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Pandemia: economista fala sobre os impactos no agronegócio

Professor da IBE Conveniada FGV repercute números e fala sobre o efeito substituição

Em 2018, o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio no Brasil teve alta de 1,87%, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Até abril do ano passado, só o setor representava 21,1% do PIB brasileiro, sendo o responsável por metade das exportações do país, o que demonstra grande poder sobre o saldo positivo na balança comercial brasileira.

Com a chegada da Covid-19, o ramo foi profundamente impactado. A pandemia, infelizmente, derrubou a confiança do agronegócio. Desde o início da doença, as projeções passaram de um crescimento moderado para uma grave recessão.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em nível mundial, a pandemia da COVID-19 está afetando os sistemas alimentares globais, interrompendo as cadeias regionais de valor agrícola e colocando em riscos à segurança alimentar das famílias.

“O aumento do desemprego e a queda generalizada na confiança do consumidor são elementos que fazem parte do cenário de grave recessão global ocasionada pela pandemia. Por isso, evidentemente houve impactos negativos sobre toda a cadeia produtiva e exportadora do setor agro brasileiro”, explica o professor da IBE Conveniada FGV, Anderson Pellegrino, que é economista e doutorando em desenvolvimento econômico.

Uma pesquisa divulgada pela pelo Centro de Estudos em Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Agro), revelou que a produção da agroindústria brasileira desabou no mês de abril, registrando uma retração de 16,5%, se comparada ao mês de março. Com retração de 5,7% em março, a agroindústria já soma queda de 5,4% no acumulado dos primeiros quatro meses do ano. Em 12 meses, a baixa é menor, de 0,8%. No geral, o PIMAgro recuou 5,1% em abril.

“A partir de março observamos a presença mais intensa da pandemia no Brasil e o início das práticas de quarentena e isolamento social, impactando a oferta (impondo limitações à produção, às cadeias de suprimentos, aos serviços de alimentação, ao próprio fluxo de mão-de-obra, entre outros) e a demanda (provocando retração na renda do consumidor e mudança nos seus hábitos de consumo). Além disso, a pandemia afetou também o comércio internacional ao impor limitações nos serviços de transportes e de logística no âmbito internacional e ao provocar a redução do consumo de alguns itens em escala global”, comenta o professor.

Ainda segundo a pesquisa da FGV, o segmento de Alimentos de Origem Animal, o único destaque positivo foi o aumento da produção de carnes de aves e suína (2,4%). Os demais setores dentro de Alimentos de Origem Animal registraram contração, sendo que merecem destaque a produção de laticínios (-10,7%) e a de produção de carne bovina (-9,9%). Segundo o IBGE, a retração no abate de bovinos no primeiro trimestre foi de 8,5% em relação ao mesmo período de 2019.

“Quando falamos no aumento do consumo de carne suína e de aves é válido lembrar que, por conta da instabilidade do mercado e da recessão, as pessoas buscam itens mais baratos no momento das compras, gerando uma espécie de efeito substituição”, ressalta o especialista.

Sobre o efeito substituição, durante a pandemia, foi possível notar uma queda da produção de laticínios, que são alimentos mais perecíveis e de maior valor agregado, ao mesmo tempo em que a produção de arroz, alimento básico, não perecível e de baixo valor agregado, que registrou forte expansão. “Outro ponto importante é o aumento da busca por produtos que permitem maior tempo de armazenamento, face ao isolamento social. Por isso é sempre importante que os setores produtivos estejam atentos a essas mudanças no comportamento do consumidor”, finaliza.


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