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Antibióticos: pesquisa alerta risco do uso indiscriminado

Acadêmicos da Medicina Jaú constatam que a utilização exacerbada do medicamento gera uma resistência das bactérias e prejudica a eficácia dos tratamentos

Dor de garganta? Infecção de urina? Toma antibiótico! Você provavelmente já ouvir esse tipo de indicação, geralmente feita por pessoas leigas. Ocorre que o uso indiscriminado de antibióticos pode fazer muito mal. Na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), alunos do 5º termo da Faculdade de Medicina de Jaú lideraram um estudo sobre o tema, comprovando que o uso exacerbado de antibióticos gera uma resistência por parte das bactérias e, consequentemente, diminuição da eficácia dos tratamentos, levando os usuários a consumir doses mais fortes a cada novo uso. “Sem uma ação urgente, caminhamos para um tempo em que infecções comuns e ferimentos leves poderão voltar a matar, por isso a importância dessa divulgação perante a sociedade”, adverte um dos pesquisadores, o aluno Luís Rueda Dorte Júnior.

Segundo Luís, que é também um dos diretores da Liga Acadêmica de Microbiologia, o tema é de extrema importância para a população e deve ser levado a sério, pois embora pareçam inofensivos, a automedicação e o uso indevido de antibióticos e outros medicamentos causam sérios problemas à saúde. “Infelizmente essa é uma prática exercida com frequência na sociedade atual, por isso, nosso principal intuito é mostrar para a população que a automedicação vem acarretando problemas gravíssimos para a saúde dos usuários”, afirma o acadêmico. Por conta da relevância do resultado, o assunto ganhou destaque na publicação de julho da Revista Etapa.

Essa prática preocupa as autoridades e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconhece como um problema de saúde mundial, sendo uma das principais ameaças a serem enfrentadas no século 21. O impacto é sentido na saúde pública, resultando em infecções hospitalares, agravamento de quadro clínico dos pacientes, aumento no tempo de hospitalização e de seus custos, além de majorar os índices de mortalidade. E segundo uma pesquisa realizada pela ONU em 2019, estudos indicam que até 2050 o uso indiscriminado de antibióticos poderá causar cerca de 10 milhões de mortes por ano.

A professora responsável pela pesquisa na Medicina Jaú, Dra. Elis Marina Turini Claro, explica que os antibióticos são medicamentos específicos para infecções bacterianas, ou seja, não agem em infecções virais ou fúngicas, devendo ser usados de acordo com prescrição médica, pois nem todos são adequados para uma mesma infecção. “O consumo indevido de certos fármacos provoca o que as autoridades sanitárias chamam de resistência antimicrobiana, fenômeno caracterizado pelo desenvolvimento de superbactérias capazes de resistir aos efeitos dos tratamentos das doenças”, alerta.

Ainda de acordo com a professora, a resistência acontece quando determinada bactéria se modifica em resposta ao uso desses medicamentos. “Com o uso inadequado de antibióticos, pode ocorrer um processo de “seleção”, enquanto as bactérias sensíveis são eliminadas a partir desse contato, as resistentes permanecem e se multiplicam. Essa situação prejudica a pessoa que usa errado e toda a comunidade que fica suscetível a essas superbactérias”, relata.

Luís Júnior complementa que é fundamental buscar orientações médicas e seguir o tratamento proposto até o fim, pois a interrupção do tratamento, antes do tempo indicado pelo profissional de saúde, pode resultar na necessidade de retomar com um novo tratamento. Com isso, haverá maior resistência das bactérias envolvidas. “Devemos conscientizar as pessoas sobre os riscos da automedicação, evitando assim prejuízos para si e para população, e dessa forma impedir a piora evolutiva de uma doença”, encerra.


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