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“Empoderamento”, não. Capacitação!

Profissionalizar mulheres é o caminho apontado por Bruna Drummond, pecuarista e empresária rural à frente do grupo Mulheres de Raça do Agro, para que atinjam ascensão na carreira e nos negócios

O século XXI trouxe muitas surpresas e quebras de paradigmas, talvez o maior exemplo tenha sido o fortalecimento da mulher no mundo dos negócios. No agro não foi diferente.

Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, em parceria com a Embrapa, com base nos dados do censo de 2017, elas já ocupam a cadeira de comando em 20% das propriedades rurais no Brasil. Metade delas dedicadas à pecuária.

Ou seja, todos os anos mais e mais mulheres tomam as rédeas do negócio da família ou estão em vias de assumir, principalmente devido ao intenso processo de sucessão registrado no setor.

Nessa empreitada, os desafios são inúmeros, principalmente o fato de terem de enfrentar três jornadas de trabalho: a casa, a família e a fazenda (ou empresa). Não bastasse, também necessitam constantemente provar seu valor. A solução para lidar com isso tudo é estudar, capacitar, entender o negócio e o mercado.

Assim, avalia Bruna Drummond de Azeredo Coutinho Danella, hoje diretora de Relacionamento da Agrocria Nutrição Animal, uma das 12 maiores empresas de suplementos para ruminantes do País, e líder do grupo Mulheres de Raça do Agro, composto por mais de 500 produtoras rurais e profissionais do setor.

“A questão não é o empoderamento, acho essa uma palavra muito feia. Não criei o grupo para ser uma bandeira de feminismo. O que diferencia a gente em qualquer área de atuação é conteúdo. A minha ideia é levar conhecimento, tanto técnico como pessoal e de liderança para as mulheres do campo enfrentarem o mercado”, define a empresária.

Isso tem sido feito de várias formas. O grupo se reunia esporadicamente em encontros presenciais, antes da pandemia do novo Coronavírus, que já foram realizados na capital goiana e nas cidades de Cuiabá e Barra do Garças, importantes praças pecuárias do estado do Mato Grosso, além de São Paulo.

Também foi a partir deste trabalho que Bruna consolidou parceria com o Sebrae de Goiás para a realização de três projetos. O mais recente deles foi o encontro “Delas - Mulher de Negócios”, em Aruanã (GO), região do Vale do Araguaia, cidade por qual é apaixonada.

O evento celebrou o “Dia do microempreendedor”, comemorado em 5 de outubro, capacitando 50 empreendedoras aruanenses quanto às necessidades intrínsecas de qualquer negócio e os pilares de sustentabilidade.

“Esse encontro me deixou muito feliz porque sempre tentei retribuir à cidade que me deu tanto”, relata. Três anos de parceria com o Sebrae renderam a ela os títulos de “Mulher de Negócios” e “Mulher Inspiradora”, honrarias concedidas pela Câmara Municipal de Goiânia. Ainda conduziu projetos em parceria com a XP Investimentos e Banco BTG Pactual, para educação financeira.

Mas, não só no Brasil ela representa a mulher do campo, no último ano, Bruna recebeu convite para participar da Live África, onde serviu de inspiração para mulheres angolanas, e representou as brasileiras no Keep Growing Live, encontro anual da multinacional CORTEVA, nos Estados Unidos. Convite que chegou um pouco depois de comandar a ALMA (Academia de Liderança das Mulheres do Agro).

Origem do Grupo Mulheres de Raça do Agro

O grupo hoje formado por mais de 500 mulheres tem uma história interessante. Inicialmente, a marca foi criada em 2003 para realização de uma sequência de leilões durante três anos consecutivos.

As edições do remate foram batizadas de “Leilão Mulheres de Raça” e tinham por trás 40 criadoras de Nelore PO capitaneadas pela produtora Teia Fava Marques, que, à época, fizeram parte do seleto grupo de leilões a superarem o faturamento de R$ 1.000.000,00.

Teia tornou-se amiga da família e propôs à Bruna reativar a marca, que passou a se chamar Mulheres de Raça do Agro, projeto lançado em 2018, durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agro, onde ela teve intensa participação.

Sucessão, liderança, responsabilidade social e gestão são alguns dos temas trabalhados e toda a comunicação é feita via Telegram.

“O legado que eu quero deixar é ajudar as mulheres do agro conquistarem melhor qualidade de vida, melhor bem-estar pra elas e seus colaboradores e orientá-las para uma governança bem implantada dentro de suas empresas, o que envolve responsabilidade econômica, social e ambiental”, explica a diretora de Relacionamento da Agrocria e fundadora do grupo.

A fagulha para tudo isso foi acesa também em 2018, quando ela pediu a palavra em um dos eventos da Sociedade Rural Brasileira para falar sobre algumas ações conduzidas na fazenda da família, em Ipameri (GO), entendendo, então, seu papel junto às demais mulheres atuantes na agricultura e pecuária.

“Eu nasci nos balcões da Agrocria, uma empresa industrial especializada em nutrição animal e passo por todo esse processo de sucessão num mercado, tradicionalmente, machista. Vivi e ainda vivo muito preconceito por ser mãe e mulher. Eu não tenho medo, tudo isso só me serve de inspiração para mostrar que eu posso mais todos dias”, conclui.


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