70% das empresas familiares estão confiantes em relação a sua situação financeira, aponta pesquisa da KPMG

De acordo com a segunda edição da pesquisa “Retratos de Família”, realizada pela KPMG, a grande maioria (70%) dos líderes de empresas familiares brasileiras está confiante em relação ao futuro da companhia nos próximos dezoito meses. O estudo coletou informações de 181 respondentes, distribuídos em 15 estados brasileiros e no Distrito Federal.

“Esse índice apresentou uma melhora significativa frente aos resultados da edição anterior, quando grande parte dos respondentes estava tomada pela incerteza e insegurança, não havia perspectiva de restabelecimento da economia, e o nível de confiança era de apenas 42%, com 23% de pessimismo, contra os 8% apresentados no momento atual”, compara o sócio da KPMG, Sebastian Soares.

Diante disso, dentro de uma perspectiva de longo prazo, 78% das empresas familiares afirma que o plano estratégico implementado por elas inclui a realização de investimentos e, desse total, 51% pretende focar no negócio atual e 23% em inovação da atividade exercida.

Expansão

Quando questionados sobre a possibilidade de expansão dos negócios além das localidades atuais, 59% dos respondentes disseram que pretendem realizar expansão geográfica, 80% planeja essa ampliação para outras regiões brasileiras, 15% programa crescimento em outros países da América Latina e apenas 5% considera a expansão além da América Latina.

Nesse mesmo sentido, o estudo apontou que a atuação das empresas familiares fora do Brasil ainda é moderada. Apenas 35% já atua no exterior e as 65% que não o fazem, afirmaram que o mercado doméstico é suficiente, que possuem pouca familiaridade com mercados estrangeiros ou que os seus produtos ou serviços não podem ser comercializados no exterior.

Empresas familiares encontram dificuldade no acesso a fontes de financiamento

De acordo com o levantamento, 43% das empresas familiares brasileiras dificuldades de acesso a financiamento nos últimos seis meses, percentual que aumentou em relação à pesquisa anterior (37%). Além disso, a principal fonte de financiamento continua sendo o empréstimo bancário (64%). “Algumas instituições financeiras têm sido mais seletivas, restritivas e exigentes com o fornecimento de garantias reais para os tomadores de recursos”, analisa Sebastian.

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