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Para organizações sociais, falta de estrutura em saúde e moradia são as principais dificuldades para prevenção ao coronavírus nas periferias

Em cidades maiores, a falta de estrutura adequada de moradias é considerada problema de alta gravidade. Em municípios menores, a fragilidade está em equipamentos de saúde para diagnóstico e cuidados

As organizações da sociedade civil (OSCs), que atuam diretamente junto às periferias durante a pandemia de Covid-19, percebem que as dificuldades de prevenção e combate ao coronavírus estão relacionadas à falta de estrutura na saúde, pouco acesso a itens de higiene e, principalmente nas grandes cidades, à falta de moradias adequadas que favoreçam o isolamento social. O levantamento foi realizado pelo Itaú Social com 2.074 OSCs de todo o Brasil.

Entre as organizações que atuam em cidades com mais de 200 mil habitantes, 63% consideram a falta de estrutura nas moradias um problema de gravidade muito alta. Já nas cidades de menor porte, 49% afirmam que a falta de estrutura dos equipamentos de saúde para diagnóstico e cuidados é o principal problema. Em 56% das organizações das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, é a falta de acesso a itens de higiene adequados.

“O levantamento lança mão da inteligência de dados para nortear as ações de fomento durante a crise provocada pelo coronavírus. A partir das informações colhidas, podemos atuar de forma mais efetiva e estratégica, considerando a ótica de quem está realizando um trabalho na ponta”, explica a gerente de Fomento do Itaú Social, Camila Feldberg. “Atuar considerando o olhar contínuo para os dados é preponderante para um território tão extenso e diverso como o Brasil. Esta prática também contribui para dar mais elementos de contexto para as OSCs elegerem suas pautas prioritárias.”.

A análise dos dados considerou as respostas das OSCs durante a inscrição para a edição emergencial do programa Comunidade, Presente!, do Itaú Social. Esta é uma das ações de fomento que estão sendo realizadas pela fundação para amenizar os impactos da Covid-19, com a doação de recursos para a distribuição de kits de alimentos e gás de cozinha. Entre os mais de dois mil respondentes, estão representantes de instituições do Sudeste (44%), Nordeste (36%), Sul (12%), Norte (4%) e Centro-Oeste (4%). No total, as organizações declararam atender 3,9 milhões de pessoas (entre crianças, jovens e adultos).

Ações durante a crise

A iniciativa reflete a realidade das organizações que atuam em bases comunitárias no país. De acordo com o levantamento, as organizações se mobilizaram para disseminar informações sobre a prevenção do vírus (81% das instituições), distribuir alimentos (68%) e enviar sugestões de atividades pedagógicas ou lúdicas para crianças e famílias realizarem em suas casas (62%). Também há aquelas que fazem o acompanhamento aos serviços de assistência social e saúde (58%).

Entre as organizações de maior porte, com mais de 200 beneficiários, 39% afirmam promover ações de fortalecimentos de outras iniciativas e coletivos do mesmo território. A maioria das OSCs (71%), tanto as pequenas quanto as maiores, reportou que mantém o atendimento remoto (online, telefone, redes sociais).

Em geral, as organizações apontaram que as consequências econômicas são os maiores riscos da crise, já que consideram que o empobrecimento, aumento da fome (85%), desemprego (81%) e falência dos pequenos comércios/empreendedores (67%) são as principais preocupações para as famílias atendidas. A da falta de trabalho e renda, as organizações apontam ainda riscos de aumento da violência (33%), defasagem em educação (21%), problemas de saúde (17%), entre outros impactos negativos da crise nas comunidades periféricas.

Pão, proteção e poesia

Em Parelheiros, bairro localizado no extremo da Zona Sul de São Paulo, o Instituto Brasileiro de Estudo e Apoio Comunitário (Ibeac) passou a apoiar a comunidade com a distribuição de alimentos, não só os não perecíveis, mas também orgânicos. A comunidade recebeu ainda livros e máscaras de proteção.

A partir do mapeamento realizado junto às escolas, creches e unidades de saúde, foram atendidas cerca de 1.200 famílias. Além de organizações como o Itaú Social, parte dos recursos foi alocado pelo comércio local, que esteve próximo das ações com a comunidade.

“Nós lançamos os três Ps, pão, proteção e poesia. E dentro desse pão, a gente discutiu a importância do alimento. Havia famílias que estavam há mais de semanas se alimentando só de chá porque não tinha outra coisa para comer”, revela a coordenadora do programa de Direitos Humanos no Ibeac, Bel Santos Mayer.

Na vertente da proteção, a organização convidou famílias para costurarem máscaras artesanais para distribuir sobretudo aos profissionais de saúde e trabalhadores do comércio.

Englobando a poesia, a Rede Nacional das Bibliotecas promoveu o movimento Barquinhas Literárias para atravessar a pandemia com literatura por meio de vídeos, textos e áudios. As mães mobilizadoras de Parelheiros também passaram a ler para os seus filhos e gravar vídeos. Até carros de som levaram informação de prevenção e poesia para os moradores.


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