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Outubro Rosa: Especialista Explica os Principais Pontos da Cirurgia de Reconstrução da Mama

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Erika Junger
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Movimento idealizado para conscientizar e estimular a participação da sociedade na luta pelo controle e a prevenção ao câncer de mama, o Outubro Rosa é uma campanha mundial cujo objetivo é proporcionar mais acesso a informação e aos serviços de diagnóstico e de tratamento e, assim, reduzir as mortes. O câncer de mama é considerado a forma mais comum da doença entre as mulheres.

As ações de combate reforçam a importância do diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura em até 90%. Por isso, ter os exames em dia é fundamental. A indicação é de que a mamografia seja realizada uma vez por ano após os 40 anos de idade. O Inca estima que pelo menos oito mil novos casos de câncer de mama podem ser diagnosticados até o final do ano.

O diagnóstico de câncer de mama tem um impacto profundo na mulher. As pacientes precisam lidar com o sofrimento físico causado pela doença e, quando necessário, com a mastectomia, cirurgia para retirada total ou parcial da mama, indicada na maioria dos casos como parte do tratamento. “A cirurgia de reconstrução da mama não tem apenas um valor estético, é fundamental para a qualidade de vida e autoestima da paciente”, explica Bruno Herkenhoff, cirurgião plástico especializado na reconstrução de mamas.

A boa notícia é que as técnicas já estão tão aprimoradas que os resultados podem ser considerados perfeitos, esclarece o medico. “Em muitos casos, a paciente faz a cirurgia de reconstrução em seguida ao procedimento de retirada. Ela já acorda da cirurgia oncológica com a mama reconstruída, o que representa um grande avanço. Isso significa ganhos em termos de saúde física e emocional”.

Bruno Herkenhoff, cirurgião plástico especializado na reconstrução de mamas, e diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Rio de Janeiro, esclarece as principais dúvidas que cercam as pacientes:

- Qual a importância de estar em dia com os exames de prevenção?

BH: A importância é o diagnóstico precoce, o que aumenta a chance de cura e possibilita um tratamento mais simples, evitando sequelas e oferecendo melhor qualidade de vida. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia a partir de 40 anos de idade.

- Como as mulheres podem fazer esses exames? Existe assistência gratuita?

BH: O Ministério da Saúde indica que toda mulher acima de 50 anos faça a mamografia a cada dois anos. O serviço está disponível em toda rede pública.

- Como funciona a cirurgia de reconstrução?

Muitas vezes, é necessária a retirada total da mama. Nesses casos, é indicada a reconstrução imediata ou em outro momento, dependendo do tipo de câncer, do tamanho, da extensão ou se há metástase. A reconstrução pode ser realizada com prótese, expansor de tecidos, com retalho de músculo e pele das costas ou abdômen. Tudo depende do resultado após a retirada da mama.

- A reconstrução imediata é sempre possível?

BH: Nem sempre. É uma cirurgia avançada. Em alguns casos, após a retirada da mama no tratamento do câncer, a paciente pode passar por quimioterapia e radioterapia. O ideal, portanto, é fazer a reconstrução quando ela já estiver bem.

- Pode ser que a cirurgia tenha que ser realizada em etapas, correto?

BH: Às vezes, precisa-se de duas ou três etapas para reconstruir a mama totalmente. Há casos em que, por exemplo, faz-se primeiro um retalho do músculo e coloca-se um expansor. Ele tem que ficar sendo expandido - aumentando de tamanho – de três em três semanas. E quando se chega a um volume bom, troca-se o expansor por uma prótese. E aí, em outra etapa, você reconstrói a aréola. Este processo como um todo pode durar até seis meses ou um ano.

- O número de cirurgias vem aumentando?

BH: Sim. As pessoas estão cada vez mais bem informadas. E as pacientes estão fazendo o diagnóstico mais precocemente. Então, a possibilidade de tratamentos de combate ao câncer bem sucedidos, finalizados com a reconstrução da mama, também aumenta.

- Em quanto tempo a paciente está totalmente recuperada?

BH: O tempo de recuperação varia, mas, geralmente, o paciente com um mês já está bem. Lembrando que há casos em que a cirurgia é realizada em etapas que podem durar de seis meses a um ano.

- Esse tipo de cirurgia é oferecida pelo SUS?

BH: Sim.

- E em relação à cirurgia profilática, conhecida como a cirurgia da Angelina Jolie?

BH: Consiste em retirar a mama antes de ser acometida pela doença. Este assunto, no entanto, vem sendo muito discutido. Não se trata de uma cirurgia simples. Muito menos deve ser feita em qualquer paciente. Importante esclarecer que se trata de um procedimento complexo, que pode até deixar sequelas. Portanto, deve ser muito bem pensado e realizado apenas se a paciente tiver indicação pela presença do gene BRCA1 e BRCA2.


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