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Carreiras digitais: Product Management reúne profissionais mais seniores, mesmo com menos tempo de função

Relatório realizado pela Tera, em parceria com a Mindminers, traz dados sobre faixa salarial, soft skills, dificuldades, principais funções e ferramentas dos product managers

Recém lançado pela edtech Tera, em parceria com a Mindminers, o relatório Digital Skills traz dados e insights sobre o mercado das profissões digitais e recebeu respostas de mais de duas mil pessoas, sendo 31% da área de Product Management, onde os cargos mais frequentes são de Product Manager e Product Owner. A pesquisa traz diversos dados sobre o perfil do profissional de produto e indica que mais da metade daqueles que estão no cargo (54%) ocupam um nível de senioridade intermediário (Analista Sênior ou Coordenador), mesmo que a área se destaque pelo número de pessoas com pouco tempo de função. Além disso, sete em cada 10 profissionais de Product Management não começaram a carreira em funções relacionadas a essa área e um em cada três profissionais de produto afirma ganhar de R$ 10 mil a R$ 16,5 mil.

Para Leandro Herrera, CEO e fundador da Tera, essas informações mostram o diferencial da carreira de produto — já que, diferente de outros ramos digitais, apresenta uma facilidade de acesso maior àqueles que querem se diferenciar no mercado e chegar a posições de remuneração mais alta. “Se vemos que é comum na área, em menos de cinco anos, profissionais atingirem posições de maior senioridade, também entendemos que há uma relação mais difusa entre faixas salariais e tempo na função”, explica. “Caso contrário, mostraria a necessidade de uma especialização mais profunda e recorrente para se destacar”, completa.

Em relação ao salário, um em cada três profissionais de produto afirma ganhar de R$ 10 mil a R$ 16,5 mil. Em seguida, 25% informam receber de R$ 6,6 mil a R$ 9,9 mil e apenas 6% dizem que a faixa salarial está em até R$ 3,3 mil. Já aqueles que ganham mais de R$ 16,5 mil foram 14% dos respondentes.

No cruzamento entre salários e níveis de senioridade, a pesquisa mostrou que 66,7% de profissionais de produto em nível de estágio ou analista júnior recebem até R$ 3,3 mil. Já em cargos intermediários, como analista sênior e coordenador, onde a maioria dos respondentes (54%) afirmou atuar, os salários na faixa entre R$ 3,3 mil e R$ 10 mil são uma realidade para 64,6% das pessoas. Para Herrera, os salários competitivos, mesmo em cargos ainda intermediários, são uma mostra do quanto a área está aquecida. “Product managers podem atuar em diferentes times dentro da empresa, com foco em subprodutos ou no desenvolvimento de novas features. Com isso, um grande negócio inserido no mercado digital pode precisar contratar dezenas de PMs e POs. Ao mesmo tempo, startups que buscam rápido crescimento contam com pessoas com skills da área para dar tração às iniciativas do negócio”, explica. “É por isso que, além de vermos muitas vagas abertas, existem empresas treinando esses profissionais do zero e oferecendo remunerações bastante atrativas mesmo para iniciantes”, completa.

Das habilidades às ferramentas

Em relação às maiores dificuldades do cargo, 41% dos participantes dizem que a maior delas é a análise de dados, métricas e resultados. Outras tarefas complexas são planejamento estratégico e visão de produto (38,6%), pesquisa com usuário (34,3%), teste A/B (29,3%) e alinhamento com alta liderança (26,9%).

Nesse contexto, ao serem questionados sobre as soft skills mais importantes para atuar na área, foram destacados comunicação (18%), resiliência, tolerância ao stress e flexibilidade (13%) e liderança e influência (13%). Já as hard skills necessárias são análise de dados e métricas (62,7%), priorização de entregas e atividades (53,8%) e capacidade de escalar produtos e processos (45,6%).

“Product managers são profissionais responsáveis por definir diretrizes e acompanhar o cumprimento delas durante o processo de desenvolvimento de produtos. O trabalho é focado em chegar a resultados qualificados a nível de funcionalidade, relevância e aceitação no mercado”, explica Herrera. “Por isso, o papel é geralmente representado pela tríade de design, tecnologia e business, tendo uma intersecção das habilidades de cada uma dessas áreas.”

Os dados também mostraram que os respondentes ocupam mais tempo no trabalho com alinhamento de equipe (19,7%), planejamento estratégico e visão de produto (18,9%) e definição de especificações e requisitos (12,8%). Os cinco softwares mais usados na rotina de trabalho são Miro (71,4%), Jira (63,3%), Slack (51,6%), Google Analytics (42,5%) e Trello (41,6%).

Trajetória profissional e capacitação

Sete em cada 10 profissionais de Product Management não começaram a carreira em funções relacionadas a essa área. Na formação universitária, 21% vêm da Engenharia e 20% da Administração. Quase 80% das pessoas contam que se atualizam sobre novas técnicas ou metodologias principalmente por treinamento ou cursos de habilidades digitais. Outras respostas foram livros (65,9%), blogs (52,9%), colegas (50,8%) e podcasts (50,5%).

“Como product manager, a skill de comunicação é essencial para ser essa ponte entre stakeholders. É preciso ter visão de negócio, compreendê-la e traduzi-la para o time de produto e de tecnologia, ao mesmo tempo em que entende a necessidade do usuário e garante que o negócio vai propor uma solução relevante para ele. Pensando nessa missão, profissionais de áreas mais tradicionais trazem bagagens muito valiosas, cada um à sua maneira. Engenheiros (as) têm mais facilidade na gestão de projetos, enquanto administradores (as) trazem visão de negócio e pensamento analítico, por exemplo”, contextualiza o CEO da Tera.

Diversidade

Diferente de áreas como Dados e Desenvolvimento de Software — que apresentam uma maior desigualdade entre os sexos, com 33,1% e 30,8% de mulheres, respectivamente —, Product Management conta com o número de mulheres respondentes maior que o de homens (51,6% contra 47,7%). Por outro lado, a área apresenta a mais alta disparidade de raça, com 16% de pessoas negras versus 79% de pessoas brancas.

Para Herrera, é fundamental que produtos e serviços digitais sejam criados desde o início considerando grupos minorizados — e, para isso, é preciso que estes grupos sejam criadores das tecnologias e não apenas consumidores. “Especialmente no segmento de tecnologia, que tem um impacto social e cultural grandíssimo. Porém, a realidade do mercado ainda é muito distante. Em um país onde mais de 56% da população é negra, a Digital Skills mostrou que o mercado de tecnologia ainda é formado, em média, por 73% de pessoas brancas. O número ainda maior na área de produto mostra uma necessidade urgente de ações intencionais para mudar o cenário”, afirma.

A Tera trabalha desde 2019 com bolsas de estudo para grupos minorizados, principalmente focados em mulheres brancas e pessoas negras. “As carreiras digitais precisam ser cada vez menos parte de uma bolha pouco conhecida e pouco acessível. Queremos criar pontes para que essas oportunidades cheguem a mais pessoas de diferentes grupos. Quando isso acontecer, teremos um mercado em que as diferentes habilidades, visões de mundo e experiências vão fomentar ainda mais inovação e transformação social. Mas, para isso, é fundamental que as empresas aumentem a capacitação de novos profissionais”, finaliza Leandro.


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