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11 de setembro: o que mudou para os imigrantes nos EUA 20 anos após os ataques terroristas

Últimas duas décadas acirraram o debate sobre a reforma imigratória na América. “Após o 11 de setembro, houve uma redução significativa da tolerância a chegada de novos estrangeiros aos EUA, bem como um temor de que eles poderiam representar uma ameaça para a segurança do país. Isso impactou na emissão de vistos de turismo, estudo e trabalho na América” – observou Felipe Alexandre, advogado de imigração, brasileiro/americano.

Há 20 anos o mundo acompanhava em choque as imagens de destruição das Torres Gêmeas do World Trade Center. E se por um lado o 11 de setembro de 2001 não iniciou o debate imigratórios nos EUA, certamente alterou o curso de sua história.

A imigração já era um tema muito discutidos no final da década de 80, que registrou a chegada de 12 milhões de estrangeiros, entre legais e ilegais, aos EUA, e se tornou ainda mais relevante durante os anos 90, quando o Departamento de Estado tornando mais rígido o processo de entrevistas para vistos americanos.

Entretanto, foi após o 11 de setembro de 2001 que a imigração se tornou tema central nos EUA. O choque causado na sociedade americana pelos ataques terroristas gerou muitos casos de xenofobia, principalmente contra imigrantes oriundos de países árabes, e o então presidente George W. Bush criou novas agências governamentais para combater a entrada e permanência de imigrantes, o que levou a cerca de 2 milhões de deportações durante seu mandato.

“Após o 11 de setembro, houve uma redução significativa da tolerância a chegada de novos estrangeiros aos EUA, bem como um temor de que eles poderiam representar uma ameaça para a segurança do país. Isso impactou na emissão de vistos de turismo, estudo e trabalho na América” – observou Felipe Alexandre, advogado de imigração, brasileiro/americano.

Com Obama, a partir de 2009, diversas políticas pró-imigrantes foram aplicadas, incluindo a criação de “status de proteção temporária” para grupos de refugiados ou de filhos de ilegais que chegaram ainda crianças aos EUA. Programas como “Daca” e “Dreamers” ganharam força neste período, além de vistos como o “H1-B”, destinado a trabalhadores estrangeiros especializados.

Por outro lado, o número de deportações e separação de famílias na fronteira aumentou durante o governo Obama, com mais de 3 milhões de estrangeiros sendo deportados do país entre 2009 e 2017. Além disso, durante seu mandato fosse registrado o maior número de pessoas indocumentadas na história dos EUA, aproximadamente 11 milhões de estrangeiros.

O debate sobre a imigração nos anos de Obama acabou sendo decisivo para a eleição de Donald Trump, que de 2017 a 2020 travou ou extinguiu diversos programas criados por Obama, vetou a entrada no país para cidadãos de países considerados “inimigos dos EUA”, congelou vistos de trabalho e buscou a criação do muro que separaria os EUA do México.

Se por um lado as medidas de Trump tornaram mais difícil a vida dos estrangeiros indocumentados, por outro nunca antes tantos imigrantes qualificados chegaram aos EUA.

“Entre 2011 e 2020, a América passou por um processo de pujança econômica, que levou o país a uma situação onde existem mais ofertas de empregos do que pessoas qualificadas para exercê-los. Como não consegue gerar profissionais o suficiente, o mercado de trabalho americano precisa atrair profissionais estrangeiros para atender a demanda do país, e para isso existem vistos americanos que concedem o green card. Durante os anos de Trump houve um grande aumento de pessoas chegando aos EUA com estes vistos” – explicou Felipe Alexandre, que também é proprietário do escritório americano AG Immigration, que nos últimos anos tem representado centenas de brasileiros em seus processos de vistos americanos e green card.

Quase que como antítese de Trump, Joe Biden foi eleito prometendo reverter as políticas imigratórias de seu antecessor. Desde que tomou posse, já retomou programas humanitários, interrompeu a construção do muro e congelou temporariamente as deportações dos EUA. Entretanto, Biden vem lidando com o aumento de pessoas tentando entrar ilegalmente pela fronteira, além do recente episódio envolvendo a retirada das tropas americanas no Afeganistão.

A grande cartada de Joe Biden em relação a tão aguardada reforma imigratória nos Estados Unidos pode vir em forma do ambicioso projeto de “anistia” que deve beneficiar até 11 milhões de pessoas atualmente ilegais na América. Tal proposta encontra-se desde março aguardando votação do congresso americano, e deve ser votada até o mês de outubro.

“Assim como qualquer tema relacionado a imigração, a proposta de anistia de Biden faz divergir opiniões no país, prova de que a reforma imigratória, caso aconteça, passará longe de um consenso na sociedade americana. Aliás, talvez nunca haja consenso sobre este assunto” – opinou Felipe Alexandre.

Sobre Felipe Alexandre

Dr. Felipe Alexandre é advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration: Ele é considerado há vários anos pelo "American Institute of Legal Counsel" como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA.

Sobre a AG Immigration:

A AG Immigration é um dos mais prestigiados escritórios de imigração nos EUA, que vem ajudando centenas de brasileiros a obterem o green card para morar, trabalhar e empreender legalmente na América.


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