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Participação feminina no agronegócio cresce com ajuda de coletivos e novos programas de sucessão familiar

Mentora do movimento Todos a Uma Só Voz, Mariselma Sabbag, analisa cenários de grandes transformações no campo

Os números do agronegócio nem sempre revelam as histórias de quem faz o setor responder por mais de 23% do PIB brasileiro. A intensa transformação pela qual as propriedades rurais passaram nos últimos anos aumentou a complexidade dos negócios e colocou o agro em uma rota inevitável de profissionalização. Já existem dados que apontam para uma mudança de paradigma no comando destas empresas, o que representa uma guinada na forma de se fazer negócios agrícolas e pecuários no Brasil. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, as mulheres respondem por 34% dos cargos de lideranças em fazendas, um patamar inédito que não deve desacelerar nas próximas safras. Em paralelo, a digitalização dos negócios, a pauta sustentável e a maior conexão com o consumidor ajudam a criar um novo mosaico do campo.

A produtora de café e mentora do movimento Todos a Uma Só Voz, Mariselma Sabbag, identifica os últimos dez anos como os mais intensos das mudanças recentes. “Quando penso na minha mãe, por exemplo, sei que tinha um papel fundamental nos negócios, mas ela não era vista como uma protagonista. Devemos comemorar a mudança de cenário porque é uma evolução. Hoje uma mulher pode comandar um negócio do agro sem muitas das barreiras que ela teria dez ou vinte anos atrás”, comenta.

A presença feminina no campo está cada vez mais forte, particularmente em postos de gestão e em determinadas atividades produtivas, e foi reforçada pela 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, divulgada no fim de maio, desse ano. Segundo os dados, a força feminina representa, hoje, 26% dos cargos de decisão e comando das propriedades rurais. Para 94% dos produtores consultados, a mulher é vital ou muito importante no negócio rural.

A força do coletivo

Mariselma precisou de um tempo para entender que o campo seria uma terra fértil para empreender. Formada em Tecnologia da Informação, ela começou a se encantar com a possibilidade que a cafeicultura trazia há cerca de dez anos, quando fez um curso de classificação do café. Neste treinamento, ela descobriu que existia uma Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA) ao mesmo tempo em que aprendeu sobre diferentes mercados nos quais um produto de alta qualidade poderia se destacar. “Coletivos de mulheres, como este do café, têm muito a oferecer para as novas gerações de empreendedoras. O setor abriu de vez as portas e os programas de educação começaram a acolher e preparar essas novas mulheres do agro”, explica Mariselma, que também é líder do Comitê de Agronegócio do Grupo Mulheres do Brasil.

A participação em eventos e seminários, direcionados às mulheres do agronegócio, também é uma forma que elas encontraram para fortalecer a presença feminina no campo e promover a troca de experiências. Entre esses encontros destaca-se o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio –CNMA, que há seis anos proporciona um espaço de debate e união para produtoras de todo o país.

O evento, que tem como missão evidenciar a força da mulher do agronegócio, desde o ano passado passou a ser realizado de forma on-line, em virtude da pandemia. Em 2020, o CNMA contou com a participação de cerca de 2.300 pessoas, que acompanharam uma série de ações que destacou a contribuição das mulheres como aceleradoras das inovações que conduzem o agronegócio no Brasil e no mundo. Neste ano, a 6ª edição terá como tema “Digital & Agregação de Valor. A nova liderança no Agro”, que será promovida nos dias 25, 26 e 27 de outubro, em formato Digital Experience.

Lideranças femininas

Outro caminho para equilibrar a participação entre mulheres e homens nas empresas do agro é a educação formal de sucessoras. Muitas filhas de produtores não têm a visão completa do negócio por motivos culturais e acabam por escolher uma profissão desconectada com o campo. “Por sorte, este cenário também está mudando porque podemos conversar mais sobre sucessão familiar, além dos novos cursos que alinham o agro com a cidade. Isto é ótimo, porque abre portas a uma nova geração engajada, conectada e que troca expertise com os mais velhos, uma novidade muito enriquecedora”, complementa Mariselma. Ela lembra, ainda, que, no movimento Todos a Uma Só Voz, a pauta educacional está entre as prioridades das discussões levantadas, especialmente porque cresceu o interesse pelo agronegócio demonstrado em outros ramos do conhecimento, como Tecnologia, Administração e Comunicação. “Ainda existe muita estrada para se percorrer até atingirmos o equilíbrio entre homens e mulheres no campo, mas já podemos comemorar estas primeiras conquistas”, finaliza.

Sobre o Todos a Uma Só Voz
Lançado oficialmente em fevereiro de 2021, o movimento Todos a Uma Só Voz surgiu para conectar o agronegócio e o consumidor final. Ele reúne as principais lideranças do setor e tem uma atuação diversificada que trazem maior empatia por quem atua no campo.

O Movimento conta com o apoio da ABAG, ABCC, ABIA, ABIARROZ, ABIEC, ABISOLO, ABITRIGO, ABMRA, ABPA, ABRALEITE, AGROLIGADAS, AGROLINE, AIPC, AMA BRASIL, ANDAV, ASBRAM, CECAFÉ, CICARNE, CLIMATEMPO, CNMA, FENEP, IBÁ, LIGA DO AGRO, INDAN e SNA, além de diversos veículos de comunicação e o patrocínio da CropLife.


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