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Saiba quais os riscos da automedicação no tratamento de manchas

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Guilherme Zanette
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Para que não ocorra piora do quadro, o tratamento deve ser prescrito pelo dermatologista. Descubra quais são os riscos da automedicação quando o objetivo é o clareamento das manchas e quais os melhores tratamentos disponíveis nos consultórios hoje para estas alterações.

Seja no corpo ou na face, as manchas são causa de grande desconforto estético para muitas pessoas. Para se ter uma ideia, segundo a dermatologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 75% das mulheres brasileiras sofrem com o problema, principalmente devido aos altos níveis de radiação ultravioleta das cidades no Brasil. Justamente por isso, o problema é uma das queixas mais frequentes nos consultórios de dermatologia. “Manchas na pele são alterações na pigmentação, ou seja, na coloração da pele. Sendo assim, elas podem ser mais escuras, mais claras, avermelhadas ou até mesmo sem pigmento nenhum, o que chamamos de manchas acrômicas. E é dependendo destas características exclusivas que as manchas recebem seus diferentes nomes, com cada uma exigindo uma rotina de cuidados e tratamentos específicos”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por este motivo, o diagnóstico correto é fundamental para o sucesso do clareamento das manchas. Logo, é extremamente arriscado tentar clarear estas alterações sem consultar um dermatologista, pois pode ocorrer a piora do quadro. “Por exemplo, o uso de clareadores por tempo inadequado, o que é constantemente feito por quem se automedica, pode levar a despigmentação da pele de forma definitiva. Além disso, podem ocorrer queimaduras por ácidos e alergias sérias, piorando o problema”, afirma a Dra. Kédima. De acordo com a Dra. Paola, também há o risco de não se tratar de uma mancha e sim de um câncer de pele, que, sem o diagnóstico precoce, pode evoluir por meses, diminuindo as chances de cura.

Então se você deseja ver a melhora destas alterações, o mais importante é que você consulte um dermatologista antes de optar por qualquer tipo de intervenção, pois apenas ele pode diagnosticar corretamente o problema, além de possuir um arsenal para tratar os mais diferentes tipos de manchas, incluindo desde melanoses solares, melasmas e sardas até manchas de acne e pintas. “Para o controle do melasma, por exemplo, o dermatologista poderá usar peelings e microagulhamento, além de certos tipos de laser. Já as manchas causadas pelo sol podem ser clareadas através da aplicação de luz pulsada. Até mesmo manchas menos comuns como o nevo de Ota, caracterizado pela coloração azul ou acinzentada que surge próxima aos olhos, podem ser tratadas com o auxílio de um laser Q-Switched”, destaca a Dra. Paola Pomerantzeff.

Em alguns casos, essas tecnologias também podem ser associadas ao uso de cosméticos com ativos clareadores prescritos pelo dermatologista para potencializar o tratamento. “Hoje nós temos diversas substâncias capazes de alterar a melanogênese, ou seja, o processo de formação do pigmento que, em excesso, causa as manchas. Dentre os ativos mais usados contra as manchas estão ingredientes como arbutin, ácido tranexâmico, ácido kójico, nicotinamida, vitamina C e E, ácido ferúlico e a famosa hidroquinona. Estudos recentes também têm apontado a melatonina como um poderoso antioxidante capaz de ser extremamente benéfico no tratamento de manchas”, diz a Dra. Kédima.

Porém, cada uma dessas substâncias possuem um perfil específico com indicação e contraindicação bem definidas. “Pacientes com tendência a rosácea e melasma, por exemplo, não podem usar ácido retinóico, já que o ativo pode levar ao aumento de vasos na pele, o que piora o quadro da doença. Já um paciente com antecedente de vitiligo não deve utilizar hidroquinona, enquanto gestantes não podem fazer uso de praticamente nenhum ativo clareador. Daí a importância de a prescrição ser feita pelo dermatologista”, alerta a Dra. Paola Pomerantzeff.

Em alguns casos, segundo a dermatologista Dra. Kédima, alguns ingredientes orais, como Glycoxil e Bio-Arct podem ser usados para ação antiglicante (contra o amarelamento da pele causado pelo açúcar) e antioxidante.

Por fim, as dermatologistas ressaltam que o uso diário de fotoprotetor com FPS 30, no mínimo, é fundamental no tratamento e controle das manchas, visto que o sol é um dos principais causadores destas alterações.

FONTES:
DRA. KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br
DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. http://www.drapaola.me/


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