Vitamina C e a saúde humana

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Identificada primeiramente como “fator antiescorbuto”, a vitamina C inicialmente foi conhecida como a substância essencial na prevenção do escorbuto. No século XVIII, o médico da Marinha Britânica, James Lind, relatou que a ingestão de sucos cítricos tinha papel fundamental no combate e tratamento da doença, o que futuramente tornou obrigatório o fornecimento de cítricos aos marinheiros durante as viagens. Apenas no século XX a vitamina C foi descoberta e identificada nos alimentos, sendo sua estrutura nomeada como ácido ascórbico.

No organismo, a vitamina C age como antioxidante e como cofator da ação de uma série de enzimas. Uma de suas funções como cofator é auxiliar enzimas específicas da produção de colágeno, auxiliando nas fases de síntese e impedindo sua inativação. O colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano e serve de matriz para a formação de ossos e dentes. Ele pode ser encontrado em diversos tecidos do corpo, como tendões, ossos, cartilagens, pele, córnea e no interstício.

Ainda que a síntese de colágeno diminua naturalmente no corpo humano com o passar dos anos, alguns estudos indicam que a vitamina C estimula a sua produção no organismo independentemente da idade. A vitamina C também é o antioxidante mais abundante no organismo, atuando da redução do estresse oxidativo causado pela ação dos radicais livres.

As fontes de vitamina C são de origem vegetal, sendo as frutas as que contém os mais altos teores do nutriente. A concentração nesses alimentos pode ser influenciada por fatores como estação do ano, transporte, estágio de maturação, armazenamento e tipo de cocção. Produtos de origem animal contém pouca quantidade de vitamina C, enquanto grãos não a possuem.

A vitamina C também auxilia na absorção do ferro, pois o mantém na forma ferrosa (Fe2+), que é melhor absorvida do que a forma férrica (Fe3+), ajudando no combate de deficiências de ferro.

Alimento Porção Teor de ácido ascórbico (mg/porção de alimento)
Acerola 50 g 470
Caju 100 g 219,3
Suco de laranja fresco 250 ml 124
Brócolis cozido fresco 92 g 37
Repolho cozido 65 g 27
Tomate fresco 90 g 17
Suco de limão fresco 30,5 ml 14
Banana nanica 118 g 6,9
Cenoura crua 72 g 6,7

Apesar de ser uma vitamina popularmente suplementada, as necessidades diárias de vitamina C são facilmente alcançáveis através da alimentação. Algumas situações podem aumentar as necessidades de vitamina C, como fumo, uso de alguns medicamentos, gestação e lactação. As recomendações de ingestão diária para indivíduos adultos são de 60mg para mulheres e 90mg para homens. No caso de fumantes, recomenda-se aumentar as ingestões em mais 35mg.

A deficiência de vitamina C só começa a apresentar sinais após quatro a seis meses de baixa ingestão, menores que 10mg/dia, e seus primeiros sintomas são esquimoses e petéquias (sangramentos subcutâneos), podendo evoluir para anormalidades psicológicas como histeria e depressão e, mais tardiamente, fadiga e letargia.

A disponibilidade de vitamina C nas dietas normalmente é alta, porém, alguns levantamentos de dados indicam que muitos brasileiros têm consumido quantidades insuficientes dessa vitamina por conta do aumento do número de alimentos ultraprocessados. Assim, é importante reforçar a necessidade do consumo diário de vegetais, principalmente de frutas, para garantir que as necessidades diárias de vitamina C sejam atingidas.

Normalmente, as vitaminas não são sintetizadas pelos humanos em quantidade suficiente para desempenhar suas funções normais. A necessidade de ingerir alimentos com concentrações adequadas de vitamina C, faz com que os vegetais necessitem do suprimento adequado de nutrientes. Para solos pobres em nutrientes, pode haver o comprometimento na síntese desta importante vitamina, o que poderá ser solucionada pelo uso de fertilizantes, visando fornecer às plantas os nutrientes carentes nos solos.

• Daniel Magnoni, consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM

Nutrientes para a Vida

Todo ser vivo necessita de nutrientes. Eles são incorporados ao seu metabolismo para manter o ciclo vital. Portanto, as plantas também precisam de nutrientes e é justamente nos fertilizantes que eles se encontram.

É para garantir que as plantas recebam todos os elementos essenciais a seu bom desenvolvimento, habilitando-se assim, para a produção de culturas de fato saudáveis para a alimentação humana que a Iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) trabalha ininterruptamente. Sua missão é esclarecer a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos bem como sua utilização adequada.

A NPV é uma extensão nacional do projeto Nutrients For Life, que já colhe importantes frutos em outros países, como Estados Unidos, onde nasceu, Canadá, México e Colômbia. Destaca o papel essencial dos diversos tipos de fertilizantes na segurança alimentar e nutricional, além de seu efeito multiplicador na produtividade de culturas.