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Casos de violência contra idosos crescem durante pandemia de Covid-19

Alterações de comportamento como depressão e raiva excessiva estão entre os sinais de que a pessoa está sofrendo algum tipo de agressão, alerta especialista do CEJAM

O Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa é lembrado em 15 de junho. A data faz parte das ações do Junho Violeta, criado em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar e mobilizar a sociedade sobre a importância dos cuidados com as pessoas de 60 anos ou mais.

Dados de outubro de 2020 do Disque 100 – serviço do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), que dissemina informações sobre grupos vulneráveis e recebe denúncias de violações de direitos humanos – indicam que, durante a pandemia, o número de denúncias de violência e maus-tratos contra os idosos cresceu 59% no Brasil, totalizando 25.533 denúncias no período.

A enfermeira Leila Sanguinete Cardoso, que atua atendendo pacientes idosos na Unidade Básica de Saúde Vera Cruz, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim”, na zona sul de São Paulo, destaca que as agressões costumam acontecer de familiares e pessoas próximas e faz um alerta importante.

“Situações de violação aos idosos podem ser ocasionadas por todos os pilares da sociedade e englobam atitudes diversas, desde a falta de respeito aos direitos deste indivíduo, incluindo o uso indevido de assentos e filas preferenciais, até o desrespeito ao direito do idoso de preservar sua autonomia e poder de decisão, enquanto estiver lúcido”, explica a profissional.

Leila faz parte do Programa Acompanhante de Idosos (PAI) do CEJAM, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, que tem como objetivo justamente a melhora clínica, a promoção da autonomia e a independência dos idosos cadastrados no projeto.

Entre os tipos comuns de violência sofridos nesta faixa etária, a especialista ressalta a violência psicológica, que, segundo ela, é mais comum, se comparada à física. “Esse tipo de agressão costuma envolver situações de negligência, abuso financeiro e abandono por parte de familiares.”

De acordo com a enfermeira, na maioria dos casos, o idoso tem ciência de que sofre algum tipo de violência, entretanto, aceita tal condição pelo fato de os agentes causadores da agressão serem os próprios familiares, muitas vezes residentes do mesmo ambiente.

Pandemia

A especialista destaca que a convivência com potenciais agressores é o principal motivo do aumento de casos de violência a idosos durante o período de isolamento.

A maioria das denúncias recebidas pelo Disque 100 representa violência física, mas, segundo a enfermeira, o número pode ser ainda maior se consideradas outras formas de maus-tratos.

“Durante este período, o abuso financeiro também se tornou bastante evidente. Existem muitas situações em que o salário do idoso, na maioria dos casos um salário-mínimo, torna-se a base financeira da família, privando esta pessoa de usufruir adequadamente da sua própria renda”, reitera Leila.

Como identificar um caso de violência?

Diferentemente do que a maioria das pessoas imagina, a violência contra o idoso não acontece apenas com aqueles em extrema vulnerabilidade. “Todos estão suscetíveis ao risco, inclusive os saudáveis. As situações de agressão são diversas, desde a falta de respeito do indivíduo, passando por violências verbal, física, psicológica e financeira, até situações de negligência”, afirma a enfermeira.

Em casos extremos, é possível identificar uma agressão física por meio de machucados, hematomas, arranhões, feridas ou queimaduras sem causas justificadas.

Para situações de agressão psicológica, alguns sintomas devem ser levados em consideração. Alterações de comportamento, como depressão e raiva excessiva, conflitos familiares, emagrecimento repentino e quebra de vínculos com a família podem ser sinais de alerta.

Segundo Leila, além da vigilância contínua para denúncias de eventuais casos de agressão, é necessário que haja mais ações de conscientização da sociedade acerca da importância do tema.

“Devemos educar a sociedade para que respeite a pessoa idosa na sua integralidade e as famílias para que mantenham o respeito à individualidade desta pessoa, incluindo o mesmo no seio familiar, como um membro que tenha muito a contribuir com experiência de vida para a formação dos mais jovens.”

Caso desconfie que algum idoso próximo a você esteja sofrendo qualquer tipo de violência, denuncie. Negligenciar estes casos também é uma forma de agressão. As denúncias podem ser feitas por meio do Disque 100, de forma gratuita, com anonimato e segurança garantidos pelo serviço.

Sobre o CEJAM

O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos e Peruíbe.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.


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