Pesquisa aponta que mulheres ganham frente no mercado de trabalho

O estudo da ONG entrevistou 816 pessoas contempladas pelo programa durante o segundo semestre de 2018. Os resultados do estudo apontam que este programa pode se tornar a chave de entrada para a inclusão profissional, porém ainda encontra seus obstáculos. A pesquisa completa traz mais de 50 dados dos quais podemos elencar o impacto econômico, inclusão social e visão do mercado.

Entre os principais dados, a pesquisa aponta que 80,88% do público entrevistado tem idades entre 18 e 24 anos, parcela da população mais atingida pelo desemprego. 18,62 estão entre 14 e 17 anos. 35,7% dos jovens entrevistados têm renda familiar de até 2 salários mínimos e 42,8% estão entre aqueles em que a família possui renda de 2 a 4 salários mínimos. A participação do jovem em que o núcleo familiar ganha de 4 a 10 S.M. representa 16,9%. 1,1% são de família com renda de 10 a 20 S.M. e 0,5% para pertencentes à faixas mais altas de renda familiar.

A pesquisa indicou que o trabalho desses jovens impacta a composição da renda familiar. 42,8% declararam que dão parte do que ganham para o sustento da casa e 16,9% declararam que dão tudo o que ganham para o sustento da casa. Entre o público entrevistado as mulheres são maioria, representando 66,1% dos entrevistados, seguidas pelos homens com 33,6%. Mesmo que timidamente, os números demonstram que já é possível notar a presença maior da população LGBT: 80,26% dos jovens se declarou como heterossexual, 12,86% como bissexuais, 2,70% como gays e 1,96% como lésbicas. 2,20% preferiram não responder.

Para 83,8% dos jovens entrevistados, o trabalho que realizam como aprendizes possibilitou o desenvolvimento profissional. Após essa experiência, 57,8% dos jovens se considera preparado para atuar no mercado de trabalho e 12,4% dos jovens se consideram muito preparados. Segundo o ministério do trabalho, entre os meses de janeiro e junho 227.626 jovens foram contratados como aprendizes no Brasil. O potencial de contratação é de 953.721. Em São Paulo o potencial de contratação é de 313.212 e até o mês de junho de 2018 foram contratados 65.634 jovens. Ainda há muito espaço para desenvolvimento do programa, inserindo cada vez mais jovens.

"Esse foi um estudo minucioso realizado pela Leticia que levou alguns meses para ser concluido. Com ele conseguimos constatar que ainda existem muitos pontos que precisam ser trabalhados para que o programa atinja seu objetivo, porém, agora é possível saber o que esta no caminho certo e o que precisa ser alterado. Nós, do Via, temos a consciencia de que este trabalho pode definir o novo perfil do mundo corporativo no prazo de 10 anos e a inclusão do público menos favorecido é essencial para construir uma sociedade mais equalitária." ressalta Ruy Leal, superintendente da Ong

**Para receber a pesquisa completa, entrar em contato com a Assessoria de Imprensa.