Brasil,

Redes sociais no mercado de avaliação de riscos: uma tendência sem volta

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Marina Tsutsumi
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*Por Marcelo Scarpa

As redes sociais são usadas por um terço da população mundial. No Brasil, 117 milhões de pessoas são usuários ativos do Facebook e 50 milhões, do Instagram - e os números continuam a crescer. Para as empresas, isso representa oportunidades de compreender melhor os consumidores e oferecer produtos e serviços de forma mais direcionada e eficaz.

Este já é um fato conhecido principalmente para certos setores, como de varejo. Mas a novidade é que as redes sociais estão ganhando força como um método alternativo de checagem de perfil no mercado de risco.

Se antes uma loja utilizava apenas informações tradicionais de bureaus como SPC e Serasa para aprovar crédito para empréstimos ou compras em longo prazo, hoje ela pode ter uma análise mais criteriosa e completa sobre o perfil do consumidor através desses novos processos.

Enquanto os bureaus tradicionais utilizam dados cadastrais para fazer a classificação de risco dos clientes, como endereço, telefone, empregos anteriores e informações de crédito, os dados utilizados por métodos alternativos são diretamente relacionados ao mundo digital. É possível verificar, por exemplo, se o endereço de e-mail fornecido pela pessoa já foi utilizado em alguma fraude, se o consumidor possui conexões com clientes atuais da empresa ou mesmo checar há quanto tempo ele está nas redes sociais. A ideia é que, se uma conta no Facebook foi criada recentemente, existe a possibilidade de ser um perfil falso.

Além de ser usado para autorização de crédito ou abertura de contas, esse tipo de checagem de perfil é utilizado para confirmações ao longo do ciclo de vida do cliente na empresa. Conhecido como autenticação baseada em conhecimento (KBA, na sigla em inglês), o método utiliza dados alternativos, com perguntas como ‘em qual dessas ruas você já morou?’, ‘quem dessas pessoas é seu amigo?’, ou ‘qual é o seu local de votação?’. Esse processo é bastante difundido nos Estados Unidos e na Europa e tem ganhado força no Brasil por fornecer mais segurança contra fraudadores.

Atualmente, os métodos alternativos de avaliação de risco são uma boa forma de complementar as informações dos bureaus cadastrais e de confirmar a veracidade dos dados fornecidos, provendo uma análise completa do proponente com agilidade. Por serem processos novos, esses métodos oferecem dados que podemos classificar como ‘em evolução’. Eles provêm probabilidades estatísticas para avaliar riscos e se tornarão mais assertivos com o tempo, conforme se alimentarem de mais informações.

Mas a tendência é que esses recursos alternativos substituam os métodos tradicionais. Na China, por exemplo, a maioria das transações bancárias já é feita via redes sociais. Quando o setor de pagamentos estiver conectado às redes sociais em outros países, estes meios se tornarão não somente plataformas financeiras, mas as principais fontes de informações para avaliação de risco, tanto para a autorização de pagamentos e créditos, como para a oferta de serviços.

Essa tendência se fortalece com o movimento de digitalização dos bancos, que ampliaram seus serviços para aplicativos móveis, canais de atendimento digitais e contas digitais. Essa digitalização traz o desafio de conhecer os clientes sem um relacionamento face a face. Assim, uma classificação completa de risco, com o uso de métodos alternativos, será essencial não só para o setor financeiro, mas para outros setores afetados pela transformação digital.

*Marcelo Scarpa é Diretor de Risco e Operações na Hub Prepaid, grupo líder em meios de pagamento no Brasil e na América do Sul


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