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Geekie debate práticas ativas e intencionalidade pedagógica nas aulas presenciais e remotas

Para capacitar educadores, coordenadores e gestores a atuar na chamada Nova Era da Educação - que demanda abordagens mais ativas, personalizadas, visíveis e conectadas -, a Geekie criou uma série de palestras e formações gratuitas. O Circuito Geekie conta com sete encontros quinzenais, on-line, sempre às quintas-feiras, às 15 horas. O primeiro tema escolhido foi "Práticas ativas e intencionalidade pedagógica nas aulas presenciais e remotas", ministrado por Glaucileide Oliveira, designer pedagógica da empresa.

“A aprendizagem ativa está relacionada à aquisição de novos saberes que possibilitam a quem aprende construir ideias, oportunidades, relações éticas e ações que o transformam e lhe permitem modificar a sociedade em que vive. É aquela aprendizagem que provoca a reflexão e estimula o processo cognitivo. Ela envolve troca de informações, compartilhamento de ideias e a valorização das opiniões e dos conhecimentos prévios dos alunos”, defende Glaucileide Oliveira, designer pedagógica da Geekie, a primeira palestrante do Circuito Geekie, evento gratuito destinado a capacitar educadores, coordenadores e gestores a atuar na chamada Nova Era da Educação. Com o tema Práticas ativas e intencionalidade pedagógica, a primeira palestra contou com uma audiência atenta e ávida por assimilar conceitos e práticas que dialogam com as demandas educacionais do século XXI.

Segundo Glaucileide, outra característica importante da aprendizagem ativa é a necessidade de que, pelo menos, alguns pontos da jornada de conhecimento dos alunos sejam tangíveis ao docente para que, de alguma forma, esse profissional possa planejar ações futuras com base nesses conhecimentos adquiridos. “Mas, essas evidências de aprendizagem não precisam, necessariamente, de registro físico ou digital. Essa visibilidade pode acontecer no diálogo, na troca com os colegas e em momentos em que o professor pede para os estudantes falarem sobre o que aprenderam ou justificarem uma ideia”, aponta.

Metodologias, pensamentos e práticas

No contexto da aprendizagem ativa, as metodologias ativas, rotinas de pensamento e práticas ativas – de acordo com a especialista – diferem entre si em relação a três características: preparação prévia que o docente precisa ter em relação ao espaço físico e à utilização de materiais, por exemplo; o tempo em que essa metodologia, rotina ou prática vai acontecer; e o grau de autonomia dos estudantes. Metodologias, rotinas de pensamento e práticas ativas vão, nesta ordem, de um modelo mais estruturado – complexo e que demanda mais independência dos alunos – para um menos estruturado e que exige menos autonomia dos estudantes.

De acordo com a análise de Glaucileide, o trabalho com metodologias ativas necessita de uma preparação prévia por parte do professor, pois possui uma determinada estrutura a ser seguida – como a organização da turma em grupos e a divisão de atividades. “Também demanda mais tempo para a realização e requer maior autonomia dos alunos. Posso citar como exemplos a rotação por estações (em que a turma é dividida em grupos, cada um com uma tarefa diferente, e rotacionam pelas atividades) e a sala de aula invertida (estudantes acessam os conteúdos em casa e vêm para a aula para debatê-los)”, pontua, acrescentando que, no outro extremo, as práticas ativas são ações menos estruturadas, que demandam menos tempo e exigem menos autonomia dos alunos. “Entretanto, ainda assim, são formas de levar o estudante à reflexão. Um exemplo é quando o professor propõe discussões e faz questionamentos à turma. É quando perguntamos para o estudante por que ele fez determinada colocação ou se entendeu uma explicação”, exemplifica Glaucileide.

Rotinas de pensamento: uma forma de estruturar o raciocínio

As rotinas de pensamento – temática também debatida na palestra – ficam no meio termo. Elas têm menos passos do que as metodologias ativas, mas são fundamentais para ajudar o estudante a estruturar o pensamento. Um exemplo é a técnica “Ver-Pensar-Perguntar”, que envolve observar uma imagem ou situação (ver), interpretar o que se vê (pensar) e fazer indagações (perguntar). Glaucileide salienta que as rotinas de pensamento são resultado do Project Zero – projeto com mais de 50 anos desenvolvido pela Universidade Harvard. “Elas se caracterizam por sequências simples de pensamento, como o ‘Ver-Pensar-Perguntar’, e têm uma intencionalidade pedagógica muito clara. Quando aplicadas e praticadas com frequência em situações apropriadas, elas estimulam padrões de pensamento que se expandem para outros contextos”, detalha.

A especialista aponta que se usarmos essas rotinas em determinada disciplina, aquele padrão de pensamento acaba sendo internalizado pelo aluno; vai acontecendo de forma natural em outras disciplinas e até mesmo fora da sala de aula. Por exemplo, quando os estudantes leem uma notícia no jornal ou uma mensagem no WhatsApp, vão se perguntar se aquilo faz sentido. “Por isso, é uma ótima forma de criar nos estudantes estruturas de pensamento úteis para diversas situações”, defende, esclarecendo que as rotinas de pensamento são formas de pensar que podem ser aplicadas em todos os segmentos, da educação infantil ao ensino superior, com as devidas adequações, e nas diferentes áreas do conhecimento, tanto no ensino presencial quanto no remoto.

Como exemplos de rotinas de pensamento – que permitem levantar conhecimentos prévios dos estudantes, aprofundar a aprendizagem e trazer evidências de que ela de fato aconteceu –, a especialista citou duas atividades: “Conversa de papel” e “3-2-1 Ponte”. Na primeira, que pode ser realizada tanto no formato remoto como no presencial, o professor lança uma provocação, pergunta ou palavra-chave para a classe sobre um determinado tema. Os alunos, divididos em três grupos, vão escrever as ideias que tiveram e o que pensaram sobre o assunto. As respostas de cada grupo vão sendo passadas para os demais, de modo que todos interajam com as três frentes, seja complementando as ideias, concordando, discordando ou levantando novos questionamentos. Ao final, o professor expõe os três grupos de respostas, com as conexões que foram feitas. A exploração da temática pelo professor pode partir dessas interações e das dúvidas que os alunos trouxeram.

“Além de possibilitar levantar ideias, construir hipóteses, incentivar o questionamento e considerar outras perspectivas, a ‘Conversa de papel’ considera também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como a colaboração, a participação, a escuta empática e empatia de forma geral”, ressaltou a especialista. No 3-2-1 Ponte, a partir de um determinado tema ou uma determinada pergunta, os alunos devem escrever o que sabem sobre o assunto em três palavras, duas perguntas e uma metáfora (comparação). Após os estudantes fazerem os registros, o professor disponibiliza materiais para consulta, reflexão e aprofundamento do tema. Com isso, eles escrevem novamente as três palavras, duas perguntas e uma metáfora. O objetivo é comparar as respostas e levar os estudantes a refletirem sobre o que mudou em relação às suas percepções e o porquê.

A rotina de pensamento na prática

Glaucileide contou que, em um determinado projeto, trabalhou com uma turma a frase “escreva tudo o que você sabe sobre vida humana fora da Terra e vida extraterrestre”. Após os alunos fazerem seus registros, ela exibiu um vídeo sobre o tema, propôs a leitura de um artigo e discutiu os dois com a turma. Os alunos fizeram, então, a reescrita.

“A ponte acontece quando os estudantes começam a refletir sobre as respostas e analisar se as perguntas que fizeram mudaram a partir dos novos conhecimentos e se aprenderam algo de novo e de interessante. Essa troca entre eles é maravilhosa e interessantíssima. Na atividade que fiz, pude ver a evolução do pensamento deles e delas em apenas uma aula, como aprofundaram o conhecimento, passaram a ter um domínio maior sobre aquele conteúdo e trouxeram reflexões mais ricas e de forma muito mais clara e visível”, detalha. Segundo a especialista, no contexto atual das aulas remotas, essas rotinas de pensamento têm sido um bom trunfo. “Às vezes, é angustiante e desafiador estar com os alunos com as câmeras fechadas e sem abrir o microfone. Nesses momentos, as rotinas de pensamento têm sido a salvação das aulas a distância”, finaliza.

CIRCUITO GEEKIE

Gratuito e on-line, o Circuito Geekie conta com mais de 30 horas de formações pedagógicas práticas e palestras para escolas voltadas à educação básica. Com a iniciativa, a Geekie espera auxiliar a comunidade escolar brasileira a se aprimorar e a requalificar os conhecimentos e as experiências de aprendizagem. A próxima formação – Dados e evidências para potencializar o desempenho acadêmico de estudantes – acontece em 22 de abril e será ministrada por Camila Karino, diretora pedagógica da Geekie. Inscrições gratuitas pelo site: http://os.geeki.es/Circuito_Geekie.

| PROGRAMAÇÃO COMPLETA

22 de abril | Formação Geekie

Dados e evidências para potencializar o desempenho acadêmico de estudantes, ministrada por Camila Karino, diretora pedagógica da Geekie.

6 de maio | Palestra

Neurociência e inteligências múltiplas para não deixar nenhum estudante para trás, ministrada por Carla Tieppo, doutora em Neurofarmacologia, docente e pesquisadora.

20 de maio | Formação

Aprendizagem baseada em projetos: benefícios, planejamento e avaliação, ministrada por Carol Brant, líder pedagógica da Geekie.

3 de junho | Palestra

Ensino Híbrido em 2020 e 2021: quais oportunidades a pandemia trouxe para as escolas?, ministrada por José Moran, doutor em Comunicação e designer de ecossistemas inovadores na educação.

17 de junho | Formação

Personalização e Ensino Híbrido: como é possível impulsionar a aprendizagem sem custos adicionais para a escola, ministrada por Christie Sototuka, designer pedagógica da Geekie.

SOBRE A GEEKIE | Referência em educação com apoio de inovação no Brasil e no mundo, a Geekie foi fundada em 2011 – pelos empreendedores Claudio Sassaki e Eduardo Bontempo – com a missão de transformar a educação do país. Em uma década, a empresa tem desenvolvido soluções inovadoras que potencializam a aprendizagem. Com foco no Ensino Básico, a edtech alia tecnologia de ponta a metodologias pedagógicas inovadoras. Única plataforma brasileira de ensino adaptativo credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) para o Guia de Tecnologias Educacionais – que identifica soluções tecnológicas capazes de melhorar a qualidade do ensino brasileiro –, em sua trajetória a Geekie alcançou mais de 5 mil escolas públicas e privadas de todo o país, impactando cerca de 12 milhões de estudantes.

Entre as certificações mais relevantes, a empresa destaca: WISE 2016 (Qatar Foundation), TOP Educação (Revista Educação, categoria software educacional mais lembrado do mercado), Empreendedor Social Brasil (Folha de S. Paulo e Fundação Schwab), Empreendedor Social Mundial (Fundação Schwab), Trip Transformadores e Empresas Mais Conscientes (Revista IstoÉ). A Geekie já contou com aporte de investidores de tradição na área educacional como família Gradin (por meio do fundo Virtuose), Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann (por meio do Fundo Gera), Arco Educação, além dos fundos, o norte-americano Omidyar Network e o japonês Mitsui & Co.


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