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Exagero nos exercícios físicos

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Exagero nos exercícios físicos pode causar a rabdomiólise em atletas. Síndrome grave é caracterizada pela ruptura e necrose do músculo esquelético estriado após excessos cometidos na atividade física.

A rabdomiólise externa é incomum, mas potencialmente fatal para os atletas. A doença requer reconhecimento imediato e gerenciamento adequado. Pode ter consequências graves de isquemia muscular, arritmia cardíaca e morte. O atleta terá dor, fraqueza e inchaço nos músculos afetados, bem como níveis elevados de creatinaquinase (CK). A hidratação é a base para qualquer atleta com esse problema. O gerenciamento também pode incluir diálise ou cirurgia.

As lesões por uso excessivo são comuns nos atletas e apresentam uma variedade de desafios. As considerações de análise médica e retorno envolvem variáveis, incluindo metas do atleta, equipe médica, família, treinador e administração. A rabdomiólise externa é caracterizada pela ruptura e necrose do músculo esquelético estriado após o exagero na atividade física.

A rabdomiólise está associada com: hiper e hipotermia; traço de células falciformes (e outras condições isquêmicas); esforço excessivo; infecção, distúrbios autoimunes e metabólicos; e uso de certas drogas, como os estimulantes (por exemplo, a fentermina) foram associados à rabdomiólise induzida pelo exercício

O problema já foi relatado em diferentes esportes, como futebol americano, natação, musculação e corrida. Os exercícios repetitivos, hipertermia e desidratação foram fatores que contribuíram. Uma série de casos envolvendo nadadores identificou maior atividade em atletas bem condicionados como causa de rabdomiólise externa. A mioglobina da urina estava presente em três de sete atletas analisados. Eles sofreram uma intensa rotina de fortalecimento e agachamentos na semana anterior, provocando a síndrome.

Nem todo nadador desenvolveu o quadro, sugerindo fatores adicionais exclusivos para os afetados. Um fisiculturista diagnosticado com rabdomiólise externa usou um suplemento, o monofosfato de creatina. O excesso de esforço pode ter causado o problema. Os atletas podem desenvolver um perfil hematológico consistente, mas não desenvolver a condição clínica. Um estudo com ultramaratonista demonstrou mioglobinúria em 25 dos 44 participantes (57%). Nenhum deles desenvolveu sintomas clínicos de rabdomiólise externa ou danos nos órgãos finais (insuficiência renal).

Diagnóstico

A rabdomiólise pode ser uma continuação extrema da dor muscular de início tardio. Os indivíduos afetados geralmente se queixam de dor desproporcional, fraqueza e inchaço nos músculos afetados após a atividade atlética. São necessários níveis elevados de CK cinco vezes o limite superior do normal com estes sintomas para o diagnóstico.

Esta elevação deve estar presente para o diagnóstico, mas deve ser feita em associação com a síndrome clínica de fraqueza muscular, inchaço, dor e, ocasionalmente, escurecimento da urina para diferenciar a rabdomiólise de outras causas. Níveis elevados de mioglobina levam ocasionalmente a urina escurecida (alto consumo de chás ou refrigerantes coloridos), com resultados sanguíneos positivos na análise de urina sem glóbulos vermelhos.

As consequências graves desta condição incluem coagulação intravascular disseminada, insuficiência renal aguda, hipercalemia e disritmias cardíacas. Níveis elevados de mioglobina no soro não necessariamente predispõem um atleta a insuficiência renal. Das mortes que ocorreram em atletas por essa condição, outros fatores, incluindo doenças recentes e isquemia cardíaca, também foram listados como possíveis causas. O reconhecimento imediato desses sintomas é primordial.

Tratamento

Em casos leves, a rabdomiólise pode não ser diagnosticada. Os atletas podem ser cuidados de forma ambulatorial com hidratação oral e descanso. Para um atleta com sintomas graves, a internação hospitalar é indicada para hidratação intravenosa com solução salina normal mantendo controle da saída de urina. Os níveis de CK devem ser monitorados diariamente. Se continuarem altos nas 48 a 72 horas passadas do momento da lesão, a consulta de um nefrologista ou médico do esporte deve ser considerada.

Retornar ao esporte

Os atletas com alto risco devem ser avaliados. Os testes podem incluir eletromiograma, testes genéticos, biópsia muscular, desafio de exercício e teste de contração de cafeína-halotano muscular. Em atletas de baixo risco, é provável que um retorno gradual seja aceitável se o atleta estiver sem febre, sem sintomas e bem hidratado. Se os níveis de CK são normais, a mioglobina não está mais presente no soro ou na urina (que fica clara), e lá não há dor muscular.

Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.


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