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Como lidar com o medo da volta às aulas

Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva, comenta os medos e preocupações relacionadas a este período de retomada gradual das atividades

Uma pesquisa recente*, realizada em agosto, revelou que 70% dos pais entrevistados não querem que os filhos voltem às aulas neste ano. Contudo, alguns estados já devem voltar com algumas horas presenciais para os Ensinos Fundamental, Médio e Superior, nas redes pública e privada, em outubro.

As escolas devem funcionar com 20% da capacidade por turno e exigência de presença somente por duas horas, em dois dias na semana, em São Paulo, por exemplo, mas alguns pais, professores e alunos ainda assim sentem-se receosos pela exposição, num período em que ainda não há um método de imunização aprovado.

“Manter as emoções equilibradas é algo que tem sido um desafio ainda maior neste ano e não é diferente para os pais com crianças em casa e para os próprios pequenos que viram sua rotina absolutamente transformada”, observa Flora Victória, mestre em Psicologia Positiva.

Ela comenta que não há uma decisão certa ou errada neste momento, mas chama a atenção para o outro lado, o que se passou com os estudantes nos últimos meses: a falta de convívio social que levou crianças de muitas idades a sentimentos como frustração e tristeza.

“Muitos destes jovens estão contentes com a volta, mesmo que controlada, a este ambiente em que encontram sua individualidade e podem socializar com menos tutela de seus pais”, comenta a especialista em psicologia positiva.

São prismas diferentes, por um lado a carência dos jovens por uma maior socialização, por outro um sentimento muito presente para pais e professores: o medo?

Para Flora é primeiro importante legitimá-lo: “são mais de 100 bilhões de células nervosas no nosso cérebro que podem levar ao pensamento consciente ou a respostas autônomas. No caso do medo a resposta é quase que inteiramente autônoma e se refere a esse estado de apreensão por um futuro com perspectivas negativas. No caso de um perigo real ele pode ser preventivo”, explica.

Martin Seligman, criador da Psicologia Positiva já demonstrou que o medo é uma forma de condicionamento humano. Por meio de um estudo em que os participantes eram expostos a fotos de certos objetos e recebiam um choque elétrico, criava-se medo intenso ou moderado. Ao serem apresentadas imagens de aranha ou cobra, por exemplo, bastavam de dois a quatro choques para estabelecer uma fobia, porém, imagens de flores ou árvores, precisavam de muito mais choques a fim de criar um medo real.

Em outras palavras, o medo surge a partir de memórias ou conhecimentos passados que geram uma resposta instantânea, impulsiva ou racional, quando o ser humano recebe a ameaça.

A mestre em Psicologia Positiva, portanto, pondera que, embora legítimo sob o aspecto de um vírus que ainda não pode ser combatido, é necessário buscar o equilíbrio para que ele, o medo, não represente um mal maior a longo prazo.

Isso porque a sensação frequente de lutar ou correr produz efeitos contrários ao bom funcionamento do organismo, comprovados por diversos estudos.

“Viver sob a influência constante do medo gera malefícios imediatos no indivíduo que impactam diretamente em sua saúde. Por isso, adotar estratégias para prevenção, mas sem comprometer seu bem-estar, é o caminho que terá de ser encontrado por todos os envolvidos neste volta às aulas presenciais”, finaliza a especialista.


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