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Mal necessário? Petrobras e companhia deixam investidores a ver navios

Por Ernani Reis, analista da Capital Research

Em busca de uma leitura mais clara da recessão que está se instalando globalmente, temos acompanhado diariamente os indicadores econômicos e os sinais que eles têm nos dado até agora são preocupantes. No caso do Brasil, o problema começa com o aumento extraordinário do déficit primário do governo federal, que deve superar os R$ 350 bilhões este ano, justamente em um período que deve ocorrer queda de receita por conta da paralisação da economia e a redução dos royalties do petróleo. Em paralelo a isso, o aumento inevitável do desemprego e a taxa de juros real próxima de zero ou até mesmo no campo negativo completam o cenário que passa a sacrificar os credores (sem rendimentos) na intenção de salvar os devedores.

É importante destacar que ainda estamos falando de um cenário em evolução, com a esperança de um segundo semestre de recuperação, mas a conta do isolamento social nos primeiros meses do ano vai chegar e, antes que isso aconteça, várias empresas começam a preparar o caixa para o período mais difícil. Nesse sentido, as medidas de incentivo à economia adotadas pelo governo federal são boas e devem ajudar na recuperação, mas os seus efeitos não devem durar muito mais do que os próximos três meses. Por esse motivo, são várias as empresas listadas na bolsa de São Paulo que estão tomando medidas ainda mais severas. E o número não para de crescer.

O destaque do momento é a Petrobras (PETR4). A petroleira brasileira comunicou que, como forma de combater a "forte contração da demanda global de petróleo e combustível", além da "queda abrupta do preço do petróleo" e o "excedente de oferta no mercado" por conta da disputa entre Rússia e Arábia Saudita, está reduzindo a sua produção em 200 mil barris por dia. A medida se soma a uma série de outras que vão desde o adiamento do pagamento de até 30% da remuneração mensal de presidente, diretores e gerentes, até a redução de 50% no número de empregados em sobreaviso parcial nos próximos três meses.

Mas do ponto de vista do investidor, o que mais chama a atenção é o pedido de adiamento do pagamento de R$ 1,7 bilhão em dividendos para dezembro deste ano, decisão que ainda depende da aprovação da assembleia geral prevista para o dia 27 de abril. Independentemente disso, a prática não é exclusividade da Petrobras e já se repetiu em setores como construção, indústria automotiva, aviação, varejo e serviços.

Segundo o que diz a lei, as companhias de capital aberto devem reservar pelo menos 25% do lucro líquido ajustado para o pagamento de dividendos, mas este pode ser destinado para reinvestimento na companhia ou para a formação de caixa, além da prática habitual de distribuição entre os acionistas da companhia. Dessa forma, a interrupção do pagamento de dividendos pode pegar de surpresa o investidor iniciante, mas além de prevista em lei, é uma medida necessária neste momento de grandes incertezas.

Até o momento, entre as empresas que já se posicionaram para seguir o mesmo caminho estão: Lojas Renner (LREN3), BR Distribuidora (BRDT3), Fleury (FLRY3) e Valid (VLID3); mas muitos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) direcionados a shopping centers também já anunciaram a medida.

Com o mesmo objetivo de gerar caixa para enfrentar um período mais longo de baixa demanda e maior inadimplência, o pedido de recompra de ações também se torna medida comum em tempos de crise e já está previsto por BRF (BRFS3), Gafisa (GFSA3), Eztec (EZTC3), Even (EVEN3), entre outras.

Neste caso, apesar de afetar a receita periódica do investidor, a decisão é ainda melhor do que o não pagamento dos dividendos por prejuízo da companhia. Isso porque, no momento de retomada do mercado, o investidor poderá ser recompensado com a valorização dos preços das ações. O que não deixa de ser uma tentativa de olhar o copo meio cheio.

Sobre a Capital Research

A casa de análises Capital Research pertence ao grupo Red Ventures, que conta com um portfólio de empresas digitais nas indústrias de educação, saúde, home service e serviços financeiros. A startup tem como missão entregar conteúdo relevante aos seus usuários, como é o caso da Carteira Capital, que faz recomendações para investidores de perfil conservador, moderado e agressivo. Por meio de uma plataforma intuitiva e simples, o usuário pode contar com conteúdo de qualidade como newsletters, relatórios, cursos online e as próprias carteiras específicas de produtos de investimentos como a "Carteira de Ações", a "Carteira de Renda Fixa" e a "Carteira de Fundos Imobiliários".


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