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Mulheres líderes de grandes companhias compartilham suas trajetórias no 8° Fórum Mulheres em Destaque

O maior evento sobre a causa também apresentou cases de sucesso, pesquisas e trocas de experiências focadas no avanço das mulheres nos cargos de liderança no ambiente corporativo

Nos dias 28 e 29 de novembro aconteceu, em São Paulo (SP), a oitava edição do maior encontro de líderes engajados com a equidade de gênero nas corporações: o Fórum Mulheres em Destaque – Diversidade na Liderança. O evento, que reuniu executivos de grandes companhias, contou com diversas conversas importantes sobre a causa, dinâmicas interativas e cases de diversidade na liderança, além de histórias inspiradoras de líderes e soluções diferenciadas em gestão de pessoas.

Promovido e organizado pela CKZ Diversidade, o Fórum tem como propósito apoiar as corporações a construírem ambientes mais igualitários na liderança a fim de torná-las mais sustentáveis e responsáveis. O primeiro dia de evento começou com uma breve apresentação de Cris Kerr, CEO da CKZ Diversidade e idealizadora do Fórum Mulheres em Destaque. "Não estamos falando apenas de responsabilidade social, mas também de performance financeira", apontou a executiva ao mostrar o panorama em que o Brasil se encontra quando o assunto é diversidade e inclusão, principalmente no topo das pirâmides das organizações.

A primeira palestra do dia teve como tema "Liderança Feminina – Propósito e Paixão", e foi ministrada por Maria Silvia Monteiro Costa, CEO da Plataforma de Negócios da Liderança SHAKTI. A conversa abordou a origem do patriarcado e como ele permeia todas as esferas e perpetua nas estruturas sociais até os dias de hoje. Devido a esse cenário, muitas mulheres agem como homens para se manterem no "jogo", pois é assim que funciona o patriarcado, comportamento questionado pela por Maria Silvia: "O que não pode acontecer é mulher liderando como homem porque não podemos repetir esse processo do patriarcado. Precisamos de um novo olhar sobre o que é liderança e poder".

Um dos destaques foi a apresentação da pesquisa "Women CEOs Speak", realizada pelo Instituto Korn Ferry, em parceria com a Fundação Rockefeller. O estudo analisou os skills, atitudes e o percurso profissional de 57 mulheres CEOs e mostrou como elas chegaram ao topo, o que elas têm em comum, além de trazer alguns dados reveladores. "Das mulheres entrevistadas, apenas 12% almejavam ocupar um cargo de CEO, o que ocorre porque elas têm um nível de confiança menor que o dos homens no ambiente corporativo", comentou Maria Alice Mendes, principal da Korn Ferry. Esse também é um dos motivos que corroboram para a falta de mulheres ocupando cargos de liderança. Segundo Milena Lopes Schiavo, associate principal da Korn Ferry, o fato de as mulheres não se enxergarem nesses cargos faz com que elas não se projetem estrategicamente ao longo de suas carreiras para alcançar o topo.

O painel intitulado "Como os homens estão se empenhando para fazer a diferença em prol da equidade de gênero" trouxe os homens para a conversa. Moderado por Cris Kerr, o painel mostrou o quão é fundamental a participação dos homens nesta causa. "Se você não está voluntariamente incluindo, você está involuntariamente excluindo", afirmou Gaetano Crupi, presidente da Bristol Myers Squibb do Brasil, que trabalha com afinco para criar uma cultura cada vez mais inclusiva dentro de sua empresa. Guilherme Maradei, presidente da MERCK Brasil, fez questão de ratificar a importância da participação do homem na busca pela equidade de gênero: "Uma grande maioria das pessoas costumam ser neutras e elas precisam do trabalho dos agentes da mudança para fazer acontecer". Também participou do painel Vilmar Fistarol, presidente da CNH Industrial.

"Eu sempre me considerei protagonista", essa foi a fala de Tracy Francis, sênior partner da McKinsey & Company, durante o painel "Mulheres CEOs – Como elas construíram suas carreiras". Moderado por Ligia Sica, professora e pesquisadora da FGV, o painel reuniu três grandes mulheres, mães e líderes que compartilharam suas experiências e trajetórias de vida. Uma roda de conversa que pode ser definida em três palavras: propósito, determinação e inspiração. "As minhas escolhas são o que fazem a minha definição de sucesso e elas não se basearam em abrir mão. Se eu fosse só mãe, não seria feliz. Se eu fosse só profissional, também não seria feliz", afirmou Juliana Azevedo, presidente da multinacional P&G. O diálogo contou também com a participação de Cristina Palmaka, CEO da SAP Brasil, que disse que seu maior objetivo é deixar um legado para as próximas gerações.

O painel "O caminho trilhado pelos países que tem maior equidade de gênero", moderado por Adriana Carvalho, assessora da ONU Mulheres, trouxe cases do Canadá e Alemanha, dois países com alto índice de equidade de gênero, para mostrar o que eles têm feito em prol da equidade. "No Canadá o governo não implementou a política de cotas. A iniciativa nasceu de grande parte do setor privado", comentou Anouk Bergeron-Laliberté, cônsul comercial do Consulado Geral do Canadá em São Paulo. Em contrapartida, a Alemanha foi adepta à política de cotas. "Na Alemanha, a política de cotas foi um grande sucesso e não conseguiríamos chegar no cenário que temos hoje sem o suporte de uma política pública inclusiva", afirmou Bernd dos Santos Mayer, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

O primeiro dia de evento se encerrou com empresas se comprometendo com a causa da diversidade e equidade de gênero, assinando o "Wep's princípios de empoderamento das mulheres". E com a entrega do "Prêmio Equidade na Liderança", em parceria com a Great Place to Work e com participação especial de Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, que homenageou as empresas JW Marriott, Renaissance Hotel, Una e ThoughtWorks, as quais conquistaram mais de 50% de mulheres em cargos de alta liderança.

O segundo dia do Fórum começou com a palestra da idealizadora do evento, Cris Kerr, sobre "Como o viés inconsciente impacta a carreira das mulheres?". Os vieses inconscientes são estereótipos que impactam negativamente na escolha dos líderes no momento da promoção, sucessão e avaliação de desempenho, evitando, assim, que mulheres alcancem os cargos de alta liderança. "Precisamos sair do piloto automático e pensar de forma diferente, desconstruindo nossas crenças. Diversidade é convidar para o baile e inclusão é convidar para dançar", declarou Cris Kerr.

Moderado por Elisabete Scheibmayr, líder do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil, a roda de conversa "Caminhos para desconstruir o machismo, o racismo e a homofobia", trouxe diversos especialistas para conversar sobre o tema, entre eles, Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto AVON. Em 2016, Daniela liderou uma pesquisa sobre o machismo. "Nove em cada 10 entrevistados da nossa pesquisa acreditam que existe machismo, mas quando perguntamos se essas pessoas se consideram machistas, apenas 24% afirmam que sim, então essa conta não fecha. Não dá para lutar contra algo que a gente sequer enxerga que existe", disse Daniela. Já Marco Aurélio Prado, doutor em psicologia social e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT na UFMG, comentou que o preconceito é uma economia de pensamento, pois faz a gente refletir menos, mantendo lugares de poder e hierarquias fixas. Também participaram da palestra Guilherme Valadares, fundador e editor-chefe do Papo de Homem, e Claudia Patricia Luna, especialista em racismo e sócia da Luna Advogados, que destacou que falar sobre racismo não é só uma prerrogativa dos negros, mas de toda a sociedade.

Em seguida, o evento apresentou "Cases de Sucesso – Empresas engajadas com a equidade de gênero, raça, etnia e LGBT+", conversa moderada por Margareth Goldenberg, gestora executiva do Movimento Mulher 360. "A diversidade precisa fazer parte do DNA da empresa, nas ideias, nos pensamentos, nas experiências e nas pessoas", compartilhou Maurício Pordomingo, vice-presidente de recursos humanos da PepsiCo Brasil Alimentos. Maristella Ianuzzi Marante, diretora global da Schneider Eletric, frisou a importância da pluralidade de vozes dentro da organização: "Quando a gente trabalha em uma empresa tão grande, é impossível deixar uma só voz comandar as decisões". A conversa também contou com a participação de Alessandra Morrison, diretora de recursos humanos da Kimberly-Clark, e Fátima Gouveia, executiva de recursos humanos do Banco Santander. "Diversidade para nós não é levantar bandeira, mas sim reconhecer que estamos falando da natureza humana e que diversos somos todos", enfatizou Fátima.

Para encerrar a 8° edição do Fórum Mulheres em Destaque, Betania Tanure, sócia da Betania Tanure Associados, ministrou a palestra "Cultura organizacional colaborativa", mostrando como o propósito e os valores em comum podem gerar confiança, aumentando o engajamento e pertencimento dos colaboradores. "Cultura é tudo aquilo que a gente acredita e pratica, portanto ela não é imutável", afirmou.

O evento também contou com uma mentoria paralela com a especialista em comunicação, Mara Behlau, e com a parceria das empresas Amil, Cargill, Citi, DSM, Heineken, Ingersoll Rand, Instituto Net Claro Embratel, Medtronic, Mercedes Benz, MERCK e White Martins.

Sobre a CKZ Diversidade

A CKZ Diversidade promove eventos próprios para transformar conteúdo de alta qualidade em interatividade e troca de experiências. Sua Plataforma de Diversidade conta com o 9º Fórum Mulheres em Destaque, 5º Fórum Gestão da Diversidade e Inclusão, e 2º Fórum Diversidade no Conselho. A CKZ Consultoria em Diversidade tem como propósito apoiar as corporações com treinamentos de viés inconsciente, inteligência de gênero e programas de diversidade para torná-las mais sustentáveis e responsáveis.


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