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Durante visita oficial do presidente Bolsonaro à Índia, Taurus assina joint venture com grande empresa indiana para fabricação de armas

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Parceria entre a Taurus e o Jindal Group prevê a implantação de fábrica e produção de armas na índia

A Taurus, uma das principais fabricantes de armas leves do mundo, e o Jindal Group, um dos maiores conglomerados de negócios indiano e global, assinaram nesta segunda-feira (27) um acordo definitivo para criação de uma joint venture que permitirá a fabricação e comercialização de armas na Índia.

A assinatura da parceria aconteceu durante a missão comercial do governo brasileiro à Índia, em reunião entre empresários indianos e brasileiros, e contou com a presença de autoridades do Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa.

O Jindal Group, maior fabricante de aço da Índia e um dos dez maiores do mundo, detentor de um faturamento superior a US$ 24 bilhões e com 200 mil funcionários no mundo, terá 51% do capital da joint venture e será responsável por implantar uma grande fábrica de armas no país indiano, onde serão produzidos fuzis, pistolas e revólveres. Existe uma expectativa do governo comprar em cinco anos meio milhão de fuzis.

A empresa indiana está apta a participar de processos licitatórios realizado pelo governo da Índia, oferecendo as pistolas, revólveres, carabinas, fuzis e submetralhadoras que a Taurus fabrica, abastecendo o imenso mercado militar, policial e de segurança privada.

Com o acordo, a empresa gaúcha conquistou um poderoso parceiro que abrirá o promissor mercado indiano aos produtos da Taurus. “A assinatura dessa joint venture é um marco importante para conquistar ainda mais espaço no cenário global, estratégia que faz parte dos planos da Taurus. Juntos com o Jindal Group podemos aumentar a capacidade das duas empresas e ampliar as vendas nesse grande e importante mercado”, afirma Salesio Nuhs, presidente da Taurus.

A fabricação de armas e munições na Índia é regulada por um sistema de licenciamento estabelecido pela Lei de Indústrias (Desenvolvimento e Regulamentação) de 1951 e pela Lei de Armas de 1959 / Regras de Armas de 2016, sob domínio completo do Governo. Até 2001, a fabricação de armas de pequeno porte para as forças armadas, paramilitares e policiais estava restrita à produção de empresas pertencentes ao Departamento de Defesa. Em 2001, o governo permitiu a participação de 100% do setor privado indiano na fabricação de armas, sujeita a licenciamento, mas foi só a partir de 2015, através do Arms Act Amendment Bill, que o setor privado começou efetivamente a poder participar da indústria de defesa indiana.

As negociações entre a Taurus e o Jindal Group duraram cerca de 11 meses. Nesse período, executivos do grupo indiano vieram à sede da companhia, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, para conhecer e analisar minuciosamente a fabricante gaúcha, assim como executivos da Taurus foram à Índia conhecer o Jindal Group.

De olho num mercado grande e valioso

Além de uma visita diplomática, a aproximação do governo e de empresários brasileiros com o país asiático tem também um forte apelo comercial e oferece oportunidade para impulsionar objetivos estratégicos do Brasil na relação bilateral, tais como a ampliação e diversificação da pauta exportadora para o mercado indiano, a atração de investimentos indianos (de acordo com as prioridades nacionais) e o melhor aproveitamento das potencialidades da cooperação bilateral em defesa, entre outras áreas.

Assim como o Brasil, a Índia faz parte dos Brics, bloco de países emergentes, formado em 2006, integrado também por Rússia, China e África do Sul. A Índia é o quarto maior parceiro comercial do Brasil na Ásia e uma importante fonte de investimentos na economia brasileira. Os dois países mantêm parceria estratégica desde 2006, com agenda de cooperação em áreas como defesa, energia, agricultura, ciência, tecnologia, inovação e saúde. Brasil e Índia são parceiros em diversos mecanismos plurilaterais como G20, BRICS, G4, BASIC e IBAS, e se coordenam em vários foros internacionais.

De acordo com relatório do Fundo Monetário Internacional de julho de 2019, para este ano a perspectiva de crescimento econômico da Índia (7,1%) é superior à da China (5,9%). O Brasil exportou US$ 2,58 bilhões em produtos à Índia de janeiro a novembro de 2019, de acordo com dados do Ministério da Economia.

O segundo país mais populoso do mundo (1,37 bilhão de pessoas), que deve ultrapassar a China nos próximos 10 anos, é considerado também uma das maiores potências militares do planeta, atrás apenas dos EUA, Rússia e China. Com mais de 1,3 milhão de homens e mulheres a serviço da nação, a Índia possui a quarta maior força militar do mundo em termos de efetivo, segundo levantamento da Global Firepower. Seu orçamento de defesa para 2018 foi de 45 bilhões de dólares. Na área de segurança pública, o número de agentes e policiais armados impressiona. A Índia possui 1,4 milhão de policiais e cerca de 7 milhões de agentes de segurança particulares.


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