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Spin-off: o que é e como pode afetar a estratégia das empresas.

O Spin-off corporativo já vem apresentando resultados expressivos nos EUA. No Brasil, as empresas começam a olhar para essa tendência com mais atenção. Um dos motivos é a necessidade de oferecer respostas rápidas para os anseios de novos consumidores com produtos ou serviços que, muitas vezes, fogem ao core business das empresas.

Spin-off empresarial é uma expressão que deve estar na ponta da língua de qualquer empreendedor com foco no sucesso.

Para aqueles que são aficionados por séries, é possível confundir com os famosos Spin-offs de seriados de televisão, que lançam um novo programa baseado em um outro ou em um personagem de sucesso. Se o enredo ou o talento de algum ator chamarem a atenção do público, há o risco da criatura ser maior que o criador.

Mas o termo vai além e tem grande peso no mundo dos negócios. No caso de uma empresa, a ideia não é muito diferente e ocorre quando um produto ou uma linha de serviços são mais promissores que o empreendimento original e sua proposta de valor.

Há também os Spin-offs acadêmicos e tecnológicos, mas o corporativo tem se mostrado uma importante ferramenta para aproveitar oportunidades e boas ideias de negócios. Afinal de contas, às vezes, uma isca lançada para pescar uma sardinha acaba pegando um tubarão.

O termo não pode ser confundido com franquia, em que a organização-principal atua junto com os franqueados no mesmo negócio e estabelece para eles uma série de regras. Também não pode ser considerado uma pivotagem, quando a corporação-mãe optar por investir em uma nova oportunidade e abandona o negócio anterior.

Genericamente uma boa definição para Spin-off é afirmar que consiste no processo de criação de algo a partir de outro já consolidado. Muitas empresas fazem isso ao perceberem que podem aproveitar uma nova oportunidade de sucesso, promovendo a derivagem e criando uma outra companhia.

Vale dizer que a separação das duas empresas não afeta, necessariamente, os resultados de forma negativa. O mercado valoriza cada vez mais o foco e, portanto, muitas vezes, a soma das partes torna-se maior que o todo.

Esse movimento pode acontecer nas grandes empresas e nas startups. Ele, normalmente, está associado à crença de que a independência do novo negócio pode aumentar a velocidade do crescimento.

Essa estratégia usualmente ocorre quando o novo negócio busca atender um público distinto ou precisa entregar produtos ou serviços conflitantes com o core business da organização que o originou. Isso, muitas vezes, faz com que a empresa-mãe tenha que promover muitas adaptações para patrocinar o novo negócio, o que justifica a separação.

Toda essa lógica favoreceu a criação, em 2017, da Piwi, que atua, com forte apelo tecnológico, no setor de corretoras de planos de saúde para pequenas e médias empresas com até 250 colaboradores. Ela é um Spin-off da Centurium (empresa com 25 anos no mercado que nasceu como uma corretora de seguros), mas que se especializou em comercializar e administrar benefícios corporativos, em especial planos de saúde para grandes organizações.

Atualmente, a competitividade é muito grande no segmento de planos de saúde para instituições de maior porte. Isso faz com que o nível dos serviços seja muito elevado, promovendo uma seleção natural das empresas, com as mais preparadas se mantendo competitivas.

“Essa situação não acontece no mercado de plano de saúde para os pequenos negócios. A Centurium percebeu essa carência, o que favoreceu a decisão de fazer um Spin-off corporativo, criando a Piwi. Essa iniciativa também levou em consideração a necessidade de fazer adaptações para atender às corporações de menor porte e a visão de que esse novo negócio demanda uma estrutura de investimento. Isso exige uma captação de recursos de terceiros bem mais agressiva”, explicou o diretor Executivo da Centurium, Guilherme Oliveira Araujo.

Na avaliação do diretor de Vendas e Marketing da Piwi, Felipe Baeta, a Centurium optou pelo Spin-off empresarial, ou seja, por criar uma nova corporação, porque deseja atingir outros segmentos do mercado em expansão e que demandam serviços distintos. “Há diferenças significativas no discurso, na abordagem comercial, na estrutura, nos processos e no perfil de atendimento para as pequenas e médias empresas. Isso foi crucial para criar uma operação independente, ainda que tentemos sempre otimizar as sinergias”, enfatizou.

Agilidade

Qual seria a relação entre uma startup e o Spin-off corporativo? Uma boa resposta é que as grandes empresas nem sempre possuem agilidade para adotarem estratégias mais agressivas para aproveitarem os momentos em que precisam de rápidas respostas ao mercado e profundas adaptações operacionais.

Em linha, o Spin-off favorece o surgimento de corporações voltadas para inovação e com uma estrutura enxuta como as startups. Estas têm como foco aproveitar as oportunidades do mercado que as companhias de maior porte não possuem interesse ou condições de explorarem no momento.

“Apesar da Piwi ter tido acesso a importantes recursos da organização que a criou, ela é uma startup e deseja utilizar as características desse perfil de empresa para crescer com velocidade. Uma prova disso é que temos flexibilidade e um contexto favorável para atrair capital de investidores, o que certamente fomentará o negócio”, afirmou Felipe Baeta.

Tendência

No Brasil, a tradução de Spin-off pode ser sinônimo de grandes resultados nos próximos anos. Nos Estados Unidos, o índice Bloomberg US Spin-off Index, que abrange as grandes empresas americanas que fizeram Spin-off, apresentou um retorno de 999,4% de 2002 a 2017. No mesmo período, o índice S&P 500 apresentou um retorno de 203,9%. No ano passado, segundo a consultoria Spin-off Research, houve 24 processos de cisão (os chamados Spin-offs) de grandes companhias nos EUA. Em 2011, foram feitas 47 transações desse tipo, recorde nos Estados Unidos.

Com certeza, os números mostram que esse modelo de negócio é interessante para as organizações. Um bom exemplo são os programas de fidelidade Multiplus e Smiles, das companhias aéreas, Latam e Gol, respectivamente. Pouco mais de um ano após abrir o capital, a Multiplus, empresa de fidelidade controlada pela Latam, vale quase o mesmo que a maior companhia aérea do Brasil. O que os investidores viram nela? Uma boa resposta é a chance de fazer um investimento específico e direcionado para uma operação bem delimitada.

“O Spin-off corporativo tem grandes possibilidades de ser uma tendência em diversos segmentos da economia brasileira. A Centurium e a Piwi protagonizaram um movimento que, inegavelmente, vai ser um marco no setor de planos de saúde no País”, completou o diretor de Marketing e Vendas da Piwi, Felipe Baeta.

Benefícios e desafios

Ao mesmo tempo em que existe uma série de vantagens a serem conquistadas com a estratégia de Spin-offs, também há importantes desafios que as empresas devem ficar atentas. Os mais impactantes englobam a necessidade de usar adequadamente as sinergias com a corporação criadora; conquistar a confiança do público-alvo a partir da separação; e minimizar possíveis efeitos negativos da cultura e burocracia organizacional da empresa-mãe.

É inegável que com planejamento, criatividade e um olhar atento às tendências do mercado, é possível obter excelentes resultados com o Spin-off.


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