processo. Esse movimento é maior entre as pessoas que já passaram dos 50 anos, em comparação com aquelas que ainda não estão nessa faixa.

O mesmo ocorre em relação ao preparo para uma saúde melhor no envelhecimento. “69% de pessoas com 50 anos ou mais, contra 49% dos mais jovens”.

Sobre a programação financeira, a pesquisa mostra que 62% das pessoas com 50 anos ou mais se preocupam mais com a questão, enquanto entre as pessoas com até 49 anos, o percentual é de 59%.

“Esses números mostram, que, em geral, a preparação para viver mais e melhor acontece quando você já passou da metade da vida”.

Para o responsável pela pesquisa, além das alterações demográficas, a grande mudança é com o significado do envelhecimento. Exemplo disso é a existência de programas de trabalho focados em jovens e a falta de iniciativas para que pessoas experientes se mantenham ativas no mercado de trabalho. “Tão importante como discutir a reforma da previdência é discutir como essas pessoas se manterão”, defende Meirelles.

Atualmente, 54 milhões de brasileiros – maior parte na região sudeste – têm mais de 50 anos, o que supera o tamanho da Espanha e equivale a duas Austrálias, por exemplo.

De acordo com Meirelles, até 2050, 43% da população terá mais de 50 anos, ou seja, 98 milhões de brasileiros, o que será uma grande mudança em apenas três décadas.

Hoje, desses brasileiros com 50 anos ou mais, aproximadamente 62% são considerados chefes de família, sendo que entre pessoas com até 49 anos esse percentual é de 25%.

A pesquisa também mostra que 13% dos brasileiros com 50 anos ou mais moram sozinhos, o que reflete em diversas consequências de mercado, conforme o especialista.

Como viver bem? Desafios da longevidade

Os entrevistados pela pesquisa apontaram que alimentação saudável, exames preventivos e consultas regulares, boa condição financeira, exercícios físicos regulares são alguns fatores predominantes para uma vida melhor e com maior qualidade. Entretanto, entre o público maior de 50 anos, quesitos como esses muitas vezes são pouco praticados ou não adotadas. “28% desses brasileiros com mais de 50 anos não fazem exames preventivos ou consultas regulares”, alerta.

Outro dado preocupante é que dois terços dos consultados não poupam, o que reforça a necessidade de se discutir sobre previdência pública e privada, e geração de renda para o sustento dessa população, aponta o responsável pela pesquisa.

Renato Meirelles pontua ainda que é necessário refletir sobre o quanto o mercado está preparado para atender a esse público que está envelhecendo, processos efetivos de geração de renda, inserção social, preocupação com saúde e bem-estar da população com 50 anos e brasileiros que chegarão nesse patamar.

“Se aproximar do público com mais de 50 anos é se aproximar do nosso futuro, seja como cidadãos, seja como empresários, seja como membro de um país que, indiscutivelmente, terá uma parcela cada vez maior da população vivendo cada vez mais”.


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