Open Data Maturity Report 2020:Estudo da UE mostra os Estados-Membros colaborando e alcançando novos patamares em dados abertos

Paris, 18 de janeiro de 2021 - A Capgemini Invent publicou seu sexto relatório anual medindo o nível de maturidade de dados abertos em toda a Europa. O “Open Data Maturity Report 2020” regista o progresso alcançado pelos países europeus à medida que avançam na publicação e reutilização de dados abertos, e as diferentes prioridades que definiram para o que é permitido. O relatório foi solicitado pela Comissão Europeia no contexto do Portal Europeu de Dados e coordenado pela Capgemini Invent.

O relatório sobre 2020 identificou três tendências notáveis:

-Desempenho máximo: a pandemia COVID-19 enfatizou a necessidade genuína de dados;

-A Europa está bem encaminhada para atingir os objetivos definidos em relação aos dados abertos e disponibilizá-los para que os cidadãos os possam reutilizar. Neste ano, os países europeus mostram um grande aumento nos níveis de maturidade. A pontuação média de maturidade de dados abertos dos países da UE27 é de 76%, um aumento de 10 pontos percentuais em comparação com 2019. As pontuações aumentaram em todas as dimensões em comparação com o ano passado. A concentração de países na extremidade superior do espectro de resultados também é clara;

-2020 também trouxe uma ênfase renovada na importância de coletar e disponibilizar dados sistematicamente ao público devido à pandemia de COVID-19. A necessidade de responder à emergência levou muitos países a começar a publicar dados relacionados e a desenvolver iniciativas e painéis para tornar os dados mais compreensíveis e perspicazes.

Da quantidade à qualidade: garantindo a interoperabilidade

À medida que as propostas de dados abertos dos países europeus amadurecem, seu foco mudou da quantidade de dados disponibilizados para garantir sua qualidade também. Além disso, a qualidade não é vista isoladamente, mas como um facilitador para a interoperabilidade: a capacidade de colaborar dentro dos países e através das fronteiras, tornando mais fácil para os sistemas de computador a troca de dados. O foco intensificado permite que os reutilizadores extraiam o valor dos dados e criem novos produtos e serviços e percebam seus benefícios.

Da publicação à possibilidade de reutilização: aproveitando o impacto criado

Gerar um impacto positivo na sociedade e na economia através da publicação de dados abertos sempre foi o objetivo final do amplo esforço plurianual em toda a Europa. Medir o impacto é uma tarefa complexa e ainda não há um entendimento compartilhado de como fazer isso da melhor forma. Muitos países europeus estão realizando atividades com sucesso para compreender e capturar até que ponto os dados abertos são reutilizados e como o valor é criado, envolvendo-se com comunidades de reutilizadores. A Comissão Europeia tenciona partir disso, desenvolvendo um quadro de impacto partilhado ao longo dos próximos anos.

O diagrama abaixo mostra como a avaliação pontuou a maturidade de dados abertos dos países, identificando quatro categorias indicativas, desde os melhores desempenhos: “Trend Setter" (em tradução livre, "Criadores de tendências”) até os "Beginners" (“Iniciantes”).

“O claro pico no desempenho da maturidade de dados abertos destaca os esforços dos países europeus em direção a abordagens mais centradas no cidadão em suas práticas de dados abertos", disse Laura van Knippenberg, consultora da Capgemini Invent, e pesquisadora-chefe e autora do relatório. “Ao envolver-se com comunidades de reutilizadores de dados abertos, a Europa desenvolverá uma melhor compreensão do impacto significativo que pode ser alcançado”.

“Depois de muitos anos dedicados ao desenvolvimento de dados abertos na Europa, é com grande satisfação que observamos os Estados Membros alcançando tais patamares, também com respostas oportunas à emergência do COVID-19”. disse Gianfranco Cecconi, Diretor da Capgemini Invent e líder do projeto. “No entanto, ainda há muito o que fazer. O sucesso dos países com melhor desempenho apenas motiva todos a fazer mais e melhor”.

Notas finais:

Os países abrangidos por esta avaliação incluem os Estados-Membros da UE27, bem como os países da EFTA: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Pela primeira vez este ano, o processo abriu a participação aos países da “Parceria Oriental” (EaP: Azerbaijão, Geórgia, Moldávia e Ucrânia), bem como ao Reino Unido (RU) após a planejada saída do país da União Européia.

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