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Setembro Amarelo: filósofo avalia a angústia da juventude e sua relação com o alto índice de suicídio

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Hebert Neri
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos no mundo inteiro, e esta tem sido a principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos, mais do que o câncer, a AIDS e a malária, inclusive no Brasil. Os números são alarmantes, e explicam a criação não apenas de políticas públicas governamentais, mas da sociedade civil e de ONGs em iniciativas como o Setembro Amarelo.

O filósofo e pesquisador Fabiano de Abreu aponta que existe um motivo para o jovem ser mais suscetível ao desejo de suicídio: “A experiência é o alimento da sabedoria, é nossa refeição cotidiana para sabermos lidar com as situações e adversidades. Ao longo da vida, passamos por essas adversidades e percebemos que são apenas momentos passageiros. O jovem, no entanto é desprovido desta percepção e não vê que tudo é passageiro. Quando um jovem toma a decisão de retirar a própria vida revela que estava no seu limite de desespero e fora da razão. A juventude é um momento de transição onde o jovem está começando a viver a solidão, é um momento de descobertas e emancipação que pode ser muito complicado”.

O silêncio da emancipação

Fabiano alerta que na adolescência acontece a transição para a fase adulta e sua consequente emancipação, mas muitos jovens não estão preparados para isto: “A juventude é o momento da prova, onde a necessidade de ter que ser adulto resulta em um forte desespero que o leva a silenciar suas insatisfações. Essa emancipação, esse experimento da solidão, cria uma falsa ideia de poder, de imortalidade, fator que os levam a experimentar coisas que podem levá-los a morte, como drogas, bebidas, e se colocar em riscos de vida. A juventude é um momento de transição hormonal, sexual, social que mexem com o emocional”.

O pesquisador também atribui a pressão da vida adulta iminente como uma força que pode impulsionar os jovens a desistir da vida: “É angustiante para o jovem esta fase, em que muitas das mudanças são sofridas em silêncio. Essa adaptação natural que a juventude exige, vem acompanhado da vergonha e da necessidade de aceitação que a vida adulta impõe. As responsabilidades e a exigência da maturidade os deixam apreensivos e muitos não conseguem lidar com tudo isso”.

O Papel dos pais

Para o filósofo, em alguns momentos, os pais querendo ajudar os seus filhos podem acabar atrapalhando, quando sentem a necessidade de fazer por eles o que eles deveriam fazer sozinhos: “Muitos pais acabam tratando o filho como crianças e não conseguem dar autonomia para eles. Fazer tudo pelos filhos e tê-los debaixo das suas asas é um dos maiores erros que podem cometer, e assim acabam comprometendo a formação da identidade deles, isso faz com eles se sintam perdidos e que não consigam encontrar seu verdadeiro lugar no mundo. Eles sentem que sempre terão que ser uma extensão dos pais”.

Seguindo esta linha de raciocínio, Fabiano aponta que o medo dos pais de perder os filhos resulta em uma perda da identidade: “Numa sociedade de consumo, o filho passa a ser o consumo emocional dos pais. Ao contrário de um produto, um filho não pode ser trocado por outro, e muitos pais tentam moldar a personalidade do filho segundo a sua própria. Essa falta de aceitação da sua personalidade pode ser um grave motivo para a insatisfação com a própria vida na adolescência. Temos que ter a consciência que nosso filho será o resultado dos nossos erros e acertos”.

O jovem precisa pertencer a um contexto

Sendo a comunicação, ou a falta dela, um dos principais fatores que podem levar os jovens a tirar a própria vida, o filósofo aconselha que saber conduzir o diálogo dentro da própria casa é fundamental para desvendar os problemas do jovem, evitar surto emocional e que cometam o suicídio.

No entanto, além da atenção e do convívio, o filósofo aponta que o jovem precisa pertencer, sentir que faz parte e que sua vida tem valor, importância e um papel relevante: “Muitos pais que já passaram por essa dor inestimável de perder um filho que se suicidou. Tentaram de tudo, antes que o final trágico acontecesse, mas nada foi o suficiente. Para um jovem insatisfeito com a própria vida é preciso que tentemos despertar neles um sentido de pertencimento, uma paixão por algo ou coisa que os façam valorizar a vida, e que os levem a sonhar com um futuro próspero e promissor”.

Fabiano acredita que um jovem que não experimenta a autonomia, e não entende a sua posição no mundo: “ele se sente perdido e desconectado de tudo e perde o prazer de viver, principalmente se ele é tolhido ou forçado a frequentar uma escola que não gosta, ou fazer um curso para agradar os pais, ou a seguir uma profissão que não o agrada”.

O que fazer

O filósofo ressalta que conhecer as motivações e os interesses do próprio filho são fatores fundamentais para uma passagem tranquila pela fase da adolescência para se tornar um jovem adulto capaz de enfrentar os desafios da vida: “Mostrar possibilidades atrativas, promover a inclusão em grupos de interesses comuns, são jeitos de torna-lo sociável e de colocá-lo em grupos que ele se sinta acolhido e amado. E o principal, não tentar moldar a personalidade do jovem ao seu bel-prazer. Ou seja, não tentar fazer do filho um experimento para as suas realizações pessoais, pelo contrário, ajuda-lo a encontrar os seus verdadeiros dons, e mostrar como ele poderá ser útil para a sociedade e como a sua vida será importante para outras pessoas. Agindo assim, ele terá mais chances de se tornar emocionalmente forte para lidar com as adversidades da vida adulta e conseguir enfrentar os desafios do dia a dia”.

Recomendações para os pais

Fabiano de Abreu lista atitudes que podem ser tomadas pelos pais para ajudar os seus filhos em uma jornada de crescimento emocional e social saudável, a fim de evitar o suicídio e a depressão:

• Ouvir atentamente e ficar calmo.

• Entender os sentimentos dele (empatia).

• Dar mensagens não-verbais de aceitação e respeito.

• Expressar respeito pelas opiniões e valores dele.
• Conversar honestamente e com autenticidade.
• Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição.
• Focar nos sentimentos dele sem pressionar.
• Respeitar o seu espaço e suas ideias.

• Ficar chocado ou muito emocionado.

• Doar a ele tempo de qualidade, fazendo o que ele gosta, não o que você quer. Para isso é preciso conhecer o que ele gosta.

• Não trata-lo como se ele fosse inferior a você e não soubesse nada.
• Não fazer comentários invasivos e pouco claros.

• Não fazer perguntas indiscretas. Uma abordagem calma, aberta, de aceitação e de não-julgamento é fundamental para facilitar a comunicação.

Recomendações para os filhos

O filósofo também aconselha que os jovens não se cobrem demais e evitem ceder às pressões da sociedade: ”Afinal, a perfeição não existe, mesmo que muitos te cobrem isso. Tenha em mente que você não precisa ser perfeito, nem fazer o que os outros querem que você faça para ser aceito. Sempre existirá alguém que te aceitará como você é. Se esse alguém ainda não cruzou o seu caminho, pode ter certeza que ele existe, talvez você não esteja procurando no lugar certo. Por isso, busque ajuda profissional, tente se colocar em grupos de pessoas que se sintam como você”.

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OS OPOSTOS SE ATRAEM, MAS NÃO CONSTROEM RELAÇÕES DURADOURAS

É quase um clichê: “os opostos se atraem”, mas a verdade é que essa atração é momentânea, pois esse tipo de casal tende a não construir relações duradouras. É o que defende o filósofo Fabiano de Abreu, que explica que essas diferenças não dizem respeito a gêneros musicais, gastronomia ou esportes. “Ao contrário, esse tipo de diferença é até interessante para fortalecer a relação. O problema é quando há divergência de valores”.

De acordo com o filósofo, apesar de serem justamente as diferenças as responsáveis por fazer nascer atração — que faz com que ambos acreditem em uma paixão inabalável—, com o tempo, são as mesmas ideias opostas, os separam pois geram batalhas constantes com o parceiro que deveria ser porto-seguro. “Com a convivência, as diferenças se acentuam e pesam negativamente na balança do relacionamento”.

Isso porque, esse tipo de relacionamento se baseia em um jogo de renúncia, no qual um sempre terá que se anular com relação às vontades e desejos do outro e, assim, gerando o desgastes da relação. “Não é possível se anular o tempo inteiro e renunciar as coisas que se gosta para satisfazer os desejos alheios”, argumenta Fabiano.

De acordo como o filósofo, algumas diferenças não conseguem ser conciliadas com o tempo, se transformam em um abismo na relação. “Imagine, por exemplo, um casal o qual um tem o sonho de ter filhos e o outro não tolera criança. Um, terá que abdicar, pelo outro, um questão que em um cenário não-amoroso, não seria negociável. Alguém vai estar infeliz”.

O filósofo defende a teoria baseada nos princípios de empatia, valores familiares e hábitos. “É complicado entender situações e pessoas de mentalidades divergentes. E a empatia é necessária em um relacionamento. Hábitos opostos vão gerar com frequência, brigas por motivos simple.

“O descontentamento por conta dos objetivos alheios, que não condizem, e por muitas vezes, também se afastam dos do companheiros, influenciam no desamor. É a impossibilidade do sonhar junto. Além disso, após conhecer a pessoa o encantamento tende a sumir e dar lugar um vazio, pois os gostos e interesses de cada um são completamente diferentes”.

Dentre os que defendem relações do gênero, o argumento é que pessoas diferente se completam, mas para Fabiano de Abreu, essa é uma questão que não gera amor e sim, dependência. “Indivíduos que buscam uma pessoa se completar, na maioria dos casos, têm problemas de baixa autoestima e dificuldades para se relacionar. Esse não é o tipo de objetivo, que gera relacionamentos saudáveis”, argumenta Fabiano.

Encontrar alguém com gostos parecidos, pode ser o primeiro passo para um relacionamento duradouro. “ Afinidades com o parceiro geram maiores chances de gerar uma atração que pode se transformar em amor real. Mas o principal, é que ambos precisam trabalhar juntos para construir um relacionamento duradouro”.

A afinidade é algo que a maioria dos indivíduos procura. E isso pode ser confirmado inclusive em um estudo do pesquisador Michael Kosinski da Stanford Graduate School of Business. Na pesquisa, foram utilizados o típicos casais que se encaixam na hipótese de que os opostos se atraem.

O resultado foi que o americano constatou que o sucesso dessas relações é uma exceção. Intitulado de "Birds of a feather do flock together" — expressão idiomática que significa algo como 'farinha do mesmo saco'— o estudo indicou que ao invés de buscar características complementares, a maioria das pessoas procuram no parceiro, mais de si mesmo.


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