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Há muitas oportunidades, mas setor precisa se reinventar

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20° Congresso dos Corretores – Goiânia tem uma razão para estar mais alegre nesta quinta-feira (12). Hoje, quando se comemora o Dia do Corretor de Seguros, a cidade recebe o 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros. Realizado pela Fenacor, o evento segue até o próximo sábado (14).

Henderson de Paula Rodrigues, presidente do Sincor-GO, foi o primeiro a falar na cerimônia de abertura. Ele ressaltou o mercado a ser explorado, já que de 12% a 15% dos brasileiros que contam com seguro têm apenas um tipo e ainda há muitos clientes a serem conquistados. Por isso, vê o quanto o mercado digital pode ser importante para a próxima geração de consumidores no setor. “No meu entender, o corretor de seguros sempre será a pessoa que fará essa ligação com a tecnologia para que o mercado segurador possa atingir um percentual acima de dois dígitos [no PIB]”, afirmou.

Presidente da entidade e anfitrião do evento, Armando Vergilio assumiu o compromisso de fazer do Congresso um marco histórico. “Há 20 anos, nesse mesmo teatro, iniciamos uma jornada que nos trouxe até aqui. Crescemos, desenvolvemos e colecionamos vitórias e muitas cicatrizes. Agora vamos debater os assuntos que mais impactam no nosso dia a dia e que beneficiem nosso setor e nossa categoria. Estamos aqui para sair da zona de conforto”, declarou.

Segundo ele, os avanços e a resiliência podem dar a impressão de que o setor tem crescido muito, quando na verdade não tem evoluído tanto assim. Exemplo disso é a crise que enfrenta nas carteiras habitacional, rural, no seguro DPVAT e na agenda governamental. “Há uma falta de interesse do governo em colocar o mercado segurador em sua pauta. Não falo apenas desse governo, mas de todos. O setor merece mais espaço.”

Em meio a tantos desafios, para o presidente da Fenacor um se destaca: a falta de produtos inovadores. Existe uma crise de criatividade e de ousadia de todos os envolvidos nesse processo, o que traz sérias consequências, como a proteção veicular. “Até onde a falta de criatividade contribui para o mercado marginal?”, indagou Vergilio.

Sobre a falta de inovação no segmento, Joaquim Mendanha de Ataídes, superintendente da Susep, cobrou que o mercado seja mais ousado e revelou que, em 20 dias, a entidade deve publicar os ajustes do Seguro Auto Popular solicitados pelo mercado, assim como as mudanças no microsseguro. “O mercado depende sim de agentes econômicos, mas precisa voltar às suas origens. Tenho certeza que essa será uma ferramenta para combater o mercado marginal que nós, e essa é a verdade, deixamos crescer.”

Marcio Coriolano, presidente da CNseg, também enfatizou a importância de combater a prática da proteção veicular, que tira o lugar de pessoas qualificadas de exercerem suas profissões.

É claro que isso envolve com outros fatores, como tema do evento, a tecnologia. Mas, para Coriolano, o papel do corretor de seguros é mostrar que ele é um profissional que cuida das pessoas e que com a tecnologia está se reinventando. “A tecnologia é o meio, não o fim e o único profissional no mercado de seguros para criar o elo é o corretor de seguros, não há outro”, enfatizou.

O lema que deve ser tomado na era digital dos seguros, portanto, foi proposto pelo presidente da Fenacor. “Temos que apostar na internet das coisas e nas coisas da internet,” disse Vergilio. Ele também chama a atenção de seguradores, dizendo que os profissionais da corretagem precisam ser mais valorizados. “O segurador precisa deixar claro qual relação ele quer com o corretor. Não cometam o erro de desprezar os corretores como melhor canal de distribuição”, alertou, afirmando ainda que o cliente de seguros não quer o autosserviço. “Vamos nos valorizar”, conclamou.

A valorização do profissional foi também o mote do discurso do deputado federal Lucas Vergilio, que pediu participação para seus projetos na redução de gargalos que atrasam o desenvolvimento pleno do mercado. “Juntos, somos imbatíveis porque estamos na defesa do consumidor, da ética e da legalidade.”

Disrupção

A tecnologia chegou para ficar e o setor já sente essa mudança. “A realidade do avanço tecnológico é inexorável. Não adianta termos medo da modernidade, das novas gerações”, afirmou Armando Vergilio. O caminho, segundo ele, não é combater a tecnologia, mas utilizá-la para prestar um serviço melhor, mais ágil e com um custo mais justo para o cliente. “Inovar é mudar de verdade, mudar para valer: pensamento, práticas, comportamentos. Por outro lado, devemos combater o mau uso da tecnologia”, lembrou.

Se novas maneiras de enxergar o mercado precisam ser levadas em consideração, a fala de Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, foi animadora. Ele acredita que as entidades estão prontas para construir esse novo futuro. “Estamos aptos a construir ainda mais junto com os senhores, a Escola passou a ser, de fato, uma escola de Seguros. Apoiando o desenvolvimento do setor”, afirmou.

Bittar comemorou ainda o fato da Escola Nacional de Seguros ter garantido exercer a modalidade de pós-graduação a distância, devido às boas notas atribuídas à instituição. “A Escola quer continuar protagonizando o crescimento do setor, inclusive na mudança tecnológica”, ressaltou.

Mesmo com avanços, há algumas questões ainda pendentes, como o Previsaúde, o novo modelo do seguro rural e as mudanças necessárias aos microsseguros. “Somos resilientes, mas resiliência não é fruto da sorte, do acaso”, ressaltou Marcio Coriolano, que acredita que por isso é preciso requerer um maior espaço nas agendas do País. “Apelo aos ministros que levem ao Poder Executivo a pretensão de maior participação”, pediu.

Para conseguir esse espaço, a Susep tem, conforme afirmou o superintendente da autarquia, a necessidade de ter ousadia que, segundo ele, é o que falta ao mercado. “O mercado precisa voltar a essa que é sua origem em produtos que levam respostas às necessidades do consumidor final”, pontuou Jaquim Mendanha de Ataídes.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira de Oliveira; e o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Henrique Oliveira, foram otimistas em relação aos rumos econômicos do País, destacando as reformulações propostas ao longo do ano. Ambos aproveitaram para destacar a importância do mercado de seguros tanto antes das mudanças quanto agora, com uma economia pretensamente melhor e com perspectivas de mudança na mentalidade da população, com mais segurança jurídica.

O ministro do planejamento se mostrou um entusiasta do mercado. Oliveira falou principalmente da necessidade do País em continuar enfrentando as reformas que são necessárias. “Estamos entrando em uma economia sustentável. Temos bases sólidas para que isso aconteça”, apostou. Dentre as mudanças pertinentes, a previdência foi destaque durante a fala, pois segundo o ministro “57% do orçamento federal vai para a aposentadoria”, o que comparado com outros países, que inclusive já envelheceram mais que o Brasil, é um valor exorbitante.

Lembrando especificamente do setor de infraestrutura no Brasil, que precisa ser impulsionado. Isso deve ser refletido no mercado de seguro de garantia de obras, que tanto contribui para criação de empregos. “Precisamos de obras com garantia de qualidade e quando pensamos nisso, pensamos no mercado de seguros”, afirmou.

Regulamentação adequada, microsseguro, gestão pública e concessões, além de parceria público-privadas, também se fizeram presentes no discurso do ministro. “Agora é um ciclo de crescimento constante, com melhoria do ambiente de negócios , segurança jurídica e modernização do serviço público, aliado à queda de inflação e de juros”, explicou.

Finalizando a abertura, o governador do estado de Goiás, Marconi Perillo, participante do evento ocorrido há 20 anos para o setor, enfatizou como muitas coisas que para ele precisavam ser feitas, como a Reforma da Previdência, já eram ditas hoje, mas só foram percebidas agora, tantos anos depois. “Colaborei muito em projetos importantes que tramitaram e foram fundamentais para consolidação de seguros”, comemorou.

O 20º Congresso Nacional de Corretores de Seguros trará diversas palestras e workshops, com a tecnologia como tema principal.


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