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Maio Roxo: profissional alerta para doenças inflamatórias intestinais

Maio Roxo: profissional alerta para doenças inflamatórias intestinais

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), instituído em 19 de maio, marca o mês da campanha Maio Roxo, que tem como objetivo promover maior conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. As principais doenças são a de Crohn e a colite ulcerativa, também conhecida como retocolite ulcerativa.

Segundo a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), ainda não se sabe qual a incidência no país. Mas estima-se que existam mais de 2 milhões de pacientes com DII nos Estados Unidos. Os homens e as mulheres parecem ser afetados em igual proporção — apenas nota-se que a doença de Crohn tem um ligeiro predomínio em mulheres. Apesar das DII acometerem indivíduos de todas as idades, elas são mais frequentes em jovens, com pico principal entre os 15 e 35 anos. Outro pico observado é numa faixa etária mais avançada, entre os 55 e 75 anos.

De acordo com Paulo Mafra, médico gastroenterologista que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), as causas das DII ainda são desconhecidas. “A doença ocorre após uma resposta do sistema imunológico do indivíduo, provavelmente relacionada com fatores genéticos; fatores ambientais (vírus e bactérias); dieta com consumo exagerado de comidas industrializadas, com alto índice de gordura; tabagismo e estresse”, aponta. Esses fatores, segundo o profissional, desencadeiam uma inflamação muito grande nas paredes do intestino, levando às DII.

A doença de Crohn afeta predominantemente a parte distal do intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon), mas pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal. Diferentemente da doença de Crohn, em que todas as camadas da parede intestinal podem estar envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável, normal, entre os segmentos doentes; a retocolite ulcerativa se caracteriza por acometer o cólon e o reto, atingindo mais a camada mucosa, provocando uma doença mais contínua.

“Os sintomas vão se relacionar muito com a extensão e a gravidade da doença. Os mais comuns são a diarreia, que pode ter, às vezes, sangue, muco ou pus; dores abdominais; cansaço; perda de peso não intencional; febre; evacuações com sangue; diminuição de apetite; e problemas na região peri-anal e no ânus”, elenca o médico. “Lembrando que, às vezes, essas doenças, apesar de acometerem o intestino, também têm manifestações fora dele, as chamadas manifestações extraintestinais, atingindo, por exemplo, as articulações, a pele, os olhos e o fígado.”

Não existe exame específico para identificar as DII, mas os pacientes podem ser submetidos a exames laboratoriais, de imagem e endoscópicos, como a colonoscopia. “O diagnóstico vai ser baseado numa boa avaliação clínica, numa boa anamnese do paciente”, frisa o especialista. “A colonoscopia, um procedimento feito pelo ânus, para avaliação do intestino grosso e do final do delgado — o íleo terminal —, é um dos principais exames para investigação dessas doenças e para diferenciação entre elas”, aponta. Além da visualização pelo exame, há coleta de biópsias que auxiliam na melhoria do diagnóstico. É possível ainda fazer exames radiológicos, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, enteroscopia e, em alguns casos, até o exame da cápsula endoscópica.

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa não têm cura. “O tratamento das doenças inflamatórias intestinais é principalmente medicamentoso. O objetivo é diminuir os sintomas da fase aguda e depois manter o controle da doença ao longo da vida, com acompanhamento clínico. Usamos algumas drogas, como os derivados salicílicos, os corticosteróides, os imunossupressores e os agentes biológicos. Além dos antibióticos, que utilizamos mais nos quadros infecciosos, como os que cursam com abcessos e fístulas anais”, detalha Paulo, sublinhando que o tratamento cirúrgico geralmente é reservado para as situações mais complexas.

Complicações graves podem ocorrer caso o paciente não trate a DII. Por isso, a importância do diagnóstico precoce. “No caso da retocolite ulcerativa, se não tratada, pode gerar colites graves, perfuração intestinal, megacólon tóxico, que é uma distensão exagerada do intestino (podendo levar a formação de úlceras e de perfuração do mesmo), sangramento retal e o risco aumentado de neoplasia, de câncer de intestino”, alerta o gastroenterologista. Na doença de Crohn, podem ocorrer complicações infecciosas como os abscessos intra-abdominais, e o paciente também pode apresentar perfurações intestinais. “Pode ocorrer estenose, o estreitamento da parede do intestino, obstrução intestinal, além do aparecimento de fístulas anais”, completa.


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