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Conservathon reúne mil pessoas em maratona de ideação pela conservação da Mata Atlântica

Entre os inscritos estavam representantes de 276 municípios brasileiros, de 25 estados. Maioria foi formada por mulheres

Durante três dias, mais de mil pessoas estiveram conectadas em uma maratona de ideação em busca de soluções criativas, inovadoras e aplicáveis para a conservação da natureza e o desenvolvimento da Grande Reserva Mata Atlântica – o maior remanescente contínuo do bioma no Brasil. O Conservathon, encerrado nessa quinta-feira (15), engajou participantes de diferentes nacionalidades, de 276 cidades e 25 estados brasileiros, além de contar com maioria feminina: 53% dos inscritos eram mulheres.

Pela internet, com o apoio de 157 mentores, as equipes mergulharam em busca de ideias e soluções para a implementação de unidades de conservação, alternativas para alavancar cadeias produtivas da sociobiodiversidade e soluções sustentáveis e eficientes para o transporte terrestre e marítimo na Grande Reserva, área de Mata Atlântica composta por 48 municípios nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

A equipe “Kuña”, que significa mulher em guarani, foi composta pelas biólogas colombianas María Martínez e Liliana Mahecha, a contadora peruana Deyanira Salinas e a brasileira Maria Eduarda Carneiro, tecnóloga em gestão de recursos humanos. Elas propuseram a criação de uma rota do mel na Mata Atlântica para incentivar o turismo de experiência e convidar as pessoas a conhecerem de perto a importância do processo de polinização das abelhas. “É uma forma de levar o conhecimento às pessoas, promovendo o interesse delas em cuidar de algo que é nosso, da nossa natureza, do nosso planeta”, diz Eduarda.

Sobre a participação feminina em eventos de inovação e criatividade, ela defende que é preciso valorizar e dar mais visibilidade às mulheres na ciência e nos negócios. “Fazemos parte de uma nova geração, que acredita na igualdade de direitos, que quer participar ativamente das decisões para que também as gerações de meninas que vierem depois de nós possam ter grandes sonhos e um dia ocupar cargos antes negados às mulheres.”

As biólogas Claudia Ferraz, Ana Maria Gonçalves e Geisy Plodowski e a geógrafa Amanda Miotto formaram outra equipe 100% feminina. “Propusemos a criação de uma plataforma que auxilie, por meio de um banco de dados colaborativo, a elaboração e atualização dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação. O site vai expor as demandas necessárias para a elaboração dos planos e será um link entre essas demandas e os pesquisadores que estão interessados em desenvolver estudos na área”, explica Geisy.

Organizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com a Fundação Araucária, o Conservathon reuniu mentes criativas com espírito transformador, incluindo profissionais das áreas de negócios, turismo, biologia, agronomia, engenharia, comunicação, marketing, design/UX, desenvolvimento, programação, engenharia, finanças, professores, estudantes, moradores e empreendedores da Grande Reserva. “Há muitas pessoas engajadas na proteção do meio ambiente, com ideias altamente criativas e inovadoras, que tiveram no Conservathon justamente uma oportunidade de desenvolver essas ideias para colocá-las em prática”, afirma a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.

O resultado com as três soluções mais criativas, que receberão os prêmios de R$ 10 mil, R$ 5 mil e R$ 2 mil reais, será divulgado na próxima quinta-feira (22). No mesmo dia, serão anunciadas as 15 ideias com maior capacidade de execução. Estas passarão por um processo de mentoria e aceleração. No final da capacitação, as propostas mais viáveis ganharão apoio financeiro, somando R$ 600 mil. “Essa iniciativa reúne dois universos extremamente importantes: de um lado uma missão nobre, que é a conservação da Mata Atlântica, e de outro lado o capital intelectual fantástico que são os nossos jovens. Todos pensando em soluções práticas e inovadoras para necessidades atuais”, afirma o diretor de ciência, tecnologia e inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.

Outros participantes

Katia Brembatti é jornalista e professora universitária. Viu no Conservathon uma oportunidade para envolver a família na causa ambiental, aproveitando os conhecimentos específicos de cada um. Na equipe oHana estavam o filho, Henrique Luiz Rieger, estudante de Ciência da Computação na Universidade Federal do Paraná; o marido, Regis Rieger, especialista em marketing; e a monitora ambiental Betânia Honório. Como jornalista, Katia já acompanhou muitas questões ambientais e, ao longo dos anos, foi transmitindo o que aprendeu para o restante da família. “Aos poucos, fui repassando informações a eles. Cada vez que voltava de uma pauta ambiental, contava o que tinha visto e ouvido”, lembra. A ideia criada pelo time é uma calculadora de ICMS Ecológico para mostrar o dinheiro que as prefeituras já receberam por terem unidades de conservação e quanto a mais elas poderiam receber se criassem novas áreas protegidas.

Os estudantes tiveram presença significativa no Conservathon, com 18,5% dos inscritos. É o caso de Victor Cancella, Anna Carolina Tavares e Lucas Lima da Silva, alunos do curso de Biologia do Centro Universitário Izabela Hendrix. Unidos à estudante de Turismo Larissa Castilho, da Universidade Federal de Minas Gerais, e à Letícia Leandro, graduanda em Administração na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, eles desenvolveram uma plataforma digital de ciência cidadã para monitoramento de muriquis-do-sul, maior espécie de macaco das Américas. “Foi uma experiência incrível, pois conseguimos absorver vários conteúdos que não aprendemos na universidade. De longe é uma das oportunidades mais incríveis que pude participar”, diz Lucas.

Opinião parecida tem Tania Fonseca, que, aos 60 anos, se inscreveu no Conservathon como maneira de entrar em contato com recursos tecnológicos modernos que não existiam na sua época de faculdade. “O desafio é grande, mas o aprendizado é maravilhoso”, diz. A proposta que sua equipe apresentou foi a construção de meliponários na Mata Atlântica para que as abelhas nativas sem ferrão se reproduzam e polinizem espécies botânicas, garantindo assim a preservação do bioma e a melhoria das culturas agrícolas. “É também uma maneira de fornecer produtos que podem ser comercializados, gerando renda para a população local.”

O Conservathon tem apoio da Superintendência de Inovação do Estado do Paraná.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.


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