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Vacinas previnem até mesmo câncer!

Além da importância da vacinação contra a COVID-19, saiba porque vacinar contra o HPV, o maior causador de câncer de colo uterino, é fundamental; Janeiro Verde é o mês de conscientização deste tipo de tumor

Nunca se falou tanto em vacinação, uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças, como nos últimos tempos. Por ano, a vacinação evita de dois a três milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a pandemia da COVID- 19 colocou o assunto em destaque. Então este é o momento para falar de outras vacinas também. Para Leonardo Silva, oncologista do Grupo SOnHe, especialista em tumores femininos, é oportuno abordar a importância da vacinação contra o HPV. “Estamos no mês de conscientização do tumor de colo uterino, um câncer prevenível com a vacina contra o HPV, que está disponível no Brasil e incluída no Programa Nacional de Imunização desde 2014 para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 13 anos. Idealmente, ela deve ser aplicada antes do primeiro contato com o HPV, ou seja, antes da primeira relação sexual. Por isso, a faixa etária definida para as meninas e os meninos”, pontua.

Segundo o oncologista, a vacina administrada é a chamada tetravalente e tem cobertura principalmente contra quatro cepas de HPV sabidamente causadores de câncer: 6, 11, 16 e 18. Além disso, ela é capaz de oferecer certo grau de proteção cruzada contra outras cepas menos comuns. “Apesar da disponibilidade da vacina gratuita no Brasil, a cobertura vacinal ainda é considerada baixa. Os dados oficiais mostram que, no período de 2014 a 2017, 72% das meninas haviam recebido uma dose, mas apenas 45% completaram o esquema de duas doses. Os dados para os meninos são ainda piores, com uma cobertura de apenas 20%. Um fator agravante recente foi a pandemia de COVID-19, que teve impacto direto na atenção à saúde, incluindo a cobertura vacinal contra o HPV”, lamenta o oncologista.

O oncologista conta que, no final de 2020, a OMS lançou um projeto global ambicioso com o objetivo de acelerar o processo para a eliminação do câncer de colo uterino. “O alvo a ser atingido até o ano de 2030 é garantir a vacinação de 90% das meninas contra o HPV antes dos 15 anos de idade, o rastreamento de 70% das mulheres, e o tratamento adequado e em tempo hábil para os casos de lesões precursoras (pré-cancerosas) e de câncer propriamente dito. A OMS estima que, se atingirmos esses três objetivos, seremos capazes de reduzir em 40% o número de novos casos de câncer de colo uterino e evitar 5 milhões de mortes pela doença até o ano de 2050”, ensina.

Para o Dr. Leonardo é importante ressaltar que o tempo transcorrido entre a infecção pelo vírus e o desenvolvimento do câncer de colo do útero é em média de 20 a 30 anos. Sendo assim, os efeitos benéficos da vacinação contra o HPV serão percebidos de forma mais significativa daqui algumas décadas. “Nesse contexto, fica claro a importância de fortalecermos concomitantemente o programa de rastreamento do câncer de colo uterino inicialmente baseado na realização de exames de Papanicolaou (citologia oncótica do colo uterino), que são feitos de forma oportunista, quando a mulher procura uma unidade de atenção básica para a realização do teste ou por outros motivos. Outros métodos de rastreamento, incluindo a pesquisa de material genético do HPV, já existem e estudos estão sendo conduzidos analisando a viabilidade de sua utilização no programa do Sistema Único de Saúde (SUS)”, conta.

Dados

Hoje, o câncer de colo uterino ocupa a quarta posição entre os cânceres mais frequentemente diagnosticados em mulheres, e representa a terceira causa de morte por câncer entre elas. “A cada ano, mais de 300.000 mulheres em todo o mundo morrem em decorrência desse tipo de câncer, e cerca de 90% dessas mortes ocorrem em países de média e baixa renda. Trazendo o foco para o Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima que a cada ano mais de 16.000 mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino. No ano de 2019, mais de 6.500 mulheres morreram em decorrência dessa doença. E, embora tenhamos observado redução significativa no número de novos casos de câncer de colo uterino no Brasil, nos últimos 20 anos, ainda persistem importantes diferenças regionais. E, tão surpreendente quanto esses números, é o fato de que o câncer de colo uterino pode ser evitado. Vacinação pode mudar positivamente esse cenário . Sim, vacinas salvam vidas”, afirma Dr. Leonardo.

* Leonardo Roberto da Silva, é formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do CAISM/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. Mestre e Doutor em Oncologia Mamária pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com doutorado sanduíche na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e no Hospital Madre Theodora.

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos. O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 11 especialistas sendo cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani e Isabela de Lima Pinheiro e pelas hematologistas Sonia Iantas e Lorena Bedotti.


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