Perda de peso rápida reduz expectativa de vida em idosos com doenças graves
O emagrecimento e a redução de massa magra são sinais de diversas doenças. No caso da fibrose pulmonar idiopática, eles podem reduzir o tempo de sobrevida
O emagrecimento costuma ser motivo de comemoração para muitas pessoas, por questões estéticas e de saúde. De fato, a perda de peso pode ajudar a prevenir e controlar muitas doenças, como a hipertensão ou as crises de asma. Porém, emagrecer rapidamente e sem motivos aparentes, como o início de uma dieta ou a prática regular de exercícios, é um sinal de que algo está errado – e de que o corpo está consumindo mais energia do que é gerada pela alimentação.
As chamadas doenças catabólicas são caracterizadas pelo alto gasto de energia, consumindo as reservas do corpo e provocando o rápido emagrecimento. Cânceres, doenças infecciosas e condições crônicas provocam essa perda de peso repentina e devem ser tratadas de forma multidisciplinar, contando com avaliação das causas da perda de peso e o apoio de nutricionistas.
Isso pode ocorrer com os pacientes com fibrose pulmonar idiopática, doença crônica e progressiva que tem como principais sintomas a falta de ar e a tosse crônica. O Dr. José Roberto Megda Filho, Pneumologista da Residência de Clínica Médica do Hospital Universitário de Taubaté, explica que "a falta de ar provocada pela doença é o reflexo da menor troca de oxigênio nos pulmões. Com menos oxigênio no organismo, as células do corpo têm menos energia para funcionarem. Assim, a musculatura respiratória trabalhará mais, devido à perda de elasticidade dos pulmões, que estão endurecidos pelas cicatrizes e com troca gasosa diminuída, numa tentativa compensar a diminuição da oxigenação".
Todo esse processo faz com que o corpo gaste mais energia e, como efeito, ele precisará utilizar suas reservas energéticas. Para compensar as perdas, a solução encontrada pelo organismo é o consumo das reservas do fígado, no primeiro momento, e depois das gorduras e da reserva energética das proteínas musculares. Essa é uma das principais razões que levam o paciente a perder peso. O perigo está na perda excessiva de peso e desnutrição. Por isso, é fundamental que os pacientes com doenças que consomem muita energia tenham apoio de nutricionista como parte do grupo multidisciplinar de acompanhamento.
Um estudo recente aponta que o Índice de Massa Livre de Gordura é um importante indicador da sobrevida em pacientes com FPIi. O emagrecimento é uma das consequências da doença e gera fraqueza e cansaço nos pacientes, além de diminuir a sobrevida. Por outro lado, o mesmo estudo indica que maior capacidade de exercício e mais massa magra podem prolongar a vida do pacientei. Por isso, uma das recomendações dos pneumologistas é a reabilitação pulmonar. Para que todas essas questões sejam supervisionadas, outros profissionais também estão envolvidos no tratamento de pacientes da FPI. Fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e radiologistas são algumas das especialidades que se envolvem nesses casos.
De acordo com o Dr. Megda, o emagrecimento pode ser natural durante o envelhecimento. "Após os 50 anos de idade, pode haver a perda de 1% a 2% da massa muscular por ano. Algumas pessoas podem ter uma perda maior e anormal dessa massa, o que chamamos de sarcopenia. Entretanto, existem situações que essa perda acelera ainda mais, como a fibrose pulmonar idiopática". O especialista também aponta que, como a FPI atinge pessoas com idade avançada, o emagrecimento não é tão facilmente notado. A demora para procurar o especialista faz toda a diferença para o bem-estar dos pacientes com FPI, que costumam receber o diagnóstico correto 1 a 2 anos após o início dos sintomasii. Isso dado que, durante essa jornada, erros de diagnóstico são frequentes e ocorrem em cerca de metade dos casos da doençaii.
A fibrose pulmonar idiopática apresenta taxa de sobrevida pior do que muitos tipos de câncer, atingindo entre 14 e 43 pessoas a cada 100 mil no mundoiii. No Brasil, a estimativa é de que haja de 13 a 18 mil casosiv. "Como a doença é progressiva, o acompanhamento médico e o tratamento medicamentoso são fundamentais para esses pacientes. O primeiro medicamento para FPI disponibilizado no Brasil, em 2016, foi o nintedanibe. Ele representa uma esperança no convívio com a doença, porque reduz a progressão dela em 50%", indica o pneumologista.
A Boehringer Ingelheim
A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e possui cerca de 50.000 funcionários globalmente. Atua há mais de 130 anos para trazer soluções inovadoras em suas três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2017, obteve vendas líquidas de cerca de € 18,1 bilhões e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento corresponderam a 17% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões). No Brasil há mais de 60 anos, a Boehringer Ingelheim possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. A empresa recebeu, em 2018, pelo segundo ano consecutivo, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do mundo por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>