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Sincor-AL alerta sobre falsos corretores

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“Seguro só pode ser feito com um corretor de seguros. Isso é coisa séria. Mesmo que você conheça a pessoa, mesmo que seja sua amiga, é necessário saber se ela está habilitada para exercer a função de corretor de seguros. Assim com um médico, um em engenheiro, um corretor de seguros tem que estudar e obter a certificação para exercer a função”. O alerta é de Edmilson Ribeiro, presidente do Sindicato dos Corretores de Alagoas (Sincor-AL).

O gestor da entidade orienta que antes de adquirir um produto, seja seguro de vida, para automóveis, residências ou qualquer outra modalidade de seguro, é indispensável saber se quem se apresenta como corretor é habilitado para exercer a profissão. A questão voltou à tona depois que um empresário de Maceió denunciou um falso corretor de seguros, que aplicou golpes também em outras vítimas.

“Tomamos conhecimento desta situação pelas redes sociais. Esse rapaz que está sendo acusado não é corretor de seguros”, afirmou Ribeiro, acrescentando que, devido ao trabalho do Sincor-AL, poucos casos como estes têm sido registrados em Alagoas. Desde que assumiu a presidência da entidade, Ribeiro conta que este é o primeiro episódio envolvendo este tipo de denúncia.

“Estamos trabalhando incansavelmente para orientar a população. Como resultado disso, não temos visto coisas do tipo”, destacou o presidente do Sincor-AL. Para atuar como corretor de seguros é preciso fazer um curso, com duração de nove meses, que tem em sua grade disciplinas técnicas necessárias para o exercício da profissão. Em Alagoas existem 500 corretores de seguros, entre pessoa física e empresas que atuam no Estado.

LESADO PELO AMIGO

O caso que Ribeiro tomou conhecimento pelas redes sociais é o de um empresário, que prefere não se identificar. Ele denunciou que foi enganado por Kilson Souza, de quem era amigo há mais de 15 anos.

“Fiz seguro para o meu carro, seguro de vida e seguro para a minha empresa. Precisei do seguro do carro e não consegui assistência. Eu paguei à vista e ele só pagou a primeira parcela para gerar a apólice. Assim como eu, meu padrasto também foi enganado, pagou dois anos um seguro do carro e não tinha nada certo”, relatou o empresário.

O denunciante conta ainda que, por conhecer Souza há tanto tempo tendo sido padrinho de casamento, nunca duvidou de que ele não estivesse apto a exercer a profissão de corretor. “Era meu amigo, então não achava que ele poderia fazer uma coisa dessas comigo. Quando percebi que cai em um golpe, procurei a Polícia e já tomei conhecimento de que outras pessoas também foram vítimas”, acrescentou. Além dos valores dos seguros, o empresário relatou que Kilson Souza lhe deu um prejuízo de cerca de R$ 100 mil, o que inclui a venda de um carro, avaliado em R$ 45 mil, e o não pagamento do valor.

SINCOR-AL ORIENTA SOBRE SEGURANÇA

O que levou o empresário a acreditar no amigo é a principal armadilha para alguém que busca um seguro, conforme alerta o Sincor-AL. “Volto a dizer, não é porque é amigo que não vai procurar saber se esta pessoa é um corretor habilitado”, frisou Edmilson Ribeiro.

Sobre o fato de o empresário não ter recebido as apólices, o presidente do Sindicato explica o que o cliente deve exigir de quem está vendendo o seguro. “Tem que pedir o recibo e comprovantes de tudo. Após o pagamento, que é feito por boleto bancário, débito ou crédito, as apólices chegam em até 15 dias. Isso tem que ser exigido”, ressaltou.

Para quem está interessado em adquirir um seguro, Edmilson Ribeiro orienta que procure o Sindicato, que pode indicar profissionais habilitados. “Temos a relação de corretores por bairro, faixa etária e sexo. Podemos passar para os clientes opções para que ele possa escolher. Outra coisa que é importante colocara também é que o sindicato somente pode responsabilizar corretores habilitados. Não temos como agir em relação a essas pessoas que se dizem corretores, mas que não estão habilitados a exercer a profissão”, encerrou o presidente.

VÍTIMAS EM ALAGOAS E EM OUTROS ESTADOS

Os golpes de Souza foram além do ciclo de amizade. Uma ex-namorada do acusado também foi vítima do mesmo crime, segundo confirmou a mulher em entrevista à reportagem do CadaMinuto. O casal permaneceu junto por aproximadamente nove meses, em 2008, e manteve amizade após o fim do relacionamento. Ela, que hoje vive em São Paulo e prefere não se identificar, conheceu o ex-namorado por meio de um amigo de Salvador que já era cliente e também foi lesado. A vítima tomou ciência do dano somente há três semanas, quando outro amigo de Recife, onde já morou, a ligou para informar sobre o ocorrido com o empresário que fez a denúncia do caso em Maceió.

“Meu amigo ligou, perguntou se eu estava sabendo e pediu que verificasse na corretora de seguros. Entrei em contato com a empresa e descobri que minha apólice foi cancelada em maio, mas o pagamento já havia sido feito em janeiro. Paguei três parcelas do seguro por boleto que ele me encaminhava por e-mail e nunca tive problema. Na quarta parcela, Kilson alegou que não estava conseguindo me encaminhar o documento para pagamento e, como já estava próximo ao vencimento, disse para eu transferir o valor para sua conta bancária. Assim fiz, mas ele não me encaminhou qualquer comprovante e também não desconfiei, já que até então não havia motivos. Tínhamos uma amizade e confiei”, disse a vítima.

O valor transferido foi de R$ 590, corresponde ao seguro do veículo adquirido em outubro do ano passado, à vista, no valor de R$ 41 mil. Ao ligar para a seguradora, a vítima foi informada sobre o cancelamento de seu plano e constatou ainda que seus telefones cadastrados na empresa foram alterados, o que justificaria a falta de contato e cobrança após a falta do pagamento da última parcela referente ao seguro. “Além de não quitar, Kilson mudou meu cadastro, por isso a seguradora não me comunicou antes. Fiquei completamente descoberta e poderia perder meu carro, o único bem”, explicou a denunciante.

A vítima também contou ao CadaMinuto que recebeu uma ligação do acusado há duas semanas. “Ele disse que estava em São Paulo e queria me encontrar. Perguntei sobre o cancelamento do seguro e a falta de pagamento do valor que eu transferi, mas ele ficou jogando para a seguradora, dizendo que precisaria investigar. Embora tenha medo de qualquer reação dele, já que sabe todos os meus contatos e endereçou, vou procurar a polícia. Quero que pague pelo que fez não somente a mim, mas a outras pessoas também. Quem faz isso com um amigo é capaz de quer coisa”, acrescentou.

FALSO CORRETOR USAVA NOME DE EMPRESAS

Conforme o relato das vítimas, os crimes cometidos por Kilson Souza devem ser enquadrados em estelionato, caracterizado por obtenção de vantagem ilícita, causar prejuízo a outra pessoa, uso de meio de ardil ou artimanha e enganar alguém ou a levá-lo ao erro. O empresário que denunciou o caso em Maceió já procurou o Complexo de Delegacias Especializadas (Code), onde registrou um Boletim de Ocorrência, e também vai ser recebido na próxima segunda-feira (07) pelo delegado Antônio Edson, titular do 4º Distrito Policial.

A denúncia em relação ao acusado deve ser reforçada pela vítima que hoje mora em São Paulo, além do relato de outras vítimas e de dois empresários para quem Souza prestou serviços como avaliador de seguros, agindo como uma espécie de intermediador para que as corretoras firmassem contrato com clientes. O dono de uma das empresas contou que oito pessoas já o procuraram afirmando terem sido enganadas pela mesma pessoa. O outro proprietário também afirmou que o número de denunciantes já passa de 12 clientes, todos com apólices canceladas pela falta de pagamento cujo dinheiro foi repassado a Kilson.

O que chama a atenção em todos os casos, segundo os empresários, é que estas pessoas tinham vínculo de amizade com o acusado, o que poderia justificar a “confiança” em quem se passava por falso corretor. Ambos afirmam ter conhecido o acusado há aproximadamente três anos, período em que mantiveram contato profissional e atestavam, até então, uma boa conduta no trabalho que fazia. Os proprietários reforçaram a fala do presidente do Sincor-AL e ressaltaram que, em quase 20 anos de atuação no mercado, os casos envolvendo Kilson Souza são os primeiros que tomaram conhecimento.

“Ele não era funcionário da empresa, tampouco tinha registro ou autorização para atuar como corretor, fazia apenas a indicação do cliente. Tomei conhecimento do primeiro caso no ano passado. Kilson firmou contrato em 2015 com a proprietária de uma caminhonete de modelo L-200, avaliada em R$ 80 mil. Em 2016, a cliente registrou um sinistro com perda total do carro e acionou o seguro, quando descobriu que a apólice nunca foi firmada. A partir disso, não trabalhamos mais juntos”, disse um dos empresários, que prefere não se identificar.

Além de envolver o nome das empresas nas transações para conseguir dinheiro ilicitamente, Kilson também fraudou notas e comprovantes, segundo contou o empresário à reportagem. “Uma cliente que foi direcionada por ele encaminhou um comprovante de pagamento com o nome da minha empresa e, no rodapé do documento, estava o CNPJ de outra empresa, o que configura a falsificação”, contou.

O proprietário da seguradora encerrou a entrevista ratificando a atuação do Sincor-AL em relação à coibição de crimes envolvendo seguros e destacou e o trabalho sério da categoria. “A transparência é algo que a gente preza, visto que estamos tomando conta do patrimônio das pessoas. O setor é muito bom de trabalhar e exige de nós, tanto empresa quanto profissional, muita transparência e seriedade. Este é um caso que nos entristece, mas sabemos que é algo isolado, que não é comum e que é algo que a categoria combate veemente. Kilson se aproveitou da boa carteira de clientes amigos, pessoas com quem lidava há 10 ou 15 anos, se aproveitou da confiança que gozava e jogou tudo para o alto”, concluiu o profissional.


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