Especialista aponta caminho para quitar as dívidas ainda esse ano

““As dívidas do cheque especial e do cartão de crédito são as que cobram maiores juros, devendo ser quitadas o quanto antes”, diz Tiago Guedes, criador do Investidor Rico

Começar o ano com dívidas é um mau negócio. Não apenas pelo fato da negativação em seu nome lhe impedir de abrir conta corrente em bancos e corretoras, mas pelo fato de que os juros corroem seu dinheiro, acabando com seu poder de compra e colocando o sonho da independência financeira em stand by.

O primeiro passo para quem quer começar a investir é negociar as dívidas, dando sempre prioridade às que possuem custo maior do que a rentabilidade dos investimentos existentes. “As dívidas do cheque especial e do cartão de crédito são as que cobram maiores juros, devendo ser quitadas o quanto antes”, diz Tiago Guedes, criador do Investidor Rico , empresa especializada em investidores.

O melhor jeito de quitar essas dívidas é ligar na empresa e tentar negociar um desconto para pagá-las. Muitas vezes, vale a pena pegar um empréstimo a juros de mercado, mais baixo do que o do cheque especial e o do cartão de crédito, apenas para quitar esse tipo de dívida.

Se você deve ainda para outras empresas, com crediários por exemplo, ligue e consulte as formas de pagamento, exigindo sempre um desconto nas parcelas.

Se suas dívidas são financiamentos de carros ou imóveis, é preciso pesar o valor dos juros pagos nesses casos. Assim, você vê o que compensa mais: quitá-los ou investir mensalmente uma parte de sua renda e ir pagando as parcelas mês a mês.

Lembre-se sempre que existem dois tipos de dívidas. As dívidas que financiam sonhos, como imóveis, e as dívidas feitas para pequenos pertences, que geralmente apresentam juros mais altos. Elas geralmente são menores do que as primeiras, causando a falsa sensação de que está tudo bem. “Essas são as mais perigosas, que podem fazer você perder o controle”, conta Guedes.

É muito importante que, antes de fazer novas dívidas, você calcule se as que você já tem cabem em seu orçamento mensal: você está pagando todas as parcelas que deve, mensalmente? E ainda: está conseguindo juntar uma parte da sua renda ou toda ela vai para pagamento de dívidas?

Ter reservas financeiras é fundamental para uma vida confortável. Por isso, se você não está conseguindo guardar nada no fim do mês, é preciso se livrar das dívidas com a máxima prioridade.

Anote todos os seus gastos para conseguir analisar onde poderia economizar ainda mais para conseguir pagar suas dívidas. Recebeu um bônus? Antes de dar de entrada em um carro novo, quite a dívida com maior juros, sempre negociando desconto com a empresa em que você está devedor. Caiu a primeira parcela do 13º? Não faça planos: foque-se em quitar suas dívidas.

“Se esse for o seu objetivo do ano, você o cumprirá mais facilmente e, quando menos esperar, conseguirá guardar dinheiro para viajar, reformar a casa e até trocar de carro”, aconselha Guedes.

Também é fundamental verificar o motivo que levou você a se endividar. Muita gente se endivida por problemas urgentes de saúde ou alguma outra emergência. Outras pessoas, porém, se endividam devido ao consumismo exagerado. Nesse caso, pode ser aconselhável fazer terapia para ansiedade e procurar consultoria financeira.

Como economizar para pagar as dívidas?

Por mais apertado que você viva financeiramente, sempre há gastos supérfluos. Basta anotar todas as suas despesas por um mês e analisar para ver.

O contrato de aluguel está para vencer? Que tal procurar um local mais barato (e perto do trabalho) para viver? Caso deseje continuar no imóvel em que está hoje, negocie para que não haja reajuste. Com a crise, muitos proprietários de imóveis optam por não reajustar o aluguel e manter o local alugado. Use isso a seu favor.

Todo o dinheiro que sobrar no orçamento, guarde para pagar suas dívidas. Apenas assim, você conseguirá, no futuro, guardar dinheiro para uma aposentadoria tranquila.

------------------------------------------------------------------------------------
Segs.com.br valoriza o consumidor e o corretor de seguros