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Opióides no tratamento da dor: individualização é a palavra-chave para o uso seguro do medicamento

Tratamento para pacientes com dores crônicas exige monitoramento constante e diálogo com médico prescritor

O tratamento da dor crônica de coluna pode ser bastante desafiador para muitos pacientes. Em diversos casos, como naqueles em que há evidências da dor neuropática, pode ser necessária a prescrição de medicações mais fortes, como os opioides, em conjunto com outras substâncias de menor ou maior intensidade. Com isso, alguns pacientes podem apresentar resistência ao tratamento, em razão do receio de utilizar remédios que possam aumentar sua chance de dependência destas substâncias. “Muitas pessoas têm medo da morfina e outros opióides. No entanto, uma dose baixa desta classe de medicamentos, muitas vezes, é mais eficaz do que uma alta dose de outros remédios considerados mais fracos”, explica Juliano Fratezi, médico ortopedista especialista em coluna, pós-graduado em dor pelo IEP-Hospital Sírio Libanês e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Este receio de muitos pacientes - e também de especialistas - não é infundado. Assim como nos Estados Unidos, que há anos enfrentam uma crise histórica no aumento de casos de overdose de opióides (a exemplo de nomes como o cantor Michael Jackson e o ator Heath Leadger), estudos baseados em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontam para o aumento do uso deste tipo de medicamento no Brasil. Uma pesquisa publicada em 2018 no American Journal of Public Health revela um aumento de 465% na compra de opióides entre 2009 e 2015. Para o médico Juliano Fratezi, é necessário cuidado na prescrição, mas seu uso não deve ser desconsiderado, principalmente para casos de dores crônicas. “Em casos de pacientes em crise de dor, do tipo 10/10, não tem como tratar com analgésicos leves e anti-inflamatórios somente”, afirma Fratezi. “Às vezes, temos que dar o opióide na dose correta e tirar o paciente daquela crise para então conseguir conduzi-lo à fisioterapia, à cirurgia ou iniciar outro tratamento que possa corrigir o problema e, então, conseguirmos tirar a medicação mais forte”, pontua o especialista em dor.

O ortopedista ressalta que seguir as recomendações do médico prescritor é fundamental para minimizar os efeitos colaterais e o risco de adicção dos opióides. “É importante não ter pressa de tirar a medicação, seguir a recomendação e conversar com o especialista sobre como utilizar aquela droga”, esclarece Fratezi.Dentre os efeitos colaterais mais comuns estão a sonolência, constipação, náuseas e vômitos. Geralmente, eles tendem a desaparecer após alguns dias, no entanto, ao persistirem, devem servir como alerta para médico e paciente. “É importante ressaltar que o uso prolongado dos opióides e em altas quantidades, pode gerar tolerância e o paciente pode apresentar sintomas físicos de dependência e sinais de abstinência na retirada do medicamento, além de apresentar maior risco para o surgimento de danos neurológicos, como comprometimento da memória, lentidão, entre outros ”, alerta o ortopedista.

Para o médico, o diálogo é fundamental para o processo do tratamento como um todo. “O paciente precisa tirar suas dúvidas, entender o que aquele medicamento pode ou não oferecer a ele, e ao conversar com o especialista sobre as reações apresentadas com o uso do medicamento, fica mais fácil orientar o paciente dentro da boa prática clínica para a prescrição dos opióides”, argumenta Dr. Juliano Fratezi.

As orientações para a boa prática clínica no uso dos opióides para o tratamento da dor, em especial da dor crônica, levam em consideração os chamados 3 T’s (em inglês: titration, tailoring, tapering), que significam: titulação, ajuste e transição. “Dessa forma é possível nortear o tratamento, iniciando o uso com doses baixas (titulação), ajustando-as de acordo com as características de cada paciente (individualização) e, então, a partir da melhora clínica e do estabelecimento de uma conduta que inclua outras opções de tratamento - sejam eles conservadores ou cirúrgicos - passamos para a fase de transição, que consiste na redução gradual do uso do opióide”, explica o ortopedista.

Dr Juliano Fratezi lista abaixo algumas questões importantes que o paciente pode levar para o consultório antes de iniciar o tratamento com opióides e outros fármacos considerados mais potentes:

Esse remédio vai me fazer mal?
Por quanto tempo devo tomá-lo? E o que acontece se eu tomar por um período menor ou maior?
Posso parar de tomá-lo de uma vez ou devo parar aos poucos?
E se ele afetar o meu sono ou a minha alimentação?
O que é normal sentir e o que é um sinal de alerta?


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