A sociedade está preparada para ter mulheres fortes e independentes financeiramente?

A resposta de um modo geral é não! A sociedade não está preparada e um dos principais motivos é que as próprias mulheres ainda não se deram conta de sua força e do que elas representam para a humanidade.

Atualmente, existe uma grande onda feminista tomando conta do País e do mundo. Pessoas que lutam pelos direitos das mulheres em vários ambientes, como na internet, com blogs, canais de vídeos e portais inteiramente dedicados a essa causa; nas ruas, onde ocorrem inúmeros protestos contra o feminicídio e em favor dos direitos das mulheres; nas propagandas, em cartazes pelas cidades; nas campanhas de TV e rádios contra a violência doméstica... Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido e, para isso, precisa haver união e conscientização entre as mulheres.

A mulher precisa tomar consciência da importância dela na sociedade, precisa partir dela essa transformação para que isso possa se refletir no seu relacionamento familiar, conjugal e, também, em seu trabalho.

Essa mudança comportamental pode partir, por exemplo, da área financeira que é uma das mais impactantes no nosso dia-a-dia.

A mulher precisa avaliar como está a relação dela com o dinheiro, se é saudável a forma como ela lida com as compras, com os pagamentos, como usa a dupla dinâmica, cartão de crédito-cheque especial. Essa análise sincera é o ponto de partida. Hoje, existem inúmeras ferramentas que facilitam na hora de organizar as finanças: livros, aplicativos para controle de gastos, blogs, sites, podcasts, etc..

Porém, as mulheres precisam decidir tomar as rédeas da própria vida para que consigam fazer uso de tais ferramentas com sucesso. Ainda vemos, por exemplo, mulheres que suportam relacionamentos abusivos, pois dependem do dinheiro dos companheiros para sobreviver; outras que encaram empregos exploradores, pois se sentem incapazes de buscar alternativas.

Vejam o quão grave é a mulher não ser independente financeiramente, já que, em casos como esse, a questão financeira impacta diretamente no emocional dessas mulheres.

Infelizmente a sociedade está acostumada a impor certas “regras” e “costumes” sobre as mulheres e cabe somente a nós, mulheres, encarar tudo isso com garra e determinação e não aceitar menos do que merecemos.

A partir do momento que nos empoderarmos financeira e emocionalmente, haverá uma ruptura de paradigma e nos colocaremos no mesmo patamar de todos os outros, nós seremos ouvidas e respeitadas em casa, no trabalho, no mundo.

As mulheres precisam entender e acreditar que, quando aprendemos a subir no salto e ali ficamos de forma confortável, a perspectiva e o olhar mudam totalmente.